BIOSSEGURANÇA E PRIMEIROS SOCORROS
1. INTRODUÇÃO
1.1. Conceito de Biossegurança
O conceito de Biossegurança começou a ser discutido na década de 70 do século passado, quando a comunidade científica começou a avaliar os impactos da engenharia genética na sociedade. No entanto o enfoque inicial tratava apenas da segurança do pesquisador e demais profissionais envolvidos em projetos de pesquisa.
O conceito evoluiu para considerar os riscos biológicos ocupacionais e posteriormente nos anos 80 passaram a abranger outros agentes patogênicos tais como os riscos químicos, físicos, radioativos e ergonômicos.
Questões de Ética em pesquisa, meio ambiente, animais e processos envolvendo tecnologia de DNA recombinante foram atualmente incluídos.
A Biossegurança como ciência surgiu, portanto no século XX. Esta ciência visa o controle e a minimização de riscos vindos da prática de diferentes tecnologias, seja em laboratório ou quando aplicadas ao meio ambiente.
No Brasil, a legislação de biossegurança engloba apenas a tecnologia do DNA ou RNA recombinante estabelecendo os requisitos para o manejo de Organismos Geneticamente Modificados (OGMs).
A Biossegurança é um processo funcional e operacional de fundamental importância em serviços de saúde, por abordar medidas de Controle de Infecções para proteção da equipe de assistência e usuários em saúde. Tem ainda um papel fundamental na comunidade, promovendo a consciência sanitária destacando a importância da preservação do meio ambiente na manipulação e no descarte de resíduos químicos, tóxicos e infectantes, contribuindo também para a redução geral de riscos à saúde e acidentes ocupacionais.
A Biossegurança é um processo progressivo, que não inclui conclusão em sua terminologia, pois deve ser sempre atualizado e supervisionado e sujeito a exigência de respostas imediatas ao surgimento de microrganismos mais resistentes e agressivos.
1.2. Germes e a origem das infecções
Os germes são seres vivos infinitamente pequenos, não sendo possível vê-los a olho nu. Para serem visualizados, precisamos da ajuda de um microscópio. Por isso são chamados de microrganismos ou micróbios = micro (pequeno) bio (vida).
Estes micróbios são classificados em:
- protozoários
- fungos
- vírus
- bactérias
Como exemplo de doenças causadas por protozoários temos a Giardíase, doença intestinal que causa diarreia, a Doença de Chagas causada pelo trypanossoma ou a Toxoplasmose, doença transmitida pelo gato ou carne mal cozida de porco e carneiro contaminados. Das doenças causadas por fungos, temos as micoses de pele e a Candidíase oral (sapinho) ou vaginal. Como exemplos de doenças causadas por vírus podemos citar a Gripe, a Hepatites e a AIDS. Como doenças bacterianas, os furúnculos, as amigdalites, as cistites, as diarreias e as pneumonias causadas por estes germes são alguns exemplos. Assim, fica ilustrado que os microrganismos, também chamados de agentes infecciosos, podem causar infecção.
Infecção é uma doença caracterizada pela presença de agentes infecciosos que provocam danos em determinados órgãos ou tecidos do nosso organismo causando febre, dor, eritema (vermelhidão), edema (inchaço), alterações sanguíneas (aumento do numero de leucócitos) e secreção purulenta do local afetado, muitas vezes.
O contato com microrganismos não significa obrigatoriamente que desenvolveremos doenças, muito pelo contrário, o homem, os animais e as plantas não apenas convivem com os germes, mas dependem direta ou indiretamente deles. Todas as áreas da Terra, que reúnem condições de vida, são habitadas por microrganismos e nós sempre convivemos com eles; inclusive em nosso corpo, onde eles auxiliam na proteção de nossa pele e mucosas contra a invasão de outros germes mais nocivos. Estes seres vivos minúsculos decompõem matéria orgânica transformando-a em sais minerais prontos para serem novamente sintetizados em substratos nutritivos que formarão os vegetais do qual homem e animais se alimentam. O homem (hospedeiro) e os germes (parasitas) convivem em pleno equilíbrio. Somente a quebra desta relação harmoniosa poderá causar a doença infecção.
A doença infecciosa é uma manifestação clínica de um desequilíbrio no sistema parasito-hospedeiro-ambiente, causado pelo aumento da patogenicidade do parasita em relação aos mecanismos de defesa anti-infecciosa do hospedeiro, ou seja, quebra-se a relação harmoniosa entre as defesas do nosso corpo e o número e virulência dos germes, propiciando a invasão deles nos órgãos do corpo. Alguns microrganismos possuem virulência elevada podendo causar infecção no primeiro contato, independente das nossas defesas. Outros, usualmente encontrados na nossa microbiota normal, não são tão virulentos, mas podem infectar o nosso organismo se diminuir a nossa capacidade de defesa. A capacidade de defesa anti-infecciosa é multifatorial, pois é influenciada pela nossa idade, estado nutricional, doenças e cirurgias, stress, uso de corticoides, quimioterapia, radioterapia, doenças imunossupressoras (HIV, leucemia), fatores climáticos e precárias condições de higiene e habitação. Na natureza, o estado de esterilidade, definido como ausência de microrganismo vivo, é excepcional e transitoriamente encontrado no feto durante a gestação, excluindo os casos de bebês contaminados via placentária pela mãe. O contato com os microrganismos começa com o nascimento, durante a passagem pelo canal vaginal do parto, onde a criança se contamina com os germes da mucosa vaginal e então se coloniza mantendo-se assim por toda a sua existência, até a decomposição total do organismo após a sua morte.
1.3. Como nos proteger durante nosso trabalho em saúde
Durante o desenvolvimento de nosso trabalho na área da saúde, tanto no atendimento direto ao paciente ou nas atividades de apoio, entramos em contato com material biológico. Como material biológico, nos referimos a sangue, secreções e excreções tipo vômito, urina, fezes, sêmen, leite materno, escarro, saliva e outros fluidos corporais. Estes materiais biológicos podem alojar microrganismos, por isso consideramos estes fluidos de pacientes ou os equipamentos e ambiente que tiveram contato com eles, como potencialmente contaminados por germes transmissíveis de doenças. Por não sabermos se os germes estão ou não presentes nestes equipamentos, vamos sempre considerá-los contaminados. Desta forma, na nossa rotina de trabalho sempre devemos ter consciência da importância de nos protegermos ao manipularmos materiais, artigos, resíduos e ambiente sujos de sangue e/ou secreções.
Para nossa proteção usaremos as Precauções Padrão, ou seja, os cuidados e equipamentos que bloqueiam a transmissão de microrganismos evitando a contaminação nossa, a dos pacientes e do ambiente de trabalho.
1.3.1. Precauções padrão
Cuidados
· Lavagem das Mãos
A lavagem rotineira das mãos com água e sabão, elimina além da sujidade (sujeira) visível ou não, todos os microrganismos que se aderem a pele durante o desenvolvimento de nossas atividades mesmo estando a mão enluvada. A lavagem das mãos é a principal medida de bloqueio da transmissão de germes. Devemos lavar as mãos sempre, antes de iniciarmos uma atividade e logo após seu término, assim como fazemos em nosso dia a dia antes das refeições e após a ida ao banheiro. Mantenha suas unhas curtas e as mãos sem anéis para diminuir a retenção de germes.
A lavagem rotineira das mãos com água e sabão, elimina além da sujidade (sujeira) visível ou não, todos os microrganismos que se aderem a pele durante o desenvolvimento de nossas atividades mesmo estando a mão enluvada. A lavagem das mãos é a principal medida de bloqueio da transmissão de germes. Devemos lavar as mãos sempre, antes de iniciarmos uma atividade e logo após seu término, assim como fazemos em nosso dia a dia antes das refeições e após a ida ao banheiro. Mantenha suas unhas curtas e as mãos sem anéis para diminuir a retenção de germes.
· Ambiente e EquipamentosToda a unidade de saúde deve ter rotinas de limpeza e desinfecção de superfícies do ambiente e de equipamentos. Colabore com a supervisão para conferir se estas medidas estão sendo seguidas. Proteja as superfícies do contato direto, tais como botões, alças de equipamentos, teclados, mouses e monitores com barreiras do tipo filme plástico (PVC), papel alumínio ou outros materiais próprios a este fim. Este procedimento impede a aderência da sujidade, requerendo apenas desinfecção na hora da troca de barreiras entre pacientes, dispensando a limpeza da superfície do equipamento.
· Roupas e Campos de Uso no PacienteManipule e transporte roupas sujas com sangue, fluidos corporais, secreções e excreções com cuidado. Transporte-as em sacos plásticos. Os serviços de saúde que utilizam rouparia e campos reutilizáveis devem ter um sistema de lavanderia, própria ou terceirizada que garanta a desinfecção destas roupas.
· VacinaçãoTodos os profissionais de saúde devem ser vacinados contra a hepatite B e o tétano. Estas vacinas estão disponíveis na rede pública municipal. Participe de todas as campanhas de vacinação que a Secretaria Municipal de Saúde promove. Vacina é proteção específica de doenças. Previna-se!
Equipamentos de Proteção Individual
· LuvasAs luvas protegem de sujidade grosseira. Elas devem ser usadas em procedimentos que envolvam sangue, fluidos corporais, secreções, excreções, membranas mucosas, pele não íntegra e durante a manipulação de artigos contaminados. As luvas devem ser trocadas após contato com material biológico, entre as tarefas e procedimentos num mesmo paciente, pois podem conter uma alta concentração de microrganismos. Remova as luvas logo após usá-las, antes de tocar em artigos e superfícies sem material biológico e antes de atender outro paciente, evitando a dispersão de microrganismos ou material biológico aderido nas luvas. Lave as mãos imediatamente após a retirada das luvas para evitar a transferência de microrganismos a outros pacientes e materiais, pois há repasse de germes para as mãos mesmo com o uso de luvas. As luvas estéreis estão indicadas para procedimentos invasivos e assépticos. Luvas grossas de borracha estão indicadas para limpeza de materiais e de ambiente.
· Máscaras, Óculos de Proteção ou Escudo FacialA máscara cirúrgica e óculos de proteção ou escudo facial são utilizados em procedimentos e servem para proteger as mucosas dos olhos, nariz e boca de respingos (gotículas) gerados pela fala, tosse ou espirro de pacientes ou durante atividades de assistência e de apoio. Estas gotículas geradas por fonte humana tem diâmetro de até 5μ e se dispersam até um metro de distância quando se depositam nas superfícies. Elas podem ser de sangue, fluidos corporais, secreções e excreções ou líquidos contaminados como aquelas geradas durante a lavagem de materiais contaminados. Os procedimentos de maior risco e dispersão de respingos são: broncoscopia, aspiração oral, nasal ou endotraqueal, passagem de sonda gástrica, cirurgias, suturas, técnicas laboratoriais de bioquímica e microbiologia e atendimento odontológico. Outra indicação de uso destes equipamentos é durante a manipulação de produtos químicos como em farmácia hospitalar, áreas de expurgo ou de desinfecção de artigos onde existe o risco químico de contato. As máscaras cirúrgicas devem ter um filtro bacteriano de até 5 μ de diâmetro. São de uso único, mas durante procedimentos de longa duração, sua troca deverá ocorrer quando úmidas ou submetidas a respingos visíveis.
· Protetor respiratório (respiradores)Usado para proteger as vias respiratórias contra poeiras tóxicas e vapores orgânicos ou químicos. São indicados para entrar em quarto de isolamento de pacientes com tuberculose pulmonar, sarampo ou varicela, doenças que são transmitidas via aérea, quando inalamos os núcleos de gotículas ressecadas suspensas no ar contendo os germes. Também é indicado no laboratório de microbiologia em técnicas de identificação do bacilo da tuberculose. Outra indicação para o uso do protetor respiratório, de um tipo específico, é no manuseio prolongado de glutaraldeído 2% usado para desinfecção de artigos em ambiente pouco arejado, desde que este protetor tenha uma camada de carvão ativado (máscara escura). Este protetor com carvão ativado filtra gases tóxicos e odores. Seu uso também está indicado para ambientes ou atividades com odor fétido e desagradável. É de uso individual, intransferível e reutilizável.
· Avental e gorroO avental (limpo, não estéril) serve para proteger a pele e prevenir sujidade na roupa durante procedimentos que tenham probabilidade de gerar respingos ou contato de sangue, fluidos corporais, secreções ou excreções. O avental será selecionado de acordo com a atividade e quantidade de fluido encontrado (plástico ou tecido). O avental de plástico está indicado para lavagem de materiais em áreas de expurgo. O avental sujo será removido após o descarte das luvas e as mãos devem ser lavadas para evitar transferência de microrganismos para outros pacientes ou ambientes.
O gorro estará indicado especificamente para profissionais que trabalham com procedimentos que envolvam dispersão de aerossóis, projeção de partículas e proteção de pacientes quando o atendimento envolver procedimentos cirúrgicos. É o caso da equipe odontológica e outras especialidades como oftalmologia, otorrinolaringologia, cirurgia geral, cirurgia vascular e outras especialidades cirúrgicas. Tanto o avental quanto o gorro podem ser de diferentes tecidos laváveis ou do tipo descartável de uso único. A lavagem domiciliar de aventais contaminados deve ser precedida de desinfecção, por 30 minutos em solução de hipoclorito de sódio a 0,02% (10 ml de alvejante comercial a 2 a 2,5% para cada litro de água).
O gorro estará indicado especificamente para profissionais que trabalham com procedimentos que envolvam dispersão de aerossóis, projeção de partículas e proteção de pacientes quando o atendimento envolver procedimentos cirúrgicos. É o caso da equipe odontológica e outras especialidades como oftalmologia, otorrinolaringologia, cirurgia geral, cirurgia vascular e outras especialidades cirúrgicas. Tanto o avental quanto o gorro podem ser de diferentes tecidos laváveis ou do tipo descartável de uso único. A lavagem domiciliar de aventais contaminados deve ser precedida de desinfecção, por 30 minutos em solução de hipoclorito de sódio a 0,02% (10 ml de alvejante comercial a 2 a 2,5% para cada litro de água).
· CalçadosOs calçados indicados para o ambiente com sujeira orgânica são aqueles fechados e de preferência impermeáveis (couro ou sintético). Evitam-se os de tecido que umedecem e retém a sujeira. Escolha os calçados cômodos e do tipo antiderrapante. Se o local tiver muita umidade, como em lavanderias, usar botas de borracha.
1.4. Higienização das mãos
As mãos são a nossa principal ferramenta, pois são elas as executoras das nossas atividades. À medida que tocamos nos objetos e nos pacientes entramos em contato com uma enorme quantidade de microrganismos. Estes germes aderidos em nossas mãos são repassados para outros objetos e pacientes, assim como podemos transferi-los para outras partes do nosso corpo, como os olhos e nariz ao nos coçarmos. Somente a lavagem das mãos com água e sabão irá remover estes germes adquiridos e evitar a transferência de microrganismos para outras superfícies. Para aprofundar os conhecimentos vamos ver como é formada a microbiota da nossa pele.
Microbiologia da pele
· Flora residenteFormada por microrganismos que vivem (colonizam) na pele. Nas mãos, estes germes localizam-se em maior quantidade em torno e sob as unhas e entre os dedos. Também são encontradas nas camadas externas da pele, fendas e folículos pilosos. Por isso, a importância de mantermos as unhas curtas e evitar o uso de anéis. Os microrganismos da flora residente não são facilmente removíveis, entretanto são inativados por antissépticos (álcool, clorexidina, iodóforos). As bactérias mais comumente encontradas são as Gram-positivas (Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis, Estreptococos sp). A flora residente é de baixa virulência e raramente causa infecção, contudo pode ocasionar infecções sistêmicas em pacientes imunodeprimidos e após procedimentos invasivos.
· Flora transitóriaÉ adquirida no contato com pacientes e superfícies contaminadas. Os microrganismos que a compõem permanecem na pele por certo período podendo ser transferidos ou eliminados com a lavagem das mãos. Suas bactérias são mais fáceis de serem removidas, pois se encontram na superfície da pele, junto a gorduras e sujidades. Esta flora bacteriana é eliminada com água e sabão neutro. A flora transitória das mãos é composta pelos microrganismos frequentemente responsáveis pelas infecções hospitalares: bactérias Gram-negativas (Pseudomonas sp, Acinetobacter sp, Klebsiella sp), o que bem demonstra a importância das mãos como veículo de transmissão.
Indicações da lavagem das mãos
Existe uma gama enorme de momentos, durante o nosso trabalho, que a lavagem das mãos está indicada. Mesmo que, durante os procedimentos, as luvas sejam utilizadas, após a retirada das luvas as mãos devem ser lavadas. A luva irá nos proteger de uma contaminação grosseira de matéria orgânica, porém a microporosidade da luva, a sua fragilidade que ocasiona furos e a possível contaminação na sua retirada, indica que ocorreu contato de microrganismos na pele de nossas mãos. Sendo assim, mesmo com o uso de luvas, as mãos devem ser lavadas após a sua retirada. Vamos às indicações dos momentos em que as mãos são lavadas:
- após tocar fluidos, secreções e itens contaminados;
- após a retirada das luvas;
- antes de procedimentos no paciente;
- entre contatos com pacientes;
- entre procedimentos num mesmo paciente;
- antes e depois de atos fisiológicos;
- antes do preparo de soros e medicações.
1.5. Higienização do ambiente
A higiene tem como objetivo remover a sujidade. Entende-se que os resíduos retêm microrganismos que podem, em algum momento, ser transmitidos tanto por contato direto como através de poeira suspensa no ar. Outro aspecto importante é o bem estar proporcionado por um ambiente limpo e organizado, mesmo sendo em instalações físicas simples. Antes de iniciar o processo de limpeza e desinfecção do ambiente, este deve ser organizado de modo que todos os objetos e materiais estejam guardados, liberando as superfícies para facilitar a limpeza, além de contribuir para as condições de trabalho da equipe. Lembramos ainda que as instituições de saúde tem o dever de dar o exemplo dos princípios básicos da promoção da saúde, que são: a higiene do ambiente, do corpo e dos alimentos. Por definição a limpeza é a remoção ou retirada de sujeira através de fricção de uma superfície com água e sabão ou detergente. Quanto maior o acúmulo de sujidade em uma superfície, maior será o tempo e força de fricção para sua remoção. Em ambiente fechado de assistência à saúde utiliza-se a varredura úmida, feita através de rodo e panos úmidos. Não se utiliza varrer ou espanar as superfícies para não dispersar partículas de poeira que podem se depositar nos artigos hospitalares, ser inaladas pela equipe e usuários, ou ainda, contaminar ferimentos expostos.
O nosso ambiente de trabalho pode ser dividido em área física compreendendo o piso, paredes, teto, portas e janelas; o mobiliário compreendendo cadeiras, mesas, balcões, macas, bancadas e pias; e, ainda, equipamentos eletroeletrônicos e artigos hospitalares específicos da assistência.
Área física: Mobiliário:
Piso Mesas
Paredes Balcões
Teto Macas
Portas Cadeiras
Janelas Pias
A limpeza deve obedecer a princípios básicos. São eles:
· Periodicidade
Limpeza concorrente que é aquela realizada diariamente e logo após exposição à sujidade. Inclui o recolhimento do lixo, limpeza do piso e superfícies do mobiliário geralmente uma vez por turno, além da limpeza imediata do local quando exposto a material biológico.
Limpeza terminal que é aquela geral, realizada semanal, quinzenal ou mensalmente conforme a utilização e possibilidade de contato e contaminação de cada superfície. Inclui escovação do piso e aplicação de cera, limpeza de teto, luminárias, paredes, janelas e divisórias.
Limpeza concorrente que é aquela realizada diariamente e logo após exposição à sujidade. Inclui o recolhimento do lixo, limpeza do piso e superfícies do mobiliário geralmente uma vez por turno, além da limpeza imediata do local quando exposto a material biológico.
Limpeza terminal que é aquela geral, realizada semanal, quinzenal ou mensalmente conforme a utilização e possibilidade de contato e contaminação de cada superfície. Inclui escovação do piso e aplicação de cera, limpeza de teto, luminárias, paredes, janelas e divisórias.
· Sequencia- Como primeiro passo, recomenda-se o recolhimento do lixo;
- Inicia-se a limpeza do local mais alto para o mais baixo, próximo ao chão;
- Se limpa a partir do local mais limpo para o mais sujo ou contaminado;
- Inicia-se pelo local mais distante dirigindo-se para o local de saída de cada peça.
- Inicia-se a limpeza do local mais alto para o mais baixo, próximo ao chão;
- Se limpa a partir do local mais limpo para o mais sujo ou contaminado;
- Inicia-se pelo local mais distante dirigindo-se para o local de saída de cada peça.
1.6. Tuberculose – cuidados de prevenção da transmissão
Com o surgimento da AIDS vem-se observando, tanto nos países desenvolvidos como nos em desenvolvimento, um número crescente de casos notificados de tuberculose em pessoas infectados pelo HIV, constituindo um sério problema de saúde pública, aumentando a morbidade e mortalidade pela tuberculose em muitos países.
O homem é o principal hospedeiro do Mycobacterium tuberculosis, agente etiológico da tuberculose. A fonte de infecção é o indivíduo com tuberculose pulmonar que ao falar, espirrar e, principalmente, tossir, elimina os bacilos para o exterior. As gotículas mais pesadas se depositam rapidamente até um metro de distância, sem risco de transmissão, já as mais leves se ressecam e permanecem em suspensão no ar por longo período de tempo e percorrendo longas distâncias. Somente os núcleos secos de gotículas (Núcleo de Wells), com diâmetro inferior a 05μm com 1 a 2 bacilos em suspensão podem atingir o alvéolo pulmonar. Gotículas médias com o bacilo retidas na mucosa do trato respiratório superior, removidas pelo mecanismo muco-ciliar, são inativadas pelo suco gástrico. Depois de vencer as defesas da árvore brônquica, no alvéolo o bacilo se instala e multiplica-se, originando-se o foco primário, de aspecto característico, reconhecido radiologicamente. 95% da população infectada consegue bloquear o avanço do processo que irá depender basicamente da imunidade do infectado. O foco inicial pode resultar em doença pulmonar (85%) ou em outro órgão (15%), porém somente na forma pulmonar que os bacilos são eliminados pelo ar. Dos primo-infectados, 5% adoecerão tardiamente por recrudescimento do foco já existente (tuberculose pós-primária). A probabilidade de adoecer numa primo-infecção dependerá da virulência do bacilo, das condições sócio econômicas do infectado, sua imunidade, doenças imunossupressoras, desnutrição, stress, silicose, diabetes e uso de drogas. A imunidade humoral adquirida (BCG) para tuberculose tem pouca importância, mas garante maior proteção para meningite tuberculosa e diminui a incidência de formas graves de tuberculose. A maior imunidade é mediada pelo sistema imunológico celular (linfócitos e macrófagos) que é afetado por doenças imunossupressoras e hábitos desregrados.
A doença se apresenta com o comprometimento do estado geral, febre baixa vespertina, sudorese noturna, inapetência, emagrecimento, dor torácica, tosse produtiva e por vezes escarro hemoptoico (TB pulmonar). Em crianças o comprometimento ganglionar mediastínico e cervical é comum. Tem um período de incubação de 4 a 12 semanas e em torno de 12 meses após a infecção inicial, a doença manifesta-se. Para o diagnóstico, além da história clínica, faz-se a baciloscopia direta do escarro ou outras secreções corporais (pesquisa do BAAR), exames radiológicos, prova tuberculínica em não vacinados e exames anatomopatológico, bioquímico, sorológico e molecular.
Diversos surtos hospitalares de tuberculose foram reportados nos últimos anos, sendo acometidos tanto pacientes como profissionais de saúde, muitos com cepas resistentes aos diversos esquemas terapêuticos. O risco de transmissão nosocomial é maior em serviços referência para tuberculose e AIDS. Pacientes com tuberculose pulmonar e laríngea tem maior probabilidade de transmissão. Certos procedimentos como broncoscopia, entubação endotraqueal, irrigação de abscessos abertos, indução de escarro e técnicas laboratoriais de pesquisa do bacilo aumentam o potencial de transmissão.
Paciente suspeito de TB pulmonar bacilífera é aquele com tosse produtiva por três semanas ou mais. Deve se solicitar um RX tórax e prosseguir a investigação com o exame bacterioscópico do escarro.
• Todo o profissional de saúde, ao ingressar para trabalhar no setor de tisiologia, deve ser submetido ao teste tuberculínico. O profissional deve ser orientado do resultado do teste, que deve ser confidencial. A repetição periódica do teste vai depender do grau de exposição à tuberculose.
1.7. Acidentes com sangue e/ou secreções – atendimento do profissional exposto
Ao desenvolvermos nossas atividades de assistência à saúde de forma direta ou indireta ao paciente, lidamos com material biológico, isto é, sangue, secreções e excreções corporais.
Estes fluidos contendo ou não sangue, podem estar albergando microrganismos responsáveis por doenças graves virais e bacterianas. Por isso utilizamos as Precauções Padrão para nossa proteção no trabalho.
Mesmo assim os riscos de acidentes sempre estão presentes, pois há situações em que fatores gerais como stress, sobrecarga de trabalho, agitação psicomotora do paciente e a transgressão das normas de prevenção podem ter sua participação na ocorrência de acidentes com exposição a materiais biológicos. Doenças virais como a AIDS e a Hepatite B podem ser inibidas na sua transmissão através de ações profiláticas com a vacina e imunoglobulina, no caso da Hepatite B, e antirretrovirais, com diferentes composições e indicações, no caso da AIDS.
Fluxo para exposição ocupacional a material biológico nas unidades de saúde
Entende-se por exposição ocupacional as situações envolvendo sangue ou secreções corporais em lesões percutâneas (como ferimentos pérfuro-cortantes determinados por agulhas, por exemplo), contato com membrana mucosa ou pele não íntegra (quando há alguma lesão de pele, dermatite ou ferida) ou contato com pele íntegra quando a duração do mesmo é prolongada (vários minutos ou horas). Secreções corporais incluem: sêmen, secreções vaginais, líquido cerebroespinhal, sinovial, pleural, peritoneal, pericárdico, amniótico. Exposição a saliva, lágrimas, vômito, urina e fezes sem a presença de sangue não requer acompanhamento pós-exposicão.
Se confirmada a exposição ao material biológico, o que fazer?
Fluxo de atendimento e conduta pós-acidente com exposição a fluidos biológicos
Conduta após acidente
1.7.1- Condutas do Profissional
Acidentado Após Exposição
Acidentado Após Exposição
Na eventualidade de exposição acidental a material biológico, o profissional de saúde deve seguir as instruções abaixo citadas:
1.7.1.1 - Cuidados locais
Lesões decorrentes de acidentes com materiais pérfuro-cortantes, como agulhas, bisturis e tesouras potencialmente contaminados, devem ser imediatamente, lavadas com água e sabão ou solução antisséptica detergente (PVPI, Clorexidina). As membranas mucosas e a pele devem ser lavadas com água corrente em abundância, soro fisiológico 0,9% ou água boricada, repetindo a operação varias vezes. Deve-se evitar o uso de substâncias cáusticas (como hipoclorito de sódio), pois estas aumentam a área lesada e, consequentemente, a exposição ao material infectante.
1.7.1.2 - Notificação
No momento do acidente, deverá ser feita a notificação à chefia imediata, a qual, por sua vez, notificará o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) e/ou o setor responsável para avaliar o acidente e determinar a conduta, o mais precocemente possível, idealmente nas primeiras duas horas, e no máximo, até 72 horas após o acidente.
O Departamento de Pessoal deve emitir a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), cujo verso será preenchido pelo médico do trabalho que atender o acidentado, a fim de documentar o acidente para efeitos legais.
É importante que tais casos sejam bem documentados e notificados ao Programa Estadual
DST/AIDS para que se possam ter dados consistentes da ocorrência dos acidentes no estado e para que se possa trabalhar com controle e prevenção dos mesmos.
1.7.2 - Avaliações do Acidente
O acidente deverá ser analisado pela equipe responsável (S.C.I.H./ Vigilância Epidemiológica/ Médico do Trabalho) quanto aos aspectos abaixo relacionados.
1.7.2.1 - Material biológico envolvido
Devem ser considerados fluidos biológicos de risco, os seguintes materiais: sangue, líquido orgânico contendo sangue e líquidos orgânicos potencialmente infectantes (sêmen, secreção vaginal, líquor e líquidos sinovial, peritoneal, pericárdico e amniótico). Suor, lágrima, fezes, urina e saliva são líquidos biológicos sem risco de transmissão ocupacional do HIV. Nestes casos, a quimioprofilaxia e o acompanhamento sorológico não são recomendados.
1.7.2.2 - Tipo de acidente
1.7.2.2.1 - PÉRFURO CORTANTE
Compreende a penetração através da pele de agulha ou material médico-cirúrgico contaminado com sangue ou outros líquidos orgânicos e potencialmente infectantes.
1.7.2.2.2 - CONTATO COM MUCOSA OCULAR, ORAL OU PELE COM SOLUÇÃO DE CONTINUIDADE
Compreende o contato direto da mucosa ou pele com solução de continuidade (por exemplo, dermatite ou ferida aberta) com sangue, líquido orgânico contendo sangue visível ou outros líquidos orgânicos potencialmente infectantes.
1.7.2.2.3 - CONTATO COM PELE ÍNTEGRA
Compreende o contato da pele íntegra com sangue, líquido orgânico contendo sangue visível ou outros líquidos orgânicos potencialmente infectantes. O contato de material biológico com pele íntegra não constitui situação de risco para infecção pelo HIV e, portanto, dispensa o uso de quimioprofilaxia. Porém, se a exposição envolve grande volume de sangue com alta carga viral em extensa área de pele por um período prolongado, a quimioprofilaxia pode ser considerada.
1.7.3 - Situação sorológica do paciente fonte
1.7.3.1- Em relação ao HIV
· Paciente-fonte comprovadamente HIV negativo- envolve a existência de documentação laboratorial disponível recente para o HIV (até 03 meses antes da data do acidente) ou no momento do acidente; não está indicada a quimioprofilaxia antirretroviral.
· Paciente-fonte comprovadamente HIV positivo- um paciente-fonte é considerado infectado pelo HIV quando há documentação de exames anti-HIV positivos ou o diagnóstico clínico de AIDS; conforme a gravidade do acidente deve-se iniciar a quimioprofilaxia antirretroviral.
· Paciente-fonte com situação sorológica desconhecida ou paciente fonte desconhecido um paciente-fonte com situação sorológica desconhecida deve, sempre que possível, ser rapidamente testado para o vírus HIV, depois de obtido o seu consentimento; deve se colher também sorologias para HBV e HCV. Na impossibilidade de se colher as sorologias do paciente-fonte ou de não se conhecer o mesmo (por exemplo, acidente com agulha encontrada no lixo), recomenda-se a avaliação do risco de infecção pelo HIV, levando-se em conta o tipo de exposição e dados clínicos e epidemiológicos.
1.7.3.2 - Em relação ao vírus da hepatite B
· Profilaxia da hepatite B para profissionais de saúde expostos a material biológico – vacina e avaliação de imunidade.
1.7.3.3 - Em relação ao vírus da hepatite C
· Não existe quimioprofilaxia. Recomenda-se acompanhar a sorologia do profissional acidentado por 06 meses (1ª coleta da sorologia no momento do acidente e 2ª coleta da sorologia 06 meses após o acidente). Se a sorologia do profissional de saúde para HCV for positiva, o mesmo deve ser encaminhado para acompanhamento ambulatorial especializado.
1.7. 4. Quimioprofilaxia
A administração de antirretrovirais (ARVs) para profissionais de saúde que sofreram exposição acidental a material biológico de pacientes HIV positivos foi defendida inicialmente pelo National Comission on AIDS dos EUA em 1993 e, posteriormente, foi recomendada pelo CDC, que considerou os seguintes dados:
· Redução de 69% na transmissão materno-fetal de HIV com AZT;
· Redução da viremia associada ao uso de ARV;
· Identificação de efeito protetor de AZT pós-exposição para profissionais, em estudo retrospectivo multicêntrico e caso-controle15.
O aumento de sobrevida com redução de viremia com os esquemas combinados de ARV e a identificação de casos de falha na profilaxia pós-exposição com AZT isoladamente levaram à opção de associação de drogas. É importante sempre considerar que o uso indiscriminado dos ARV propicia a seleção de cepas resistentes, aumenta o risco de toxicidade para o profissional de saúde e eleva os custos no sistema de saúde. A decisão de se considerar ou recomendar a administração de antirretrovirais para funcionários expostos a fluidos biológicos deve levar em consideração o tipo de exposição (gravidade, volume de material biológico, profundidade) e o paciente fonte. As situações não previstas devem avaliadas caso a caso, visando benefício do acidentado.
No Brasil, a administração de quimioprofilaxia pós-exposição foi preconizada pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e pelo Ministério da Saúde em 1999. Em dezembro de 2001, a Coordenação Nacional DST/ AIDS do Ministério da Saúde publicou as “Recomendações para Terapia Antirretroviral em Adultos e Adolescentes Infectados pelo HIV – 2001”. Neste documento, algumas modificações em relação às recomendações anteriores foram introduzidas:
1. Em situações de menor risco, recomenda-se o uso de esquemas envolvendo duas drogas antirretrovirais, preferencialmente a associação AZT + 3TC.
2. Em situações de maior risco, recomenda-se o uso de esquemas potentes com inibidores de protease, preferencialmente, o AZT + 3TC juntamente com o nelfinavir ou indinavir.
3. A nevirapina não é recomendada em esquemas de profilaxia pós-exposição devido aos relatos de reações adversas graves com o medicamento nessas situações.
4. Deve-se considerar a possibilidade de utilizar esquemas alternativos em situações de exposição com risco elevado de resistência.
5. Recomenda-se enfaticamente que as sorologias dos pacientes-fonte sejam realizadas.
6. Acidentes com fonte desconhecida ou com paciente com sorologia anti-HIV desconhecida, em geral, não devem ser medicados com antirretrovirais. Nestas situações, o uso da profilaxia pós-exposição deverá ser considerada com base na gravidade do acidente e na história clínico-epidemiológica do paciente.
COLETA SELETIVA DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS DE SAÚDE
SÓLIDOS DE SAÚDE
O gerenciamento de resíduos deve ser implantado como rotina nas UBS e devem ser oferecidas as condições necessárias para seleção dos resíduos, recolhimento para um local de armazenamento até a coleta Limpeza Urbana. Deve haver uma Comissão de Gerenciamento de Resíduos que deverá incluir em sua rotina um programa de treinamento para os profissionais geradores de resíduos e para os responsáveis pela limpeza e dispensação final dos resíduos. Cada sala de uma Unidade de Saúde, dependendo do tipo de atividade desenvolvida deverá ter locais determinados para a localização das lixeiras de Coleta Seletiva. A Coleta Seletiva compreende a separação, já no momento do descarte, dos diferentes tipos de resíduos. Nas Unidades de Saúde, geram-se resíduos Comuns, Recicláveis, Infectantes e Químicos. Recomenda-se que, nas salas, cada lixeira contenha a identificação do tipo de resíduo e acima, com adesivo, seja fixada uma lista de resíduos que deverão ser desprezados em tais lixeiras. Indica-se o uso de cores para identificar os recipientes e programação visual padronizando símbolos e descrições utilizadas.
Resíduos Comuns
São resíduos nos estados sólidos ou semissólidos, semelhantes aos resíduos domiciliares que resultam de atividades diversas de alimentação, fisiológicas, de limpeza, não oferecendo nenhum risco à sua manipulação ou à Saúde Pública. Compondo os resíduos comuns, temos os resíduos recicláveis que serão descartados e recolhidos separadamente.
Relação dos Resíduos:
Cascas de frutas, restos de lanches, erva-mate, papel higiênico, absorventes higiênicos, papel toalha, papel carbono, esponjas, esponja de aço, folhas e flores, restos de madeira, isopor, etc.
Como acondicionar dentro da sala:
Lixeira com tampa e pedal identificada como Lixo Comum, com saco preto e uma relação dos resíduos a serem descartados ali. Os sacos destas lixeiras menores deverão ter seu recolhimento ao final de cada turno ou com 2/3 de sua capacidade preenchida, e serem colocados dentro de um saco preto maior.
Resíduos Recicláveis
São resíduos sólidos que, após o uso, podem ter sua matéria prima reaproveitada, gerando economia de recursos naturais e financeiros, além gerar novos empregos através das usinas de reciclagem. São resíduos de plástico, vidro, papel, papelão e metal sem sujidade biológica visível.
Relação dos Resíduos:
Frascos de soro, papéis de embrulho, caixas ou tubos plásticos de medicamentos, rolos vazios de esparadrapo, caixas de papelão, vidros, frascos-ampola vazios, copos descartáveis, tubos de alvejantes e detergentes, sacos plásticos, embalagens de água, refrigerantes, embalagens de alumínio, latas em geral etc. Os vidros grandes, frágeis ou quebrados devem ser protegidos em caixa de papelão antes do descarte no saco plástico.
Como acondicionar dentro da sala:
Lixeira com tampa e pedal identificada como Lixo Reciclável, com saco verde e uma relação dos resíduos a serem descartados ali. Estes sacos de lixo deverão ter seu recolhimento ao final de cada turno ou com 2/3 de sua capacidade preenchida, e serem colocados dentro de um saco verde maior.
Resíduos Infectantes
São resíduos que resultam das atividades de assistência, laboratório ou atos cirúrgicos, que promovam liberação de material biológico, oferecendo risco à Saúde Pública ou à manipulação. Dentro deste grupo incluem-se os pérfuro-cortantes que devem ter o descarte em recipiente apropriado antes de serem agregado ao restante dos resíduos infectantes.
Relação dos Resíduos:
Gaze, esparadrapo, sondas, drenos, cateteres, luvas usadas, máscaras usadas, gorros usados, bolsas coletoras de drenagens, papel de embrulho contaminado, campos protetores de superfícies, etc.
Como acondicionar dentro da sala:
Lixeira com tampa e pedal identificada como Lixo Infectante, com saco branco e uma relação dos resíduos a serem descartados ali. Estas lixeiras deverão ter seu recolhimento ao final de cada turno ou com 2/3 de sua capacidade preenchida, e serem colocados dentro de um saco branco leitoso com espessura mínima de 10 micrometros contendo o símbolo internacional de risco biológico estampado no saco de 100 litros. As peças anatômicas e bolsas de sangue devem ser descartadas, em saco branco leitoso duplo dentro do recipiente para resíduos infectantes.
Relação dos Resíduos Pérfuro-Cortantes:
Seringas agulhadas, fios agulhados, fios de aço, lâminas de bisturi, lâmina de barbear, ampolas de medicação, scalp, agulha de Abocath, agulhas de sutura, agulhas para Carpule, etc.
Como acondicionar dentro da sala:
Descartar em caixa apropriada (rígida e impermeável), lacrar quando atingir 2/3 da capacidade indicada na caixa, descartar dentro do saco branco do lixo infectante até o recolhimento.
Resíduos Farmacêuticos e Químicos
São resíduos tóxicos compostos por medicamentos vencidos, resíduos corrosivos, inflamáveis, explosivos, reativos, genotóxicos ou mutagênicos.
Relação dos Resíduos:
Medicamentos vencidos, reatores sorológicos vencidos, quimioterápicos e antineoplásicos, germicidas fora da validade, solventes, mercúrio líquido, soluções para revelação e fixação de radiografias.
Como acondicionar dentro da sala:
Quando vencidos ou contaminados, estes resíduos deverão ser encaminhados ao fabricante ou empresa tecnicamente competente para tratamento que elimine a periculosidade do resíduo para a saúde pública ou para o meio ambiente, conforme consta na Resolução CONAMA n° 283/2001.
TRANSPORTE EXTERNO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
O recolhimento de resíduos comuns e recicláveis tem seu cronograma regular por bairros nos municípios. Para a coleta especial dos resíduos infectantes, cada Serviço de Saúde deverá proceder a seu cadastramento junto ao Serviço de Coleta Especial da Limpeza Urbana - Departamento Municipal de Limpeza Urbana observando a periodicidade, dia da semana e horário, para elaboração da rotina do recolhimento final.
1.8. Primeiros Socorros
Qualquer pessoa, em qualquer fase de sua vida, está frequentemente sujeita a sofrer acidentes. Estes surgem, geralmente, de maneira imprevisível, podendo atingir crianças, adolescentes e adultos.
As consequências variam desde pequenas escoriações e sustos a até casos mais graves, como a invalidez e morte. A vida de um acidentado dependerá muitas vezes da assistência médica imediata.
Isto nem sempre é possível, pois alguns fatores como a inexistência de um posto médico próximo ao local do acidente, a falta de meios de comunicação e transporte disponível no momento e outras necessidades que dependerão das condições do acidente, farão com que a vítima já não esteja em condições de ser salva.
Devido estas situações, é imprescindível que a população tenha um conhecimento de alguns procedimentos simples de primeiros socorros, processos esses que poderão salvar vidas.
Ao prestar socorro a um acidentado é preciso saber o que se deve e pode fazer, pois um atendimento inadequado é geralmente prejudicial. Portanto, caso haja dúvida em qualquer procedimento, NÃO FAÇA NADA! Apenas chame o socorro adequado.
1.9. Conceitos
Primeiros Socorros: São os cuidados prestados inicialmente às vítimas em situação de emergência (acidentes, mal súbito), local em que ocorrem ou se manifestaram.
Finalidades:
• Preservar a vida;
• Prevenir lesões adicionais;
• Promover o conforto da vítima;
• Manter a segurança durante o atendimento das emergências para prevenir novo acidente;
• Transportar com segurança e rapidez para o
Hospital.
• Preservar a vida;
• Prevenir lesões adicionais;
• Promover o conforto da vítima;
• Manter a segurança durante o atendimento das emergências para prevenir novo acidente;
• Transportar com segurança e rapidez para o
Hospital.
Vítima: É toda a pessoa que tenha sofrido um acidente ou um mal súbito qualquer e necessite de socorro imediato (Fig.1).
Socorrista: É a pessoa treinada para ter acesso à vítima, providenciar assistência de emergência até a chegada de socorro especializado ou ao recurso hospitalar (Fig.1).


Figura 1: Socorristas (branco) e a vítima (deitada).
1.10. Características do Socorrista
Todas as pessoas deveriam aprender as ações básicas de Primeiros Socorros, pois elas se revelam importantes em muitas situações de nossas vidas. No entanto, desenvolver adequadamente tais ações exige, além de boa vontade, o firme propósito de aprender técnicas, estudar e desenvolver algumas qualidades que nos ajudam nos momentos em que somos colocados frente a frente em ocasiões dificeis e estressantes. Desta forma o socorrista deve:
• Ter conhecimento básico sobre primeiros socorros;
• Ter iniciativa, auto controle, calma, auto-confiança, senso de observação;
• Ter habilidade manual;
• Saber o que deve ser feito, como fazê-lo e o que não deve ser feito;
• Conhecer as próprias limitações e ter bom senso.
• Ter conhecimento básico sobre primeiros socorros;
• Ter iniciativa, auto controle, calma, auto-confiança, senso de observação;
• Ter habilidade manual;
• Saber o que deve ser feito, como fazê-lo e o que não deve ser feito;
• Conhecer as próprias limitações e ter bom senso.
A primeira atribuição é com a segurança pessoal: evite contato direto com sangue, fluidos corporais, ferimentos e queimaduras. Para a proteção pessoal é preciso usar:
• Luvas de látex ou sacos plásticos;
• Máscara facial de bolso para procedimento de ventilação artifical;
Deveres do socorrista em relação à vitima:
• Atender rapidamente, com segurança e utilizando instumentos manuais, quando necessário;
• Ouvir a vítima e as testemunhas com atenção;
• Falar com diplomacia (calma);
• Identificar o que está errado e providenciar assistência de emergência necessária;
• Observar prioridades: consciência, respiração, pulso em grandes artérias, grandes sangramentos;
• Elevar ou mobilizar a vítima apenas quando for necessário e realizar tal procedimento sem ocasionar lesões adicionais;
• Transportar a vítima com segurança para o recurso hospitalar, quando necessário.
• Atender rapidamente, com segurança e utilizando instumentos manuais, quando necessário;
• Ouvir a vítima e as testemunhas com atenção;
• Falar com diplomacia (calma);
• Identificar o que está errado e providenciar assistência de emergência necessária;
• Observar prioridades: consciência, respiração, pulso em grandes artérias, grandes sangramentos;
• Elevar ou mobilizar a vítima apenas quando for necessário e realizar tal procedimento sem ocasionar lesões adicionais;
• Transportar a vítima com segurança para o recurso hospitalar, quando necessário.
Responsabilidades do Socorrista
Assumir a situação:
• Evitar pânico;
• Obter a colaboração de outras pessoas;
• Dar ordens claras e objetivas;
• Solicitar ajuda qualificada;
• Manter curiosos afastados;
• Isolar, sinalizar e proteger o local;
Assumir a situação:
• Evitar pânico;
• Obter a colaboração de outras pessoas;
• Dar ordens claras e objetivas;
• Solicitar ajuda qualificada;
• Manter curiosos afastados;
• Isolar, sinalizar e proteger o local;
O Socorrista deve sempre estar atento:
• Aos sintomas; mesmo os mais leves podem ser iniciais de problemas graves;
• Às reações anormais e exageradas das vítimas e familiares que estão sob situação de estresse;
• Aos sintomas; mesmo os mais leves podem ser iniciais de problemas graves;
• Às reações anormais e exageradas das vítimas e familiares que estão sob situação de estresse;
• A responsabilidade sobre a vítima é sua até que a mesma seja entregue a recursos competentes.
1.11. AVALIAÇÃO PRIMÁRIA
Antes de qualquer outra atitude, a vítima deve ser examinada e as prioridades no tratamento devem ser estabelecidas imediatamente, com base nas lesões sofridas e na estabilidade de seus sinais vitais. O atendimento inicial do paciente deve constituir numa avaliação mais detalhada e, finalmente, por cuidados definitivos.
O exame físico deve ser realizado rapidamente no máximo em 30 segundos e consiste em:
1. Observação geral da vítima e do ambiente
2. Proteção local
Afastar quaisquer riscos de vazamento com suposta explosão
Verificar a existência de objetos cortantes próximos ao atendimento
Utilizar equipamentos de proteção individual
3. Avaliar as condições emocionais e a capacidade de respostas. Esta avaliação pode ser expressa pelas letras AVDI
A- Alerta, vitima acordada
V- resposta Verbal, consegue falar ou gritar
D- responde ao estímulo da Dor
1. Observação geral da vítima e do ambiente
2. Proteção local
Afastar quaisquer riscos de vazamento com suposta explosão
Verificar a existência de objetos cortantes próximos ao atendimento
Utilizar equipamentos de proteção individual
3. Avaliar as condições emocionais e a capacidade de respostas. Esta avaliação pode ser expressa pelas letras AVDI
A- Alerta, vitima acordada
V- resposta Verbal, consegue falar ou gritar
D- responde ao estímulo da Dor
I- Inconsciente
O socorrista deverá chamar a vítima pelo menos três vezes, usando seu nome se souber ou estimulando- a pelo ombro, exercendo suave pressão.
• “Você está me ouvindo?”
• “O que aconteceu com você?” (Fig.2)

• “Você está me ouvindo?”
• “O que aconteceu com você?” (Fig.2)

Figura 2: Avaliação Primária
Pedir ajuda: orientar para ligar para o telefone
190 – Polícia;
192 – SAMU;
193 – Corpo de Bombeiros.
190 – Polícia;
192 – SAMU;
193 – Corpo de Bombeiros.
Respiração
A respiração possui função primordial no funcionamento do corpo humano. Os nossos pulmões, ao se encherem de ar, põem em contato o oxigênio deste com o sangue dos pequenos vasos que percorrem os alvéolos pulmonares. A circulação sanguínea transporta para as células do nosso organismo este oxigênio indispensável à sua sobrevivência.
Normalmente, um adulto respira 16 vezes por minuto. O ritmo varia em função do fator ambiente, do estado, da atividade e da idade. Ao fim de 1 ou 2 minutos de falta de oxigênio, surge a perda de consciência, depois de 2 minutos o centro respiratório para de funcionar, 3 ou 4 minutos depois, o coração para.
Os problemas respiratórios e circulatórios, sendo a respiração completada pela circulação, podem, portando, segundo a intensidade, constituir situações de extrema urgência.
O ritmo da respiração é um sinal extremamente importante. O ritmo normal é de 16 respirações/min, mas este pode estar alterado dependendo do estado da vítima para mais fortes ou mais fracos e, finalmente, a respiração pode ter cessado.
A melhor forma de avaliar a função respiratória é ver se o paciente respira calmamente e sem esforço excessivo. Pode-se também, verificar a respiração através dos seguintes procedimentos:
- Colocar o rosto perto da boca do paciente para sentir a respiração e ouvi-la.
- Observar se o tórax está se movimentando (Fig.3).

- Colocar o rosto perto da boca do paciente para sentir a respiração e ouvi-la.
- Observar se o tórax está se movimentando (Fig.3).

Figura 3: Avaliação da respiração e movimento de tórax da vítima.
Circulação
O sistema circulatório compõe-se do coração, músculo oco que envia o sangue para grandes vasos chamados de artérias e irrigam, assim, as diferentes partes do corpo. O sangue regressa ao coração por outros vasos, as veias, fazendo-se a troca por meio de vários vasos finos e capilares.
O coração apresenta-se como uma espécie de bomba. A sua contração chamada sístole, envia um jato de sangue para as artérias de 60 a 80 vezes por minuto. O movimento contrário, diástole, permite que o sangue contido nas veias penetre no coração.
Devemos obter as informações da circulação através do pulso, da cor da pele e do tempo de preenchimento capilar. Para isso devemos:
• Apalpar a artéria radial (face interna do punho) ou a artéria carótida (no pescoço), assim, verificamos o pulso que tem uma frequência de 60 a 80 batimentos/min no indivíduo normal.
• Comprimindo o polegar, no indivíduo normal, a cor deve retornar em 2 segundos. Isso indica um preenchimento capilar normal.
• Apalpar a artéria radial (face interna do punho) ou a artéria carótida (no pescoço), assim, verificamos o pulso que tem uma frequência de 60 a 80 batimentos/min no indivíduo normal.
• Comprimindo o polegar, no indivíduo normal, a cor deve retornar em 2 segundos. Isso indica um preenchimento capilar normal.
Logo abaixo temos uma tabela que indica a frequência da pressão arterial nas diversas idades (Tabela 1).
Tabela 1: Valores Normais de Pressão Arterial.
Idade
|
PA mm/Hg
|
RN (3Kg)
|
52/30 mm/Hg
|
4 anos
|
85/60 mm/Hg
|
6 anos
|
95/62 mm/Hg
|
10 anos
|
100/65 mm/Hg
|
12 anos
|
108/67 mm/Hg
|
16 anos
|
118/75 mm/Hg
|
Acima de 16 anos
|
120/80 mm/Hg
|
Acima de 50 anos
|
140-160/90-100 mm/Hg
|
Avaliação das pupilas
As pupilas quando normais são do mesmo diâmetro e possuem contornos regulares.
Pupilas contraídas podem ser encontradas nas vítimas viciadas em drogas. As pupilas indicam um estado de relaxamento ou inconsciência, geralmente tal dilatação ocorre rapidamente após uma parada cardíaca.
As pupilas desiguais são geralmente encontradas nas vítimas com lesões de crânio ou acidente vascular cerebral. Na morte, as pupilas estão totalmente dilatadas e não respondem à luz.
Observe: reatividade, igualdade e tamanho das pupilas (Fig4).
Observe: reatividade, igualdade e tamanho das pupilas (Fig4).
Analise as alterações:
1. Observar a reação das pupilas à luz, classificando-as em: reativas ou arreativas;
2. Observar a simetria entre as pupilas classificando-as em: isocóricas ou anisocóricas;
3. Observar o tamanho das pupilas classificando-as em: midriáticas (midríase) ou mióticas (miose)
(Tabela 2).

Figura 4: Alterações nas pupilas.
1. Observar a reação das pupilas à luz, classificando-as em: reativas ou arreativas;
2. Observar a simetria entre as pupilas classificando-as em: isocóricas ou anisocóricas;
3. Observar o tamanho das pupilas classificando-as em: midriáticas (midríase) ou mióticas (miose)
(Tabela 2).

Figura 4: Alterações nas pupilas.
Tabela 2: Alterações observadas nas pupilas.
Tipo
|
Motivador de Alterações
|
Midríase paralítica (Fig 5)
|
Morte cerebral.
|
Miose (Fig.6)
|
Uso de alguns tipos de drogas.
|
Anisocoria (fig.7)
|
Lesão cerebral localizada devido TCE, AVC.
|
Figura 4: Cadáver com pupilas mídriáticas.
Figura 5: Paciente com pupila miótica.

Figura 6: Paciente com Anisocoria
Nível de Consciência
O nível de consciência da vitima é estabelecido pelos seguintes fatores:
• Estado de alerta: apresenta-se completamente consciente, desmaiado, etc;
• Resposta a estímulo vocal: breve conversa com a vítima;
• Resposta a estímulos dolorosos.
• Estado de alerta: apresenta-se completamente consciente, desmaiado, etc;
• Resposta a estímulo vocal: breve conversa com a vítima;
• Resposta a estímulos dolorosos.
Se as condições variam durante a avaliação ou transporte do acidentado, alguma alteração neurológica intracraniana está ocorrendo.
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
O objetivo principal da avaliação secundária é identificar e cuidar de ferimentos ou problemas clínicos da vítima, realizada após a avaliação primária e inclui: exame físico, histórico e sinais vitais.
Nas vitimas conscientes, esta avaliação poderá ser direcionada de acordo com a queixa da mesma. Nas vitimas inconscientes ou que não podem comunicar-se adequadamente, esta avaliação deve ser utilizada de maneira completa.
A avaliação deverá ser feita de forma:
• Objetiva: examinar da cabeça aos pés;
• Subjetiva: questionar vítima e/ou testemunha.
• Objetiva: examinar da cabeça aos pés;
• Subjetiva: questionar vítima e/ou testemunha.
Avaliação Objetiva
O socorrista deverá executar uma inspeção juntamente com uma palpação, nos seguintes itens (Tabela 3).
Tabela3: Regiões a serem verificadas na Avaliação Objetiva.
Regiões
|
Observações
|
Cabeça
|
• Ferimentos e sangramentos ;
• Deformidades,hematomas ou afundamentos; • Hálitos; • Presença de corpo estranho na boca. |
Pescoço
|
• Ferimentos e sangramentos;
• Deformidades como desvio de traquéia; • Ingurgitamento das veias; • Resistência ou dor ao movimento. |
Tórax
|
• Ferimentos e sangramentos (escoriações, perfurações e hematomas);
• Elevação do tórax ao respirar, simetricamente; • Respiração difícil e com ruídos; • Palpar o tórax para sentir crepitações ósseas sugestivas ou fraturas de costelas |
Abdome
|
• Ferimentos e sangramentos escoriações,perfurações e hematomas);
• Perceber reação à dor, através da palpação; • Examinar, dividindo o abdome em quadrantes. |
Pelve
|
• Ferimentos e sangramentos (escoriações, perfurações e hematomas);
• Perceber reação à dor, através da apalpação; • Observar alinhamento do quadril. |
Membros Inferiores e Superiores
|
• Ferimentos e sangramentos (escoriações, perfurações e hematomas);
• Perceber desvios e alinhamento; • Resposta neurológica (sensibilidade, motricidade e força muscular); • Sentir pulsação distal – Membros; Inferiores (pulso pedioso) e Membros Superiores (pulso radial). |
Durante a inspeção e palpação verificar:
Temperatura: tocar a vítima e sentir se está fria ou quente.
PRIMEIROS SOCORROS
Caso fria, procurar aquecer com qualquer vestimenta.
Caso quente, cobrir após a exposição, com um tecido leve.
Caso fria, procurar aquecer com qualquer vestimenta.
Caso quente, cobrir após a exposição, com um tecido leve.
Completar a avaliação secundária com a mensuração dos sinais vitais prioritários, que são:
Pulso: com a polpa distal dos dedos indicar e médio, contar o pulso durante 1m , e dando o resultado em batimentos cardíacos por minuto.
Frequência Respiratória: sem que a vítima perceba, contar os movimentos respiratórios por 1 minuto, dando o resultado em movimentos por minuto.
Avaliação Subjetiva
Concluída a parte objetiva da avaliação secundária, proceda à parte subjetiva, entreviste a vitima ou testemunha usando um vocabulário simples. Faça as seguintes questões:
- Nome da vítima
- “O que aconteceu?”
- A vítima fez alguma queixa antes do acontecido?
- Tem algum problema de saúde ou alguma doença?
- Já aconteceu anteriormente?
- Faz uso de algum medicamento?
- Nome da vítima
- “O que aconteceu?”
- A vítima fez alguma queixa antes do acontecido?
- Tem algum problema de saúde ou alguma doença?
- Já aconteceu anteriormente?
- Faz uso de algum medicamento?
Nas vítimas com traumas (acidentes), observar e questionar:
- Cena do acidente
- Como aconteceu?
- Há quanto tempo?
- Tipo de acidente.
- Posição da vitima.
- Perigos iminentes (explosão, fogo, desabamentos)
- Cena do acidente
- Como aconteceu?
- Há quanto tempo?
- Tipo de acidente.
- Posição da vitima.
- Perigos iminentes (explosão, fogo, desabamentos)
PARADA CARDIO-RESPIRATÓRIA
Ressuscitação cardio pulmonar são as manobras realizadas na tentativa de reanimar uma pessoa vítima de parada cardíaca "e/ou" respiratória.
Este "e/ou" deve-se ao fato que poderá encontrar uma vítima com parada respiratória por obstrução mecânica (objeto obstruindo a passagem do ar), que ainda mantêm batimentos cardíacos, mesmo que fracos. Neste caso será necessário apenas a respiração artificial, após a desobstrução.
Qual a finalidade da RCP ?
Ela tem como finalidade fazer com que o coração e pulmão a voltem as suas funções normais. Conforme aprendemos nos sinais vitais isto é necessário para a manutenção da oxigenação do cérebro, o qual não pode passar mais de alguns minutos sem ser oxigenado , sob pena de gerar lesões irreversíveis.
Ela tem como finalidade fazer com que o coração e pulmão a voltem as suas funções normais. Conforme aprendemos nos sinais vitais isto é necessário para a manutenção da oxigenação do cérebro, o qual não pode passar mais de alguns minutos sem ser oxigenado , sob pena de gerar lesões irreversíveis.
Como se faz RCP ?
Pela nova diretriz de 2010, houve inversão na ordem da RCP, devendo-se agora iniciar pelas compressões torácicas !
Pela nova diretriz de 2010, houve inversão na ordem da RCP, devendo-se agora iniciar pelas compressões torácicas !
Socorristas leigos ou não, mas treinados, deverão fazer a verificação das vias aéreas após as compressões iniciais (mínimo 100/minuto) e profundidade de 5 cm.
Na verificação das "vias aéreas superiores", deve-se abrir a boca da vítima e retirar qualquer objeto que possa obstruir a passagem do ar: dentaduras, chicletes, balas, alimentos, etc.
Reforçando, pela nova Diretriz 2010, devemos sempre iniciar a RCP pela compressão do tórax
Como se faz MASSAGEM CARDÍACA ?O coração está sob o final do "OSSO ESTERNO ". É aí que deverá apoiar suas mãos para realizar a MASSAGEM CARDÍACA (Fig.12).
Para que a massagem seja efetiva :
• Posicione-se de preferência a esquerda da vítima,
• Procure o final do osso "esterno",
• Apoie uma mão sobre a outra neste ponto,
• Mantenha os braços esticados,
• Comprima e solte o tórax ritmicamente, no mínimo 100 vezes por minuto, com 5 cm de profundidade,
• Contar em voz alta, facilita a sequência.
• Posicione-se de preferência a esquerda da vítima,
• Procure o final do osso "esterno",
• Apoie uma mão sobre a outra neste ponto,
• Mantenha os braços esticados,
• Comprima e solte o tórax ritmicamente, no mínimo 100 vezes por minuto, com 5 cm de profundidade,
• Contar em voz alta, facilita a sequência.

Figura 12: Localização do esterno
e massagem cardíaca
e massagem cardíaca
Socorrista leigo sem treinamento - 2010 (Nova):
Se a pessoa presente não tiver treinamento em RCP, ela deverá aplicar a RCP somente com as mãos (somente compressões torácicas) na vítima adulta com colapso repentino, com ênfase em "comprimir forte e rápido" no centro do tórax (no mínimo 5 cm), ou seguir as instruções do atendente/operador do Serviço Médico de Emergências (SME).
O socorrista deve continuar a RCP somente com as mãos até a chegada e preparação de um DEA/DAE (desfibrilador) para uso ou até que os profissionais do SME ou outros encarregados assumam o cuidado da vítima (Fig.13).
Figura 13: Vítima com desfibrilador externo automático
Socorrista leigo com treinamento
O socorrista com treinamento atuando sozinho deve iniciar a RCP com 30 compressões (em vez de 2 ventilações como antes), a uma frequência mínima de 100 compressões por minuto(no mínimo 5 cm) para reduzir a demora na aplicação da primeira compressão.
PARADA RESPIRATÓRIA
É a supressão súbita dos movimentos respiratórios, podendo ser acompanhada ou não de parada cardíaca.
Sinais e Sintomas:
• Ausência de movimentos respiratórios;
• Ausência de movimentos respiratórios;
• Cianose (Fig.14);
• Dilatação das pupilas;
• Inconsciência;
• Nos casos que apresentam parada respiratória após trauma, não devemos nos esquecer da possibilidade de fratura de coluna cervical.
• Dilatação das pupilas;
• Inconsciência;
• Nos casos que apresentam parada respiratória após trauma, não devemos nos esquecer da possibilidade de fratura de coluna cervical.
Figura 14: Paciente cianótica
Como na avaliação no local do acidente não dispomos de método diagnóstico, devemos considerar todos os pacientes como portadores de lesão de coluna até que se prove o contrário no hospital. Desta forma devemos evitar estender e mover o pescoço para proceder a reanimação respiratória.
Para avaliar a obstrução da via respiratória devemos seguir a seguinte sequência:
• Remover obstáculos das vias aéreas (prótese dentária, sangue coagulado, etc.);
• Manter a vítima deitada, tomando cuidado com a movimentação do pescoço e cabeça;
• Colocar o queixo para cima;
• Manter a cabeça e o pescoço alinhados e fixos;
• Transportar ao hospital após controle da situação.
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• Manter a vítima deitada, tomando cuidado com a movimentação do pescoço e cabeça;
• Colocar o queixo para cima;
• Manter a cabeça e o pescoço alinhados e fixos;
• Transportar ao hospital após controle da situação.
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EXERCÍCIOS
1. Qual a importância da Avaliação Secundária e como podemos dividi-la?
2. De acordo com as regiões abaixo, indique o que devemos observar na Avaliação Objetiva:
a) Cabeça:
b) Pescoço:
c) Tórax:
d) Abdome:
e) Pelve:
f) Membros Inferiores e Superiores:
a) Cabeça:
b) Pescoço:
c) Tórax:
d) Abdome:
e) Pelve:
f) Membros Inferiores e Superiores:
3. Como deve ser feita a avaliação dos seguintes itens:
a) Pulso:
b) Temperatura:
c) Frequência respiratória:
a) Pulso:
b) Temperatura:
c) Frequência respiratória:
4. Quais as condutas tomadas na Avaliação Subjetiva?
5. Qual a finalidade da RCP?
6. De uma maneira simples, descreva o processo a ser realizado numa RCP em um adulto.
7. Qual a conduta tomada numa RCP nos casos de parada cardio-respiratória em crianças pequenas ou pessoas com lesão na boca?
8. De acordo com as novas diretrizes, como deve ser feita a massagem cardíaca?
9. Quais os sinais e sintomas da Parada Respiratória?
10. SR, 74 anos, foi encontrado inconsciente no chão da sala. Quais as medidas que você deverá tomar?
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ESTADO DE CHOQUE
O choque é um complexo grupo de síndromes cardiovasculares agudas que não possui, uma definição única que compreenda todas as suas diversas causas e origens. Didaticamente, o estado de choque se dá quando há mau funcionamento entre o coração, vasos sanguíneos (artérias ou veias) e o sangue, instalando-se um desequilíbrio no organismo.
O choque é uma grave emergência médica. O correto atendimento exige ação rápida e imediata. Vários fatores predispõem ao choque. Com a finalidade de facilitar a análise dos mecanismos, considera-se especialmente para estudo o choque hipovolêmico, por ter a vantagem de apresentar uma sequência bem definida. Há vários tipos de choque:
Choque Hipovolêmico: É o choque que ocorre devido à redução do volume intravascular por causa da perda de sangue, de plasma ou de água perdida em diarréia, vômito e queimaduras.
Choque Cardiogênico: Ocorre na incapacidade de o coração bombear um volume de sangue suficiente para atender às necessidades metabólicas dos tecidos, pode ocorrer nos casos de infarto agudo do miocárdio, arritmias, insuficiência cardíaca congestiva e tamponamento cardíaco.
Choque Distributivo: Relaciona-se à anafilaxia, graves infecções bacterianas, distúrbios neurogênicos, podendo ter como causa clínica o choque séptico, medular, overdose, pneumonia, diminuição do retorno venoso, abcesso, etc.
Choque Séptico: Pode ocorrer devido a uma infecção sistêmica, como pneumonia, meningite, abcessos.
Choque Anafilático: É uma reação de hipersensibilidade sistêmica, que ocorre quando um indivíduo é exposto a uma substância à qual é extremamente alérgico, podendo ser um fármaco como a penicilina, drogas e picadas de insetos.
Choque Obstrutivo: Obstrução extra-cardíaca do fluxo de sangue, podendo ocorrer por obstrução de veia cava, tromboembolismo pulmonar, etc.
Choque Neurogênico: É o choque que decorre da redução do tônus vasomotor normal por distúrbio da função nervosa. Este choque pode ser causado, por exemplo, por transecção da medula espinhal ou pelo uso de medicamentos, como bloqueadores ganglionares ou depressores do sistema nervoso central.
O reconhecimento da iminência de choque é de importância vital para o salvamento da vítima, ainda que pouco possamos fazer para reverter a síndrome. Muitas vezes é difícil este reconhecimento, mas podemos notar algumas situações predisponentes ao choque e adotar condutas para evitá-lo ou retardá-lo. De uma maneira geral, a prevenção é consideravelmente mais eficaz do que o tratamento do estado de choque.
O choque pode ser provocado por várias causas, especialmente de origem traumáticas.
Causas Principais do Estado de Choque:
• Hemorragias intensas (internas ou externas);
• Infarto;
• Taquicardias;
• Bradicardias;
• Queimaduras graves;
• Processos inflamatórios do coração;
• Traumatismos do crânio e traumatismos graves de tórax e abdome;
• Envenenamentos;
• Afogamento;
• Choque elétrico;
• Picadas de animais peçonhentos;
• Exposição a extremos de calor e frio;
• Septicemia.
• Hemorragias intensas (internas ou externas);
• Infarto;
• Taquicardias;
• Bradicardias;
• Queimaduras graves;
• Processos inflamatórios do coração;
• Traumatismos do crânio e traumatismos graves de tórax e abdome;
• Envenenamentos;
• Afogamento;
• Choque elétrico;
• Picadas de animais peçonhentos;
• Exposição a extremos de calor e frio;
• Septicemia.
No ambiente de trabalho, todas as causas citadas acima podem ocorrer, merecendo especial atenção os acidentes graves com hemorragias extensas, com perda de substâncias orgânicas em prensas, moinhos, extrusoras, por choque elétrico, por envenenamentos por produtos químicos, ou por exposição a temperaturas extremas.
Sintomas
A vítima de estado de choque ou na iminência de entrar em choque apresenta geralmente os seguintes sintomas:
• Pele pálida, úmida, pegajosa e fria. Cianose (arroxeamento) de extremidades, orelhas, lábios e pontas dos dedos.
• Suor intenso na testa e palmas das mãos.
• Fraqueza geral.
• Pulso rápido e fraco.
• Sensação de frio, pele fria e calafrios.
• Respiração rápida, curta, irregular ou muito difícil.
• Expressão de ansiedade ou olhar indiferente e profundo com pupilas dilatadas, agitação.
• Medo (ansiedade).
• Sede intensa.
• Visão nublada.
• Náuseas e vômitos.
• Respostas insatisfatórias a estímulos externos.
• Perda total ou parcial de consciência.
• Taquicardia
A vítima de estado de choque ou na iminência de entrar em choque apresenta geralmente os seguintes sintomas:
• Pele pálida, úmida, pegajosa e fria. Cianose (arroxeamento) de extremidades, orelhas, lábios e pontas dos dedos.
• Suor intenso na testa e palmas das mãos.
• Fraqueza geral.
• Pulso rápido e fraco.
• Sensação de frio, pele fria e calafrios.
• Respiração rápida, curta, irregular ou muito difícil.
• Expressão de ansiedade ou olhar indiferente e profundo com pupilas dilatadas, agitação.
• Medo (ansiedade).
• Sede intensa.
• Visão nublada.
• Náuseas e vômitos.
• Respostas insatisfatórias a estímulos externos.
• Perda total ou parcial de consciência.
• Taquicardia
Prevenção do Choque
Algumas providências podem ser tomadas para evitar o estado de choque. Mas infelizmente não há muitos procedimentos de primeiros socorros a serem tomados para tirar a vítima do choque.
Algumas providências podem ser tomadas para evitar o estado de choque. Mas infelizmente não há muitos procedimentos de primeiros socorros a serem tomados para tirar a vítima do choque.
Existem algumas providências que devem ser memorizadas com o intuito permanente de prevenir o agravamento e retardar a instalação do estado de choque.
Deitar a vítima: A vítima deve ser deitada de costas. Afrouxar as roupas da vítima no pescoço, peito e cintura e, em seguida, verificar se há presença de prótese dentária, objetos ou alimento na boca e os retirar. Os membros inferiores devem ficar elevados em relação ao corpo. Isto pode ser feito colocando-os sobre uma almofada, cobertor dobrado ou qualquer outro objeto. Este procedimento deve ser feito apenas se não houver fraturas desses membros; ele serve para melhorar o retorno sanguíneo e levar o máximo de oxigênio ao cérebro.
Não erguer os membros inferiores da vítima a mais de 30 cm do solo. No caso de ferimentos no tórax que dificultem a respiração ou de ferimento na cabeça, os membros inferiores não devem ser elevados. No caso de a vítima estar inconsciente, ou se estiver consciente, mas sangrando pela boca ou nariz, deitá-la na posição lateral de segurança (PLS), para evitar asfixia.
Respiração: Verificar quase que simultaneamente se a vítima respira. Deve-se estar preparado para iniciar a respiração boca a boca, caso a vítima pare de respirar.
Pulso: Enquanto as providências já indicadas são executadas, observar o pulso da vítima. No choque o pulso da vítima apresenta-se rápido e fraco (taquisfigmia).
Conforto: Dependendo do estado geral e da existência ou não de fratura, a vítima deverá ser deitada da melhor maneira possível. Isso significa observar se ela não está sentindo frio e perdendo calor. Se for preciso, a vítima deve ser agasalhada com cobertor ou algo semelhante, como uma lona ou casacos.
Tranquilizar a vítima: Se o socorro médico estiver demorando, tranquilizar a vítima, mantendo-a calma sem demonstrar apreensão quanto ao seu estado. Permanecer em vigilância junto à vítima para dar-lhe segurança e para monitorar alterações em seu estado físico e de consciência.
Em todos os casos de reconhecimento dos sinais e sintomas de estado de choque, providenciar imediatamente assistência especializada. A vítima vai necessitar de tratamento complexo que só pode ser feito por profissionais e recursos especiais para intervir nestes casos.
QUEIMADURAS
Queimaduras são lesões provocadas pela temperatura, geralmente calor, que podem atingir graves proporções de perigo para a vida ou para a integridade da pessoa, dependendo de sua localização, extensão e grau de profundidade.
O efeito inicial e local, comum em todas as queimaduras é a desnaturação de proteínas, com consequente lesão ou morte celular, por este motivo elas têm o potencial de desfigurar, causar incapacitações temporárias ou permanentes e até mesmo a morte.
A pele é o maior órgão do corpo humano e a barreira contra a perda de água e calor pelo corpo, tendo também um papel importante na proteção contra infecções. Acidentados com lesões extensas de pele tendem a perder temperatura e líquidos corporais tornando-se mais propensos a infecções.
Todo tipo de queimadura é uma lesão que requer atendimento médico especializado imediatamente após a prestação de primeiros socorros, seja qual for a extensão e profundidade.
Afastar o acidentado da origem da queimadura é o passo inicial e tem prioridade sobre todos os outros tratamentos. Observar sua segurança pessoal, com máximo cuidado, durante o atendimento a queimados.
Queimaduras por agentes físicos
Térmicos: líquidos quentes, gordura quente, ferro quente, vapor e por meio do fogo.
Térmicos: líquidos quentes, gordura quente, ferro quente, vapor e por meio do fogo.
Elétricas: corrente de baixa voltagem (eletrodomésticos), alta tensão e raio.
Radiantes: resultam da exposição à luz solar ou fontes nucleares.
Queimaduras por agentes químicos
Substâncias químicas industriais, produtos de uso doméstico, como solventes, soda cáustica, alvejantes ou qualquer ácido ou álcalis.
Substâncias químicas industriais, produtos de uso doméstico, como solventes, soda cáustica, alvejantes ou qualquer ácido ou álcalis.
Queimaduras por agentes biológicos
Seres vivos: como por exemplos taturanas, “água viva“, urtiga.
Seres vivos: como por exemplos taturanas, “água viva“, urtiga.
Gravidade da Queimadura
Depende da causa, profundidade, percentual de superfície corporal queimada, localização, associação com outras lesões, comprometimento de vias aéreas e estado prévio do acidentado.
Como efeitos gerais (sistêmicos) das queimaduras poderemos ter:
a) Choque primário (neurogênico) - vasodilatação
b) Choque secundário - hipovolemia
c) Infecção bacteriana secundária a lesão
d) Paralisia respiratória e fibrilação - choque elétrico
a) Choque primário (neurogênico) - vasodilatação
b) Choque secundário - hipovolemia
c) Infecção bacteriana secundária a lesão
d) Paralisia respiratória e fibrilação - choque elétrico
Classificação das Queimaduras
Profundidade ou Grau das Queimaduras: O agente causador das queimaduras produz uma série de alterações sistêmicas, mas o revestimento cutâneo, sendo o mais atingido primariamente, apresenta alterações mais visíveis.
As lesões não são uniformes, existem, em geral, vários graus de profundidade em uma mesma área (Fig.15). O tratamento inadequado e a infecção podem converter queimaduras de segundo grau em queimaduras de terceiro grau.
Dependendo da profundidade queimada do corpo, as queimaduras são classificadas em graus para melhor compreensão e adoção de medidas terapêuticas adequadas.
Figura 15: Extensão dos tipos de queimaduras
• Queimadura de Primeiro Grau
As queimaduras de primeiro grau são caracterizadas pelo eritema (vermelhidão), que clareia quando sofre pressão (Fig.16). Existe dor e edema, mas usualmente há bolhas.
As queimaduras de primeiro grau são caracterizadas pelo eritema (vermelhidão), que clareia quando sofre pressão (Fig.16). Existe dor e edema, mas usualmente há bolhas.
Primeiros Socorros• Colocar compressas frias de água ou soro fisiológico.
• Hidratar a vítima dando-lhe água para beber.
• Hidratar a vítima dando-lhe água para beber.
Figura 16: Paciente com Queimadura de 1ºGrau, observe o eritema
• Queimaduras de Segundo Grau
As queimaduras de segundo grau são caracteristicamente avermelhadas e dolorosas, com bolhas (Fig.17), edema abaixo da pele e restos de peles queimadas soltas. São mais profundas, provocam necrose e visível dilatação do leito vascular.
Nas queimaduras de segundo grau superficiais não há destruição da camada basal da epiderme, enquanto nas queimaduras secundárias profundas há. Não há capacidade de regeneração da pele. A dor e ardência local são de intensidade variável.
Figura 17: Queimadura de 2º Grau, observe a presença de bolhas
Primeiros Socorros
• Colocar compressa de água fria.
• Cobrir com gaze limpa a região afetada
• Não furar bolhas para não aumentar o risco de infecção.
• Por risco de choque (total falência do sistema sanguíneo do corpo por perda de água) é necessário procurar assistência especializada imediatamente.
• Colocar compressa de água fria.
• Cobrir com gaze limpa a região afetada
• Não furar bolhas para não aumentar o risco de infecção.
• Por risco de choque (total falência do sistema sanguíneo do corpo por perda de água) é necessário procurar assistência especializada imediatamente.
• Queimaduras de Terceiro GrauAs queimaduras de terceiro grau são aquelas em que toda a profundidade da pele está comprometida, podendo atingir a exposição dos tecidos, vasos e ossos. Como há destruição das terminações nervosas, o acidentado só acusa dor inicial da lesão aguda. São queimaduras de extrema gravidade.Figura 18: Imagens de Queimaduras de 3ºGrau, observe a morte tecidual.
Primeiros Socorros
• Deitar a vítima.
• Avaliar os sinais vitais.
• Não remover objetos aderidos à queimadura.
• Remover objetos não aderidos.
• Tirar anéis, relógio, pulseira, antes que o local apresente edema.
• Resfriar o local com bastante água fria.
• Cobrir a queimadura com gaze esterilizada e limpa.
• Encaminhar urgente para serviço médico.
• Deitar a vítima.
• Avaliar os sinais vitais.
• Não remover objetos aderidos à queimadura.
• Remover objetos não aderidos.
• Tirar anéis, relógio, pulseira, antes que o local apresente edema.
• Resfriar o local com bastante água fria.
• Cobrir a queimadura com gaze esterilizada e limpa.
• Encaminhar urgente para serviço médico.
NÃO APLIQUE NENHUM TIPO DE POMADA, CREME OU ÓLEOS, POIS SÃO GORDUROSOS, RETÊM O CALOR E PIORAM A LESÃO.
Na prática é difícil de distinguirmos queimaduras de segundo e terceiro graus. Além disto, uma mesma pessoa pode apresentar os três graus de queimaduras (Tabela 4), porém a gravidade do quadro não reside no grau da lesão, e sim na extensão da superfície atingida.
Tabela 4: Identificação dos níveis de queimaduras.
Grau
|
Causa
|
Profundidade
|
Cor
|
Enchimento Capilar
|
Sensação da Dor
|
1º.Grau
|
Luz solar ou chamuscação pouco intensa
|
Epiderme
|
Eritema
|
Presente
|
Dolorosa
|
2º. Grau
|
Chamuscação ou Líquidos ferventes
|
Epiderme e Derme
|
Eritema e bolhas
|
Presente
|
Dolorosa
|
3º. Grau
|
Chama direta
|
Todas as camadas
|
Branca, preta ou marrom
|
Ausente
|
Pouca dor, anestesiada
|
Conduta nos casos de Queimaduras Térmicas:
• Afastar a vítima da origem da queimadura.
• Se a vitima estiver com fogo nas vestes role-a no chão ou envolva-a com cobertor espesso ou similar, enrolando-o da cabeça para os pés.
• Se o agente térmico for óleo ou água fervente, resfriar o local rapidamente com água ou soro.
• Verificar as vias áreas, observar sinais de queimaduras na face (fuligem no nariz, cílios, sobrancelhas e cabelos chamuscados, inchaço nos olhos e boca), podem indicar obstrução respiratória.
• Proteger os locais queimados com plástico (filme transparente de PVC).
• Afastar a vítima da origem da queimadura.
• Se a vitima estiver com fogo nas vestes role-a no chão ou envolva-a com cobertor espesso ou similar, enrolando-o da cabeça para os pés.
• Se o agente térmico for óleo ou água fervente, resfriar o local rapidamente com água ou soro.
• Verificar as vias áreas, observar sinais de queimaduras na face (fuligem no nariz, cílios, sobrancelhas e cabelos chamuscados, inchaço nos olhos e boca), podem indicar obstrução respiratória.
• Proteger os locais queimados com plástico (filme transparente de PVC).
Conduta no caso de Queimaduras Químicas (Fig.19):
• Retirar as roupas, recortando-as, impregnadas com agente químico.
• Lavar a área afetada abundantemente com água corrente por 20 minutos.
• Identificar o agente químico, se for ácido, lave o local por 5 minutos no mínimo.
• Não fazer fricção no local.
• Não empregar água sobre pressão na lavagem.
• Retirar as roupas, recortando-as, impregnadas com agente químico.
• Lavar a área afetada abundantemente com água corrente por 20 minutos.
• Identificar o agente químico, se for ácido, lave o local por 5 minutos no mínimo.
• Não fazer fricção no local.
• Não empregar água sobre pressão na lavagem.
Figura 19: Queimadura por ácido
Conduta no caso de Queimaduras Elétricas (Fig.20):
Estes acidentes são ocasionados pela passagem de corrente elétrica através da pele. A intensidade da queimadura dependerá do tipo de corrente, da voltagem e da resistência.
Podem causar parada respiratória, parada cardíaca e queimaduras locais de limites bem definidos ou de grande extensão.
Figura 20: Queimadura elétrica
• Desligar a energia ou afastar a vitima da fonte antes de iniciar o atendimento, caso não seja possível separar a vitima do contato com o fio, NÃO prestar socorro, acionar a companhia elétrica (ELETROPAULO).
• Interromper o contato da vitima com o agente agressor usando um pedaço de maderira seca, cinto de couro, borracha grossa ou luvas de borracha.
• Fazer avaliação primária
• Verificar as vias aéreas (cuidado com a coluna cervical)
• Estar atento aos sinais de RCP, aplicar manobras de reanimação se necessário
• Identificar local de entrada e saída da corrente elétrica
• Proteger as queimaduras com um pano limpo, no ponto de entrada e saída da corrente elétrica
• SEMPRE transportar ao hospital rapidamente, tendo o cuidado com a imobilização e a utilização de manobras de reanimação, se necessário.
• Interromper o contato da vitima com o agente agressor usando um pedaço de maderira seca, cinto de couro, borracha grossa ou luvas de borracha.
• Fazer avaliação primária
• Verificar as vias aéreas (cuidado com a coluna cervical)
• Estar atento aos sinais de RCP, aplicar manobras de reanimação se necessário
• Identificar local de entrada e saída da corrente elétrica
• Proteger as queimaduras com um pano limpo, no ponto de entrada e saída da corrente elétrica
• SEMPRE transportar ao hospital rapidamente, tendo o cuidado com a imobilização e a utilização de manobras de reanimação, se necessário.
ASFIXIA
Asfixia pode ser definida como sendo parada respiratória, com o coração ainda funcionando.
É causado por certos tipos de traumatismos como aqueles que atingem a cabeça, a boca, o pescoço, o tórax; por fumaça no decurso de um incêndio; por afogamento; em soterramentos, dentre outros acidentes, ocasionando dificuldade respiratória, levando à parada respiratória.
Nesse caso, a identificação da dificuldade respiratória pela respiração arquejante nas vitimas inconscientes, pela falta de ar de que se queixam os conscientes, ou ainda, pela cianose acentuada do rosto, dos lábios e das extremidades (dedos), servirá de guia para o socorro à vítima.
Se as funções respiratórias não forem restabelecidas dentro de 3 a 4 minutos, as atividades cerebrais cessarão totalmente, ocasionando a morte. O oxigênio é vital para o cérebro.
Principais Causas
Bloqueio da passagem de ar: Pode acontecer nos casos de afogamento, secreções e espasmos da laringe, estrangulamento, soterramento e bloqueio do ar causado por ossos, alimentos ou qualquer corpo estranho na garganta.
Insuficiência de oxigênio no ar: Pode ocorrer em altitudes onde o oxigênio é insuficiente, em compartimentos não ventilados, nos incêndios em compartimentos fechados e por contaminação do ar por gases tóxicos (principalmente emanações de motores, fumaça densa).
Impossibilidade do sangue em transportar oxigênioParalisia do centro respiratório no cérebro: Pode ser causada por choque elétrico, venenos, doenças, Acidente Vascular Encefálico (AVE), ferimentos na cabeça ou no aparelho respiratório, por ingestão de grande quantidade de álcool, ou de substâncias anestésicas, psicotrópicos e tranquilizantes.
Compressão do corpo: Pode ser causado por forte pressão externa (por exemplo, traumatismo torácico), nos músculos respiratórios.
O sinal mais importante dessa situação é a dilatação das pupilas.
Conduta
• A primeira conduta é favorecer a passagem do ar através da boca e das narinas
• Afastar a causa.
• Verificar se o acidentado está consciente.
• Desapertar as roupas do acidentado, principalmente em volta do pescoço, peito e cintura.
• Retirar qualquer objeto da boca ou da garganta do acidentado, para abrir e manter desobstruída a passagem de ar.
• Para assegurar que o acidentado inconsciente continue respirando, coloque-a na posição lateral de segurança.
• Manter o acidentado aquecido, para prevenir o choque.
• Não dar líquidos enquanto o acidentado estiver inconsciente.
• Não deixar o acidentado sentar ou levantar. O acidentado deve permanecer deitado, mesmo depois de ter recuperado a respiração.
• Não dar bebidas alcoólicas ao acidentado. Dar chá ou café para beber, logo que volte a si.
• Continuar observando cuidadosamente o acidentado, para evitar que a respiração cesse novamente.
• Não deslocar o acidentado até que sua respiração volte ao normal.
• Remover o acidentado, somente deitado, mas só em caso de extrema necessidade.
• Solicitar socorro especializado mesmo que o acidentado esteja recuperado.
• A primeira conduta é favorecer a passagem do ar através da boca e das narinas
• Afastar a causa.
• Verificar se o acidentado está consciente.
• Desapertar as roupas do acidentado, principalmente em volta do pescoço, peito e cintura.
• Retirar qualquer objeto da boca ou da garganta do acidentado, para abrir e manter desobstruída a passagem de ar.
• Para assegurar que o acidentado inconsciente continue respirando, coloque-a na posição lateral de segurança.
• Manter o acidentado aquecido, para prevenir o choque.
• Não dar líquidos enquanto o acidentado estiver inconsciente.
• Não deixar o acidentado sentar ou levantar. O acidentado deve permanecer deitado, mesmo depois de ter recuperado a respiração.
• Não dar bebidas alcoólicas ao acidentado. Dar chá ou café para beber, logo que volte a si.
• Continuar observando cuidadosamente o acidentado, para evitar que a respiração cesse novamente.
• Não deslocar o acidentado até que sua respiração volte ao normal.
• Remover o acidentado, somente deitado, mas só em caso de extrema necessidade.
• Solicitar socorro especializado mesmo que o acidentado esteja recuperado.
Manobra de Heimlich
A manobra de Heimlich é uma técnica de emergência que consiste na realização de uma série de compressões a nível superior do abdomen mais precisamente abaixo do esterno. Esta manobra é usada em caso de asfixia ou sufocação, provocada por um pedaço de comida ou um corpo estranho entalado nas vias respiratórias, impedindo a vítima de respirar.
• Coloque-se atrás da vítima com um pé ao lado e outro ligeiramente atrás da mesma e com os braços a envolver o abdome da vítima;
• Coloque a sua mão fechada, abaixo do esterno e ligeiramente acima do umbigo, com o polegar para dentro, contra o abdome da vítima;
• Agarre firmemente o punho com a outra mão;
• Efetue 5 compressões abdominais, para dentro e para cima, de modo a aumentar a pressão torácica, que irá expulsar o objeto. Note que cada compressão deve ser suficientemente forte para deslocar a obstrução, mas não agressiva de forma a causar fratura;
• Reavalie a vítima, verificando se ainda tosse ou se já respira, verificando se o corpo estranho saiu pela boca;
• Se não obtiver êxito, repita a manobra de Heimlich, tantas vezes quanto forem necessárias (Fig.21).
• Coloque a sua mão fechada, abaixo do esterno e ligeiramente acima do umbigo, com o polegar para dentro, contra o abdome da vítima;
• Agarre firmemente o punho com a outra mão;
• Efetue 5 compressões abdominais, para dentro e para cima, de modo a aumentar a pressão torácica, que irá expulsar o objeto. Note que cada compressão deve ser suficientemente forte para deslocar a obstrução, mas não agressiva de forma a causar fratura;
• Reavalie a vítima, verificando se ainda tosse ou se já respira, verificando se o corpo estranho saiu pela boca;
• Se não obtiver êxito, repita a manobra de Heimlich, tantas vezes quanto forem necessárias (Fig.21).
Figura 21: Sequência da manobra de Heimlich
Atenção:
Não faça respiração boca a boca nos casos de engasgos com vítimas inconscientes.
Você poderá empurrar ainda mais o objeto.
Caso tenha insucesso com as manobras tentadas, você está diante de uma vítima asfixiada.
Resta agora a respiração boca a boca, como única alternativa para salvar a vida.
(SOMENTE SERVIÇO MÉDICO DE EMERGÊNCIA).
Não faça respiração boca a boca nos casos de engasgos com vítimas inconscientes.
Você poderá empurrar ainda mais o objeto.
Caso tenha insucesso com as manobras tentadas, você está diante de uma vítima asfixiada.
Resta agora a respiração boca a boca, como única alternativa para salvar a vida.
(SOMENTE SERVIÇO MÉDICO DE EMERGÊNCIA).
Engasgo no bebê
Em caso de engasgo de um bebê, segure-o com o abdome para baixo apoiado no seu braço e com a cabeça em posição mais baixa. Mantenha firme a sua cabeça segurando o queixo com a mão. Dê quatro ou cinco tapas firmes nas costas do bebê (Fig.22).
Em caso de engasgo de um bebê, segure-o com o abdome para baixo apoiado no seu braço e com a cabeça em posição mais baixa. Mantenha firme a sua cabeça segurando o queixo com a mão. Dê quatro ou cinco tapas firmes nas costas do bebê (Fig.22).
Figura 22: Primeira etapa em caso Figura 23: Segunda etapa em caso
de engasgo em bebê. de engasgo em bebê
Se a manobra não surtir efeito, vire o bebê para frente e com dois dedos faça quatro compressões firmes no tórax, logo abaixo dos mamilos (Fig.23).
Em seguida, aconselha-se fazer boca a boca (no caso do bebê, pelas dimensões, se faz boca a boca-nariz), repetindo as manobras anteriores e voltando à respiração artificial. Assim, sucessivamente, até que a criança volte ao normal ou chegue socorro médico. É importante não esquecer das manobras de respiração artificial, para manter a oxigenação mínima do bebê.
Em seguida, aconselha-se fazer boca a boca (no caso do bebê, pelas dimensões, se faz boca a boca-nariz), repetindo as manobras anteriores e voltando à respiração artificial. Assim, sucessivamente, até que a criança volte ao normal ou chegue socorro médico. É importante não esquecer das manobras de respiração artificial, para manter a oxigenação mínima do bebê.
Como proceder com corpos estranhos no ouvido (Fig.24).
• Não tente retirar objetos profundamente introduzidos nem coloque nenhum instrumento no canal auditivo;
• Não bata na cabeça para que o objeto saia. Essa manobra pode dar certo quando se trata de um inseto vivo;
• Pingue algumas gotas de óleo mineral. Para que o óleo e o objeto saiam, vire a cabeça da vítima;
• Procure ajuda médica especializada.
• Não tente retirar objetos profundamente introduzidos nem coloque nenhum instrumento no canal auditivo;
• Não bata na cabeça para que o objeto saia. Essa manobra pode dar certo quando se trata de um inseto vivo;
• Pingue algumas gotas de óleo mineral. Para que o óleo e o objeto saiam, vire a cabeça da vítima;
• Procure ajuda médica especializada.
Figura 24: Corpo estranho no ouvido
Como proceder com corpos estranhos no nariz.
• Não introduza nenhum instrumento nas narinas para retirar o objeto;
• Oriente a vítima a manter-se respirando somente pela boca;
• Instrua a vítima a assoar o nariz;
• Se o corpo estranho não sair, procure auxílio médico.
• Não introduza nenhum instrumento nas narinas para retirar o objeto;
• Oriente a vítima a manter-se respirando somente pela boca;
• Instrua a vítima a assoar o nariz;
• Se o corpo estranho não sair, procure auxílio médico.
Como proceder com corpos estranhos nos olhos (Fig.25).
• Não deixe a vítima esfregar ou apertar os olhos;
• Pingue algumas gotas de soro fisiológico ou água morna no olho atingido;
• Se isso não resolver, cubra os dois olhos com compressas de gaze ou pano limpo, sem apertar.
• Procure o médico;
• Se o corpo estranho estiver cravado no olho, não tente retirá-lo.
• Cubra os olhos e procure ajuda médica;
• Se não for possível fechar os olhos, cubra-os com um cone de papel grosso ou um copo e procure ajuda médica imediata. É possível fixar um copo plástico, protegendo o olho atingido.
• Não deixe a vítima esfregar ou apertar os olhos;
• Pingue algumas gotas de soro fisiológico ou água morna no olho atingido;
• Se isso não resolver, cubra os dois olhos com compressas de gaze ou pano limpo, sem apertar.
• Procure o médico;
• Se o corpo estranho estiver cravado no olho, não tente retirá-lo.
• Cubra os olhos e procure ajuda médica;
• Se não for possível fechar os olhos, cubra-os com um cone de papel grosso ou um copo e procure ajuda médica imediata. É possível fixar um copo plástico, protegendo o olho atingido.
Figura 25: Conduta nos casos de corpo estranho nos olhos
EXERCÍCIOS
1. Homem de 22 anos deu entrada no PS do HC com o seguinte quadro clínico: queimaduras de segundo grau pelo corpo, cianose nos dedos das mãos e pés pele pálida, pulso fraco e fraco e visão dupla. Qual o diagnóstico deste paciente?
2. Explique o processo que leva à um choque séptico.
3. Qual a conduta tomada nos casos de vítimas em estado de choque?
4. Quais as complicações clínicas nos casos de queimaduras ?
5. GF, 19 anos, deu entrada no Hospital Geral de Pedreira com os seguintes sinais e sintomas: enjôo, calafrios, bolhas pelas costas e muita dor no local onde há as bolhas. Ele relatou que passou o dia na praia. Qual o diagnóstico clínico do paciente acima e qual a conduta correta a ser tomada?
6. O que caracteriza uma queimadura de terceiro grau?
7. Qual a conduta tomada nos casos de queimaduras térmicas?
8. Para que serve a Manobra de Heimlich? Como ela deve ser feita?
9. Por que nos casos de corpos estranhos nos olhos, devemos tampar também o olho que não foi afetado?
10. Quais os sinais clínicos de uma asfixia?
FRATURAS
É uma interrupção na continuidade do osso. Constituem uma emergência traumato-ortopédica que requer boa orientação de atendimento, calma e tranquilidade por parte de quem for socorrer e transporte adequado. Apresentam aparência geralmente deformante devido ao grau de deformação que podem impor à região afetada.
A fratura ocorre quando existe não solução de continuidade de um osso. Ocorre geralmente devido à queda, impacto ou movimento violento com esforço maior que o osso pode suportar.
A fratura pode se dar por ação direta, por exemplo, um pontapé na perna, levando à fratura no local do golpe, ou por ação indireta, por exemplo, a queda em pé de uma altura considerável, ocorrendo fratura da parte inferior da coluna vertebral, isto é, o impacto foi transmitido através dos ossos da perna e bacia até a coluna vertebral. Ainda se pode dar por ação muscular, sendo, neste caso, a contração muscular com força suficiente para causar fratura.
Suspeita-se de fratura ou lesões articulares quando houver:
• Dor intensa no local e que aumente ao menor movimento.
• Edema local.
• Crepitação ao movimentar (som parecido com o amassar de papel).
• Hematoma (rompimento de vasos, com acúmulo de sangue no local) ou equimose (mancha de coloração azulada na pele e que aparece horas após a fratura).
• Paralisia (lesão de nervos).
• Dor intensa no local e que aumente ao menor movimento.
• Edema local.
• Crepitação ao movimentar (som parecido com o amassar de papel).
• Hematoma (rompimento de vasos, com acúmulo de sangue no local) ou equimose (mancha de coloração azulada na pele e que aparece horas após a fratura).
• Paralisia (lesão de nervos).
Tipos de Fraturas
As fraturas podem se classificadas de acordo com sua exteriorização e com a lesão no osso afetado (Fig.26).
Fratura Fechada ou Interna: São as fraturas nas quais os ossos quebrados permanecem no interior do membro sem perfurar a pele. Poderá, entretanto romper um vaso sanguíneo ou cortar um nervo.
Fratura Aberta ou Exposta: São as fraturas em que os ossos quebrados saem do lugar, rompendo a pele e deixando exposta uma de suas partes, que pode ser produzida pelos próprios fragmentos ósseos ou por objetos penetrantes. Este tipo de fratura pode causar infecções.
Fratura em Fissura: São aquelas em que as bordas ósseas ainda estão muito próximas, como se fosse uma rachadura ou fenda.
Fratura em Galho Verde: É a fratura incompleta que atravessa apenas uma parte do osso.
São fraturas geralmente com pequeno desvio e que não exigem redução, quando exigem, é feita com o alinhamento do eixo dos ossos. Sua ocorrência mais comum é em crianças e nos antebraços (punho).
Fratura Completa: É a fratura na qual o osso sofre descontinuidade total.
Fratura Cominutiva: É a fratura que ocorre com a quebra do osso em três ou mais fragmentos.
Fratura Impactada: É quando as partes quebradas do osso permanecem comprimidas entre si, interpenetrando-se.
Fratura Espiral: É quando o traço de fratura encontra-se ao redor e através do osso. Estas fraturas são decorrentes de lesões que ocorrem com uma torção.
Fratura Oblíqua: É quando o traço de fratura lesa o osso diagonalmente.
Fratura Transversa: É quando o traço de fratura atravessa o osso numa linha mais ou menos reta.
Figura 26: Os tipos de fraturas
ENTORSES E LUXAÇÕES
São lesões dos ligamentos das articulações, onde estes esticam além de sua amplitude normal rompendo-se. Quando ocorre entorse há uma distensão dos ligamentos, mas não há o deslocamento completo dos ossos da articulação.
As formas graves produzem perda da estabilidade da articulação às vezes acompanhada por luxação.
As causas mais frequentes da entorse são violências como puxões ou rotações, que forçam a articulação. No ambiente de trabalho a entorse pode ocorrer em qualquer ramo de atividade.
Uma entorse geralmente é conhecida por torcedura ou mau jeito. Os locais onde ocorre mais comumente são as articulações do tornozelo, ombro, joelho, punho e dedos (Fig. 27).
Figura 27: Paciente com Entorse no tornozelo
Após sofrer uma entorse, o indivíduo sente dor intensa ao redor da articulação atingida, dificuldade de movimentação, que poderá ser maior ou menor conforme a contração muscular ao redor da lesão. Os movimentos articulares cujo exagero provoca a entorse são extremamente dolorosos e esta dor aumentará em qualquer tentativa de se movimentar a articulação afetada.
As distensões são lesões aos músculos ou seus tendões, geralmente são causadas por hiperextensão ou por contrações violentas. Em casos graves pode haver ruptura do tendão.
Conduta
• Aplicar gelo ou compressas frias durante as primeiras 24 horas. Após este tempo aplicar compressas mornas.
• Imobilizar o local como nas fraturas. A imobilização deverá ser feita na posição que for mais cômoda para o acidentado.
• Aplicar gelo ou compressas frias durante as primeiras 24 horas. Após este tempo aplicar compressas mornas.
• Imobilizar o local como nas fraturas. A imobilização deverá ser feita na posição que for mais cômoda para o acidentado.
Luxação
São lesões em que a extremidade de um dos ossos que compõem uma articulação é deslocada de seu lugar. O dano a tecidos moles pode ser muito grave, afetando vasos sanguíneos, nervos e cápsula articular. São estiramentos mais ou menos violentos, cuja consequência imediata é provocar dor e limitar o movimento da articulação afetada.
Nas luxações ocorre o deslocamento e perda de contato total ou parcial dos ossos que compõe a articulação afetada. Os casos de luxação ocorrem geralmente devido a traumatismos, por golpes indiretos ou movimentos articulares violentos, mas, às vezes uma contração muscular é suficiente para causar a luxação. Dependendo da violência do acidente, poderá ocorrer o rompimento do tecido que cobre a articulação, com exposição do osso.
As articulações mais atingidas são o ombro, cotovelo, joelho, articulação dos dedos e mandíbula (Fig.28). Nos ambientes de trabalho a luxação pode se dar em qualquer ramo de atividade, devido a um movimento brusco.
Figura 28: Luxação no joelho
Sinais e Sintomas
Para identificar uma luxação deve-se observar as seguintes características:
• Dor intensa no local afetado (a dor é muito maior que na entorse), geralmente afetando todo o membro cuja articulação foi atingida.
• Edema.
• Impotência funcional.
• Deformidade visível na articulação. Podendo apresentar um encurtamento ou alongamento do membro afetado.
Para identificar uma luxação deve-se observar as seguintes características:
• Dor intensa no local afetado (a dor é muito maior que na entorse), geralmente afetando todo o membro cuja articulação foi atingida.
• Edema.
• Impotência funcional.
• Deformidade visível na articulação. Podendo apresentar um encurtamento ou alongamento do membro afetado.
Conduta
O tratamento de uma luxação (redução) é atividade exclusiva de pessoal especializado em atendimento a emergências traumato-ortopédicas. Os primeiros socorros limitam-se à aplicação de bolsa de gelo ou compressas frias no local afetado e à imobilização da articulação, preparando o acidentado para o transporte.
O tratamento de uma luxação (redução) é atividade exclusiva de pessoal especializado em atendimento a emergências traumato-ortopédicas. Os primeiros socorros limitam-se à aplicação de bolsa de gelo ou compressas frias no local afetado e à imobilização da articulação, preparando o acidentado para o transporte.
A imobilização e enfaixamento das partes afetadas por luxação devem ser feitas da mesma forma que se faz para os casos de entorse. A manipulação das articulações deve ser feita com extremo cuidado e delicadeza, levando-se em consideração, inclusive, a dor intensa que o acidentado estará sentindo.
Nos casos de luxações recidivantes o próprio acidentado, por vezes, já sabe como reduzir a luxação. Neste caso o socorrista deverá auxiliá-lo.
O acidentado deverá ser mantido em repouso, na posição que lhe for mais confortável até a chegada de socorro especializado ou até que possa ser realizado o transporte adequado para atendimento médico.
CURATIVO
É usado para evitar a infecção de um ferimento, controlar hemorragias ou sangramentos, absorver secreções, e para proteger contra danos interiores. O curativo deve ser largo o suficiente para tampar e proteger todo o ferimento.
Conduta
Limpeza do ferimento e aplicação do curativo:
• Lave bem as mãos.
• Para limpar um ferimento use um pedaço de algodão ou gaze esterilizada, apenas uma vez. Depois jogue fora.
• Jamais fale ou tussa sobre um curativo.
• Jamais toque em um ferimento ou curativo limpo que será usado no ferimento com os dedos.
• Use algodão para limpar o ferimento ou para absorver o sangue sempre por cima de uma gaze e nunca direto no ferimento pois suas fibras podem causar infecção.
• Coloque o curativo sobre o ferimento sem deslizá-lo, pois a área ao redor do ferimento, suja, pode causar infecção. Portanto, se o curativo deslizar, jogue-o fora.
• Se a pessoa está de cama, certifique-se que o quarto já foi limpo há mais de uma hora e a poeira já abaixou.
Limpeza do ferimento e aplicação do curativo:
• Lave bem as mãos.
• Para limpar um ferimento use um pedaço de algodão ou gaze esterilizada, apenas uma vez. Depois jogue fora.
• Jamais fale ou tussa sobre um curativo.
• Jamais toque em um ferimento ou curativo limpo que será usado no ferimento com os dedos.
• Use algodão para limpar o ferimento ou para absorver o sangue sempre por cima de uma gaze e nunca direto no ferimento pois suas fibras podem causar infecção.
• Coloque o curativo sobre o ferimento sem deslizá-lo, pois a área ao redor do ferimento, suja, pode causar infecção. Portanto, se o curativo deslizar, jogue-o fora.
• Se a pessoa está de cama, certifique-se que o quarto já foi limpo há mais de uma hora e a poeira já abaixou.
Troca de curativos:
• Explique o que irá fazer ao doente.
• Limpe a área em que você colocará o equipamento.
• Separe tudo o que irá usar.
• Lave as mãos.
• Coloque luvas.
• Retire o curativo sujo. Se estiver grudado, cubra-o com um algodão umedecido.
• Embeba uma bola de algodão em solução de limpeza.
• Limpe o ferimento com um movimento de cima para baixo e jogue o algodão fora.
• Repita com solução de limpeza e depois com água 2 vezes.
• Cubra o ferimento com o curativo, e se necessário, prenda uma atadura com fita adesiva.
• Nunca aperte um curativo para não impedir o fluxo sanguíneo.
• Retire, limpe e jogue fora todo o equipamento usado.
• Lave e enxugue as mãos.
• Limpe a área em que você colocará o equipamento.
• Separe tudo o que irá usar.
• Lave as mãos.
• Coloque luvas.
• Retire o curativo sujo. Se estiver grudado, cubra-o com um algodão umedecido.
• Embeba uma bola de algodão em solução de limpeza.
• Limpe o ferimento com um movimento de cima para baixo e jogue o algodão fora.
• Repita com solução de limpeza e depois com água 2 vezes.
• Cubra o ferimento com o curativo, e se necessário, prenda uma atadura com fita adesiva.
• Nunca aperte um curativo para não impedir o fluxo sanguíneo.
• Retire, limpe e jogue fora todo o equipamento usado.
• Lave e enxugue as mãos.
CONVULSÃO E DESMAIO
Distúrbio que ocorre no cérebro provocando perda repentina da consciência, acompanhada de contrações musculares involuntárias violentas.
Pode ocorrer devido as seguintes causas:
• Acidentes com traumatismo craniano;
• Febre alta;
• Epilepsia;
• Alcoolismo;
• Drogas;
• Medicamentos que possuem convulsão como efeito colateral;
• Tumores cerebrais;
• Toxoplasmose;
• Lesões neurológicas;
• Choque elétrico;
• Origens desconhecidas
• Acidentes com traumatismo craniano;
• Febre alta;
• Epilepsia;
• Alcoolismo;
• Drogas;
• Medicamentos que possuem convulsão como efeito colateral;
• Tumores cerebrais;
• Toxoplasmose;
• Lesões neurológicas;
• Choque elétrico;
• Origens desconhecidas
Sinais e Sintomas• Agitação psicomotora;
• Espasmos musculares (contrações ou não) (Fig.29);
• Salivação intensa;
• Perda dos sentidos;
• Relaxamentos dos esfíncteres, podendo a vítima urinar e evacuar durante a convulsão.
• Espasmos musculares (contrações ou não) (Fig.29);
• Salivação intensa;
• Perda dos sentidos;
• Relaxamentos dos esfíncteres, podendo a vítima urinar e evacuar durante a convulsão.
Figura 29: Espasmos numa crise convulsiva
Conduta• Afastar os objetos do chão que possam causar lesões ou fraturas;
• Afastar os curiosos, dar espaço para a vitima;
• Proteger a cabeça da vitima com a mão, roupas, travesseiro, etc.;
• Lateralizar a cabeça para que a saliva escorra, evitando com isso que a pessoa se asfixie (Fig.30);
• Não mobilizar os membros, deixar os braços e pernas livres;
• Afrouxar as roupas;
• Observar se a respiração está adequada, senão há obstrução das vias aéreas;
• Não tracionar a língua ou colocar objetos na boca para segurar a língua (exemplo: colher, caneta, madeira, dedos);
• Limpar as secreções salivares com um pano ou papel para facilitar a respiração;
• Após a convulsão, se a vítima quiser dormir, deixe-a descansar, enquanto aguarda o socorro;
• Não medicar a vítima, mesmo que ela tenha medicamentos, os reflexos não estão totalmente recuperados, e ela pode asfixiar ao engolir o comprimido e a água;
• Se a convulsão for provocada por febre alta, (geralmente em crianças acima de 38ºC), cuidar da mesma maneira como descrito no atendimento e fazer um banho com água morna para abaixar a febre, vesti-la com roupas leves e providenciar o atendimento médico.
• Afastar os curiosos, dar espaço para a vitima;
• Proteger a cabeça da vitima com a mão, roupas, travesseiro, etc.;
• Lateralizar a cabeça para que a saliva escorra, evitando com isso que a pessoa se asfixie (Fig.30);
• Não mobilizar os membros, deixar os braços e pernas livres;
• Afrouxar as roupas;
• Observar se a respiração está adequada, senão há obstrução das vias aéreas;
• Não tracionar a língua ou colocar objetos na boca para segurar a língua (exemplo: colher, caneta, madeira, dedos);
• Limpar as secreções salivares com um pano ou papel para facilitar a respiração;
• Após a convulsão, se a vítima quiser dormir, deixe-a descansar, enquanto aguarda o socorro;
• Não medicar a vítima, mesmo que ela tenha medicamentos, os reflexos não estão totalmente recuperados, e ela pode asfixiar ao engolir o comprimido e a água;
• Se a convulsão for provocada por febre alta, (geralmente em crianças acima de 38ºC), cuidar da mesma maneira como descrito no atendimento e fazer um banho com água morna para abaixar a febre, vesti-la com roupas leves e providenciar o atendimento médico.
Figura 30: Lateralização da vítima com convulsão
EXERCÍCIOS
1. Diferencie os dois tipos de fraturas:
a) Exposta:
b) Interna:
a) Exposta:
b) Interna:
2. Por que uma fratura interna é considerada mais perigosa do que uma fratura exposta?
3. JH, 17 anos com edema de tornozelo, após análise clínica foram detectadas lesões nos ligamentos. Qual o diagnóstico do paciente e a conduta a ser tomada?
4. MM, 33 anos reclama de dor intensa na região da articulação do ombro, há deformidade visível, edema e impotência funcional do ombro. Qual o diagnóstico do paciente e a conduta a ser tomada?
5. Qual a importância de uma boa higiene quando se for realizar a troca de curativos? Descreva o procedimento correto.
6. Homem de 37 anos com espasmos musculares, salivação intensa e perda dos sentidos. Qual o diagnóstico do paciente acima e o que devemos fazer perante um caso desses?
ANIMAIS PEÇONHENTOS
Entende-se por animais peçonhentos certas espécies de vertebrados e invertebrados portadores de um aparelho de inoculação especial, capazes de injetar no homem e em outros animais substâncias tóxicas.
Entre os animais peçonhentos, os mais frequentes são as cobras, escorpiões e aranhas. Os acidentes causados por estes animais são muito comuns em nosso meio, atingindo, principalmente, moradores de campos e matas.
A inoculação do veneno no homem determina um quadro de envenenamento agudo, frequentemente de desfecho fatal, e que vai depender da espécie de animal, da quantidade de veneno injetada e do local da picada.
Ação do veneno
O veneno atua em todas as partes do corpo, as mais atingidas são:
• Sistema nervoso;
• Sistema circulatório;
• Sistema Renal;
• Sistema nervoso;
• Sistema circulatório;
• Sistema Renal;
ENVENENAMENTO OFÍDICO
São envenenamentos provocados por picada de cobras venenosas (Fig.31). Seus sintomas podem ser:
• Dor local;
• Visão dupla (diplopia);
• Respiração rápida;
• Rigidez na nuca;
• Inconsciência;
• Trombose venosa;
• Insuficiência renal;
• Morte.
• Dor local;
• Visão dupla (diplopia);
• Respiração rápida;
• Rigidez na nuca;
• Inconsciência;
• Trombose venosa;
• Insuficiência renal;
• Morte.
Conduta
• Acalmar a vitima;
• Lavar a região com água e sabão;
• Manter o acidentado em repouso;
• Imobilizar a parte mordida como se fosse um osso quebrado, para não estimular a difusão do veneno;
• Fazer curativo;
• Aplicar compressa/bolsa de gelo;
• Minimizar o choque;
• Não dar nenhuma bebida alcoólica ou infusão caseira;
• Levar o acidentado imediatamente ao atendimento especializado.
• Acalmar a vitima;
• Lavar a região com água e sabão;
• Manter o acidentado em repouso;
• Imobilizar a parte mordida como se fosse um osso quebrado, para não estimular a difusão do veneno;
• Fazer curativo;
• Aplicar compressa/bolsa de gelo;
• Minimizar o choque;
• Não dar nenhuma bebida alcoólica ou infusão caseira;
• Levar o acidentado imediatamente ao atendimento especializado.
Figura 31: Picada de Jararaca
ENVENENAMENTO ESCORPIÔNICO
É o envenenamento causado por picada de escorpiões.
Sinais e Sintomas
• Mal – estar geral (vômitos, diarréia, náuseas);
• Dores de cabeça;
• Fraqueza muscular;
• Palidez;
• Sonolência;
• Suor intenso;
• Dificuldade de respirar e urinar;
• Vertigens e delírios
• Dor intensa no local da picada, que se dissemina por todo o corpo mais tarde (Fig.32).
• Mal – estar geral (vômitos, diarréia, náuseas);
• Dores de cabeça;
• Fraqueza muscular;
• Palidez;
• Sonolência;
• Suor intenso;
• Dificuldade de respirar e urinar;
• Vertigens e delírios
• Dor intensa no local da picada, que se dissemina por todo o corpo mais tarde (Fig.32).
Figura 32: Picada de escorpião
Conduta
• Acalmar a vítima;
• Manter o acidentado em repouso absoluto;
• Colocar compressa/bolsa de gelo no local da picada;
• Encaminhar para serviço especializado imediatamente.
• Acalmar a vítima;
• Manter o acidentado em repouso absoluto;
• Colocar compressa/bolsa de gelo no local da picada;
• Encaminhar para serviço especializado imediatamente.
ENVENENAMENTO POR PICADA DE ARANHA
Sinais e Sintomas
• Dor no local da picada;
• Equimose;
• Necrose de tecidos superficiais Fig.33);
• Mal – estar geral;
• Hipotermia (diminuição da temperatura corporal);
• Sudorese abundante;
• Casos graves: comprometimento dos rins, coagulação do sangue, diminuição de pressão arterial e choque.
• Dor no local da picada;
• Equimose;
• Necrose de tecidos superficiais Fig.33);
• Mal – estar geral;
• Hipotermia (diminuição da temperatura corporal);
• Sudorese abundante;
• Casos graves: comprometimento dos rins, coagulação do sangue, diminuição de pressão arterial e choque.
Conduta
Mesma conduta utilizada para envenenamento escorpiônico. Logo abaixo temos um quadro onde pode-se observar os estágios de necrose no caso de picada por aranha marrom (Fig.33).
Mesma conduta utilizada para envenenamento escorpiônico. Logo abaixo temos um quadro onde pode-se observar os estágios de necrose no caso de picada por aranha marrom (Fig.33).
Figura 33: Estágios de necrose tecidual por picada de aranha marrom
MORDIDA E PICADA DE INSETOS
Sinais e Sintomas
• Dor e prurido;
• Picadas de abelhas e marimbondos. Se forem muitas podem causar consequências como edema, dor local, choque anafilático, etc.
• Dor e prurido;
• Picadas de abelhas e marimbondos. Se forem muitas podem causar consequências como edema, dor local, choque anafilático, etc.
Conduta
• Quando o ferrão ainda está na pele, tentar removê-lo com uma pinça limpa, sem apertar ou forçar a sair;
• Aplicar compressas de gelo para diminuir as irritações causadas;
• Pessoas altamente sensíveis/alérgicas a picadas de insetos podem desmaiar ou passar muito mal. Encaminhe-as para atendimento médico adequado.
• Quando o ferrão ainda está na pele, tentar removê-lo com uma pinça limpa, sem apertar ou forçar a sair;
• Aplicar compressas de gelo para diminuir as irritações causadas;
• Pessoas altamente sensíveis/alérgicas a picadas de insetos podem desmaiar ou passar muito mal. Encaminhe-as para atendimento médico adequado.
PRINCIPAIS SERPENTES VENENOSAS DO BRASIL
Jararaca (Fig.34): (Bothrops) – possui fosseta loreal, tendo a extremidade de cauda com escamas lisas e cor geralmente parda. É responsável por 90% dos acidentes. Algumas espécies são mais agressivas, encontram-se geralmente em locais úmidos.
Figura 34: Jararaca
Cascavel (Fig.35): (Crotalus) – possui fosseta loreal, a extremidade da cauda apresenta guizo ou chocalho e cor amarelada. É responsável por 9% dos acidentes. Essas serpentes são menos agressivas que as jararacas e encontram-se geralmente em locais secos.
Figura 35: Cobra Cascavel
Surucucu (Fig.36): (Lachesis) – possui fosseta loreal, a extremidade da cauda possui escamas eriçadas e cor alaranjada com desenhos pretos no dorso. Encontrada em regiões de florestas tropicais (Amazônia e Zona da Mata).
Figura 36: Cobra Surucucu
Coral Verdadeira (Fig.37): (Micrurus) – não possui fosseta loreal (Atenção – ausência de fosseta loreal é característica de não venenosas. As corais são exceção) É responsável por 1% dos acidentes, principalmente devido às pequenas dimensões da boca e por ser encontrada em tocas e habitats subterrâneos. Essas serpentes não são agressivas.
Figura 37: Cobra Coral verdadeira
PRINCIPAIS ESCORPIÕES VENENOSOS DO BRASIL
Escorpião preto (Tityus bahiensis) e Escorpião amarelo (Tityus serrulatus) (Fig.38). Os acidentes com escorpiões são pouco frequentes, são animais pouco agressivos e têm hábitos noturnos, encontram-se em pilhas de madeiras, cercas, sob pedras, cupinzeiros e adaptam-se bem ao ambiente doméstico. As picadas de escorpião apresentam como sintoma dor local imediata, muito intensa e irradiada.
Figura 38: Escorpião preto (fig.1) e Escorpião amarelo (fig.2).
EXERCÍCIOS
1. Qual a definição de animal peçonhento? Identifique os tipos mais comuns de animais peçonhentos.
2. LC, 57 anos deu entrada no Hospital com quadro clínico de diplopia, rigidez na nuca e respiração rápida. Na avaliação física pode-se observar que ela havia sido picada por uma cobra venenosa. Qual a conduta a ser tomada?
3. Qual a conduta realizada nos casos de picada por escorpião?
4. Descreva o processo fisiopatológico nos casos de edema por picada de abelhas.
5. Como é feito o transporte de um acidentado, sendo realizado apenas por uma pessoa?
6. Nos casos de parto de emergência, o que não podemos fazer?
7. Quais são as vias de administração de injetáveis?
8. Um garoto de 8 anos de idade faz uso de insulina. Qual a via de administração deste injetável?
9. Foi solicitado para o Sr. João fazer um exame laboratorial para verificar a sensibilidade à Penicilina. Qual a via que poderá ser aplicada a técnica laboratorial?
10. Descreva o processo correto nos casos de administração de medicamentos por vias endovenosa.
TRANSPORTE DE PESSOAS ACIDENTADAS
O transporte de uma vítima de acidente requer um cuidado muito grande. Muitas lesões são pioradas e outras produzidas durante uma remoção mal conduzida.
Em regra, o paciente deve ser deixado no local do acidente até a chegada do médico, mas há casos, em que a remoção é necessária como em acidentes que ocorrem em avenidas muito movimentadas ou em compartimento cheio de gases tóxicos.
O transporte da vítima pode ser feito por uma ou mais pessoas, com as próprias mãos ou de preferência, por meio de macas. Pode-se improvisar uma boa maca abotoando-se dois paletós ou enrolando cobertores em dois bastões resistentes ou tubos de ferro.
Uma tábua larga e rígida também oferece ótimas condições para o transporte. Antes de colocar a vitima em uma maca é fundamental testá-la e ver se ela resistirá ao peso do ferido.
A manipulação precipitada de um acidentado pode ser prejudicial e, sendo assim, deve-se evitar ao máximo tirá-lo da sua posição até que se tenha uma idéia exata das partes do corpo feridas. Se, por força das circunstâncias, tivermos que levantar ao acidentado antes de examiná-lo, seu corpo deve ser mantido em linha reta. Nunca deve ser puxado pelos lados e, sim, no sentido da cabeça ou dos pés.
Algumas técnicas utilizadas no transporte de acidentados, usando uma ou mais pessoas, são descritas a seguir:
• Se apenas a pessoa se encarrega da remoção e a vítima estiver em condições de apoiar-se em uma perna, envolve-se a cintura da vitima com o braço, ficando-se ligeiramente atrás para suportar-lhe o peso com os quadris (Fig.39).
• Caso a vitima não possa andar, deve-se arrastá-la por trás, introduzindo ambos os braços sob suas axilas e segurando seu antebraço.
• Se apenas a pessoa se encarrega da remoção e a vítima estiver em condições de apoiar-se em uma perna, envolve-se a cintura da vitima com o braço, ficando-se ligeiramente atrás para suportar-lhe o peso com os quadris (Fig.39).
• Caso a vitima não possa andar, deve-se arrastá-la por trás, introduzindo ambos os braços sob suas axilas e segurando seu antebraço.
• O transporte, alcançando-se a vitima sobre os ombros, deve ser feito apenas quando se tem certeza de que a mesma não possui fratura, pois a movimentação de várias articulações poderia, nesse caso, piorar a situação.
Figura 39: Transporte por uma pessoa
• Feito por duas pessoas, esta remoção é muito simples. As duas pessoas se ajoelham e erguem a vitima ao mesmo tempo.
• Método conhecido como cadeirinha, que consiste em apoiar a vitima nos antebraços cruzados dos socorristas (Fig.40), transportando-o sentado (Fig.41).
• Método conhecido como cadeirinha, que consiste em apoiar a vitima nos antebraços cruzados dos socorristas (Fig.40), transportando-o sentado (Fig.41).
Figura 40: Posição das mãos dos socorristas.
Figura 41: Método cadeirinha.
• Três pessoas transportam a vitima. Colocam-se os braços sob a vitima, levando-a num só tempo e mantendo-a em linha reta. O que estiver mais próximo à cabeça deve ampará-la para não permitir os movimentos laterais ou para trás. Este método é o melhor, quando existe suspeita de fratura na coluna (Fig.42).
Figura 42: Transporte por três pessoas
PARTO
O parto é um acontecimento natural, é o fenômeno que obriga a criança a sair do útero da mãe. Existe um hormônio chamado de Ocitocina que determina as contrações uterinas, provocando a expulsão do feto (Fig.43).
Quando este hormônio não é produzido, é necessário lançar mão de meios especiais para a criança sair.
Sinais e Sintomas
• O sinal mais característico é a presença de contrações;
• O abdômen fica rígido como uma tábua;
• Nunca deve ser acompanhado de sangramento.
• O sinal mais característico é a presença de contrações;
• O abdômen fica rígido como uma tábua;
• Nunca deve ser acompanhado de sangramento.
Conduta• Manter os curiosos afastados.
• Pedir colaboração de outras pessoas.
• Não fazer nada em caso de dúvida.
• Antes de qualquer procedimento chamar socorro médico.
• Colocar a gestante num lugar abrigado, de preferência numa cama. Na falta desta, usar o chão forrado com um cobertor.
• Quando as contrações começarem de 2 em 2 min, colocar a gestante deitada ou semi-reclinada.
• Pedir para ela fazer a força de expulsão a cada contração e conter a respiração.
• Lavar bem as mãos com água e sabão.
• Quando a cabeça do bebê começar a aparecer, cobrir o ânus da mãe com gaze esterilizada.
• Quando a cabeça sair, deve-se sustentá-la e esperar saírem os ombros e o resto do corpo.
• Nascida a criança, verificar sua respiração e, se necessário, fazer uma reanimação cardio-pulmonar.
• Cortar o cordão umbilical.
• Esperar sair a placenta e guardá-la em um recipiente.
• Encaminhar mãe, filho e a placenta para o hospital.
• Em caso de hemorragia, tamponar a vagina com gaze limpa, comprimir com as mãos a parte de cima da barriga e enfaixar firmemente.
• Pedir colaboração de outras pessoas.
• Não fazer nada em caso de dúvida.
• Antes de qualquer procedimento chamar socorro médico.
• Colocar a gestante num lugar abrigado, de preferência numa cama. Na falta desta, usar o chão forrado com um cobertor.
• Quando as contrações começarem de 2 em 2 min, colocar a gestante deitada ou semi-reclinada.
• Pedir para ela fazer a força de expulsão a cada contração e conter a respiração.
• Lavar bem as mãos com água e sabão.
• Quando a cabeça do bebê começar a aparecer, cobrir o ânus da mãe com gaze esterilizada.
• Quando a cabeça sair, deve-se sustentá-la e esperar saírem os ombros e o resto do corpo.
• Nascida a criança, verificar sua respiração e, se necessário, fazer uma reanimação cardio-pulmonar.
• Cortar o cordão umbilical.
• Esperar sair a placenta e guardá-la em um recipiente.
• Encaminhar mãe, filho e a placenta para o hospital.
• Em caso de hemorragia, tamponar a vagina com gaze limpa, comprimir com as mãos a parte de cima da barriga e enfaixar firmemente.
Figura 43: Etapas do parto normal.
O que não fazer!!!
• NUNCA puxar o bebê, deixá-lo sair naturalmente.
• NUNCA retardar ou acelerar o processo de nascimento.
• Pedir para um parente ou marido acompanhar a mãe
• Se em vez de sair a cabeça, sair outra parte, NÃO fazer nada, encaminhar para o hospital.
• Não puxar o cordão umbilical que sobrou da mãe.
• Caso a placenta não seja expulsa 20 min depois do nascimento, levar a mãe para o hospital.
• NUNCA puxar o bebê, deixá-lo sair naturalmente.
• NUNCA retardar ou acelerar o processo de nascimento.
• Pedir para um parente ou marido acompanhar a mãe
• Se em vez de sair a cabeça, sair outra parte, NÃO fazer nada, encaminhar para o hospital.
• Não puxar o cordão umbilical que sobrou da mãe.
• Caso a placenta não seja expulsa 20 min depois do nascimento, levar a mãe para o hospital.
INJETÁVEIS
São preparações estéreis, livres de pirogênios, destinadas à administração parenteral. São utilizados em hospitais, clínicas, farmácias e nas residências.
A administração injetável é utilizada quando se precisa de uma ação rápida do medicamento, por exemplo quando o paciente está inconsciente ou o medicamento não é bem aceito quando administrado por outras vias. Vantagens desta administração:
• A distribuição do medicamento pelo organismo é rápida e completa.
• É mais precisa.
• Resultados são seguros.
• Permite a administração de fármacos que seriam destruídos antes de produzir seu efeito se administrado por outras vias.
• A distribuição do medicamento pelo organismo é rápida e completa.
• É mais precisa.
• Resultados são seguros.
• Permite a administração de fármacos que seriam destruídos antes de produzir seu efeito se administrado por outras vias.
Há 4 vias de administração de injetáveis:
• Subcutânea – SC (Fig.44);
• Subcutânea – SC (Fig.44);
Figura 44: Injeção subcutânea
• Intradérmica – ID (Fig.45);
Figura 45: Injeção Intradérmica
• Intravenosa – IV ou Endovenosa – EV (Fig.46);
Figura 46: Via Endovenosa
• Intramuscular – IM (Fig.47).
Figura 47: Via Intramuscular
Administração Subcutânea
É usada na administração de medicamentos de fácil absorção. É administrada a cerca de 0,5 cm de profundidade, normalmente na face externa da coxa ou do braço (Fig.48). Serve para a aplicação de pequena quantidade de líquido, no máximo 2 mL.
Conduta
• Lavar as mãos.
• Colocar as luvas de preferência.
• Acalmar o paciente.
• O paciente pode estar em pé, sentado ou deitado.
• A área deve ser exposta.
• Limpar a pele com algodão embebido em álcool 70%.
• Agarrar a pele entre o polegar e o indicador da mão esquerda, de modo a formar uma prega.
• Com a mão direita (para quem não é canhoto), espetar com um gesto rápido a agulha obliquamente e depois largar a pele mantida na mão esquerda.
• Efetuar uma ligeira aspiração, puxando pelo êmbolo para verificar se não aparece sangue na seringa, o que significaria um vaso atingido. Caso isso ocorra, retirar a seringa e recomeçar a aplicação.
• Se não voltar sangue, empurrar o êmbolo e aplicar todo o líquido.
• Retirar rapidamente a agulha.
• Limpar o local da injeção com algodão embebido em álcool.
• Lavar as mãos.
• Colocar as luvas de preferência.
• Acalmar o paciente.
• O paciente pode estar em pé, sentado ou deitado.
• A área deve ser exposta.
• Limpar a pele com algodão embebido em álcool 70%.
• Agarrar a pele entre o polegar e o indicador da mão esquerda, de modo a formar uma prega.
• Com a mão direita (para quem não é canhoto), espetar com um gesto rápido a agulha obliquamente e depois largar a pele mantida na mão esquerda.
• Efetuar uma ligeira aspiração, puxando pelo êmbolo para verificar se não aparece sangue na seringa, o que significaria um vaso atingido. Caso isso ocorra, retirar a seringa e recomeçar a aplicação.
• Se não voltar sangue, empurrar o êmbolo e aplicar todo o líquido.
• Retirar rapidamente a agulha.
• Limpar o local da injeção com algodão embebido em álcool.
Figura 48: Paciente aplicando insulina
Administração intramuscular
É aplicada na parte superior externa da nádega (quadrante externo), para evitar o nervo isquiático. A droga é introduzida no músculo, sendo de rápida absorção (Fig.50). O volume que pode ser aplicado varia de 2 a 5 mL. A musculatura deve ser suficientemente grande para absorver todo o medicamento.
Os principais músculos usados são o músculo deltóide e o músculo glúteo máximo.
Conduta
• Lavar as mãos.
• Colocar as luvas.
• Preparar a injeção.
• Expor a área de aplicação.
• Limpar a pele com álcool.
• Esticar a pele, segurando o músculo.
• Introduzir rapidamente a agulha, perpendicularmente a nádega.
• Injetar o líquido e retirar a agulha.
• Colocar o algodão com álcool no local da injeção.
• Lavar as mãos.
• Colocar as luvas.
• Preparar a injeção.
• Expor a área de aplicação.
• Limpar a pele com álcool.
• Esticar a pele, segurando o músculo.
• Introduzir rapidamente a agulha, perpendicularmente a nádega.
• Injetar o líquido e retirar a agulha.
• Colocar o algodão com álcool no local da injeção.
Figura 49: Via Intramuscular
Administração Intradérmica
É aplicada na derme, sendo mais usada para testes de sensibilidade a fármacos, como por exemplo a Penicilina (Fig.50). Logo após a administração, o local apresenta aspecto de casca de laranja. É aplicada na face interna do antebraço ou na região da escápula.
Conduta
• Lavar as mãos.
• Colocar as luvas.
• Firmar a pele com o dedo polegar.
• Segurar a seringa com a outra mão quase paralela à superfície da pele, com o bisel voltado para cima, injetando o conteúdo da seringa.
• Retirar a agulha.
• Colocar o algodão seco se houver sangramento.
• Não friccionar o local para o medicamento não voltar para a parte externa da pele.
• Lavar as mãos.
• Colocar as luvas.
• Firmar a pele com o dedo polegar.
• Segurar a seringa com a outra mão quase paralela à superfície da pele, com o bisel voltado para cima, injetando o conteúdo da seringa.
• Retirar a agulha.
• Colocar o algodão seco se houver sangramento.
• Não friccionar o local para o medicamento não voltar para a parte externa da pele.
Figura 50: Via Intradérmica
Administração Intravenosa
É aplicada direto na veia, também podendo ser chamada de endovenosa. Permite a administração de grandes volumes de solução. Pode ser aplicada nas veias do dorso da mão, antebraço, dobra do cotovelo (Fig.51).
É a administração mais rápido que existe, pois não passa pela fase de absorção.
Conduta
• Lavar as mãos.
• Colocar luvas.
• Preparar a medicação.
• Pegar o garrote.
• Pedir ao paciente que abra e feche a mão várias vezes, com o braço virado para baixo.
• Escolher a veia e garrotear sem compressão exagerada, acima do local da aplicação.
• Fazer uma assepsia ampla de baixo para cima.
• Expelir todo o ar da seringa, esticar a pele, fixar a veia e segurar o algodão embebido com álcool.
• Colocar o bisel voltado para cima.
• Introduzir a agulha após refluxo de sangue na seringa, retirar o garrote.
• Administrar a medicação, retirar a agulha e comprimir com algodão.
• Não massagear.
Figura 51: Via Endovenosa
• Lavar as mãos.
• Colocar luvas.
• Preparar a medicação.
• Pegar o garrote.
• Pedir ao paciente que abra e feche a mão várias vezes, com o braço virado para baixo.
• Escolher a veia e garrotear sem compressão exagerada, acima do local da aplicação.
• Fazer uma assepsia ampla de baixo para cima.
• Expelir todo o ar da seringa, esticar a pele, fixar a veia e segurar o algodão embebido com álcool.
• Colocar o bisel voltado para cima.
• Introduzir a agulha após refluxo de sangue na seringa, retirar o garrote.
• Administrar a medicação, retirar a agulha e comprimir com algodão.
• Não massagear.
Figura 51: Via Endovenosa
EXERCÍCIOS
1. Quais as finalidades dos procedimentos de Primeiros Socorros?
2. Diferencie:
a) Vítima: b) Socorrista:
a) Vítima: b) Socorrista:
3. Quais as características de um socorrista?
4. Quais os material básicos de proteção individual que um socorrista deve ter?
5. Em que consiste a Avaliação Primária. Diga a sua importância no ato de Primeiros Socorros.
6. Caracterize os diferentes tipos de auxílio e quando devemos solicitá-los:
SAMU: BOMBEIROS: POLICIA MILITAR:
SAMU: BOMBEIROS: POLICIA MILITAR:
7. Como deve ser feita a avaliação da respiração de uma vítima?
8. Como deve ser feita a avaliação da circulação de uma vítima?
9. MM, 32 anos vítima de acidente te trânsito, ao avaliar as pupilas pode-se observar que uma delas estava dilatada. Baseada nessa observação, qual o quadro clínico suspeito desta vítima?
10. Ainda referente a vítima do exercício anterior, qual o procedimento correto a ser tomado para a chamada de socorro à esta vítima?
Aula Prática 01 - RCP
Materiais: Garrafa Pet; Água.
Procedimentos:
1. Separar os alunos em grupos. Cada grupo terá uma garrafa pet cheia de água e fechada com a tampa.
Materiais: Garrafa Pet; Água.
Procedimentos:
1. Separar os alunos em grupos. Cada grupo terá uma garrafa pet cheia de água e fechada com a tampa.
2. O aluno deverá deitar a garrafa no chão e simular a avaliação primária e em seguida a secundária;
3. Após a constatação de inconsciência da “vítima“, o aluno irá treinar os movimentos de RCP na garrafa.
Questões:
1. O que foi observado na Avaliação Primária e Secundária?
1. O que foi observado na Avaliação Primária e Secundária?
2. Qual a importância de saber aplicar corretamente a RCP?
3. Detalhe o passo-a-passo da manobra.
Aula Prática 02 - AVALIAÇÃO DE PA
Materiais: Esfigmomanometro; Estetoscópio
Procedimentos:
1. Os alunos deverão ser separados em duplas.
Materiais: Esfigmomanometro; Estetoscópio
Procedimentos:
1. Os alunos deverão ser separados em duplas.
2. Colocar o aluno no qual a PA será aferida em local calmo com o braço apoiado a nível do coração e deixando-o à vontade, permitindo 5 minutos de repouso. Usar sempre o mesmo braço para a medida;
3. Localizar o manômetro de modo a visualizar claramente os valores da medida;
4. Selecionar o tamanho da braçadeira para adultos ou crianças. A largura do manguito deve corresponder a 40% da circunferência braquial e seu comprimento a 80%;
5. Localizar a artéria braquial ao longo da face interna superior do braço palpando-a;
6. Envolver a braçadeira, suave e confortavelmente, em torno do braço, centralizando o manguito sobre a artéria braquial. Manter a margem inferior da braçadeira 2,5cm acima da dobra do cotovelo. Encontrar o centro do manguito dobrando-o ao meio;
7. Determinar o nível máximo de insuflação palpando o pulso radial até seu desaparecimento, registrando o valor (pressão sistólica palpada) e aumentando mais 30 mmHg;
8. Desinsuflar rapidamente o manguito e esperar de 15 a 30 segundos antes de insuflá-lo de novo;
9. Posicionar o estetoscópio sobre a artéria braquial palpada abaixo do manguito na fossa antecubital. Deve ser aplicado com leve pressão assegurando o contato com a pele em todos os pontos. As olivas devem estar voltadas para frente;
10. Fechar a válvula da pera e insuflar o manguito rapidamente até 30 mmHg acima da pressão sistólica registrada;
11. Desinsuflar o manguito de modo que a pressão caia de 2 a 3 mmHg por segundo;
12. Identificar a Pressão Sistólica (máxima) em mmHg, observando no manômetro o ponto correspondente ao primeiro batimento regular audível (sons de Korotkoff);
13. Identificar a Pressão Diastólica (,mínima) em mmHg, observando no manômetro o ponto correspondente ao último batimento regular audível. Desinsuflar totalmente o aparelho com atenção voltada ao completo desaparecimento dos batimentos;
14. Esperar de 1 a 2 minutos para permitir a liberação do sangue. Repetir a medida no mesmo braço anotando os valores observados.
Questões:
1. Qual o valor de PA considerado como normal?
1. Qual o valor de PA considerado como normal?
2. Qual o tipo de patologia mais comum que pode causar um aumento desses valores? Explique suas complicações.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DÂNGELO, J. G.; FATTINI, C. A. Anatomia Humana Básica. 2ª edição, São Paulo, Editora Atheneu, 1998.
GATARD, M.; PEGUINOT, B. O socorrismo em 10 lições. 3ª edição, São Paulo, Editora Europa-América, 1991.
MARTINI, ACT. Manual Básico de Socorro de Emergência. 1ª edição, São Paulo, SUDS/SP, 1996.
SANTOS, R. R.. CANETTI, M. D.; RIBEIRO, C. Manual de Socorro de emergência. 1ª edição, Belo Horizonte, Editora Atheneu, 2000.
Manual de Primeiros Socorros. Rio de Janeiro. Fundação Oswaldo Cruz, 2003.
Primeiros Socorros. 1ª edição, São Paulo, Editora Biologia e Saúde.
Primeiros Socorros em Conflitos Armados e outras situações de violência. Genebra, Suíça. Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), Abril 2006, Dez 2007 versão em português.
Sites:
http://www.anvisa.gov.br
http://www.bombeirosemergencia.com.br
http://www.cultura.ufpa.br/ortraum/Lesoes_traumaticas_aparelho_locomotor.htm
http://www1.dnit.gov.br
http://www.defesacivil.angra.rj.gov.br
http://drsergio.com.br/primeiros%20socorros/RCP6mass2.html
http://www.einstein.br
http://www.hospvirt.org.br
http://www.univap.br
1. Brasil.Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde – Coordenação Nacional de DST e AIDS. Recomendações para Terapia Antirretroviral em Adultos e Adolescentes Infectados pelo HIV – 2001.
2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Biossegurança em laboratórios biomédicos e de microbiologia / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, departamento de Vigilância Epidemiológica – Brasília: Ministério da Saúde, 2004.
3. Oppermann, Carla Maria – Manual de Biossegurança para serviços de Saúde – PMPA/SMS/CGVS - Porto Alegre, 2003.
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