FARMACOLOGIA I
Saúde, segundo a
definição da Organização Mundial de Saúde (OMS) é o “estado de completo bem
estar físico, mental e social e não a ausência de desconforto ou doença”.
Saúde é uma
necessidade básica do ser humano.
Para preservar e
restaurar sua saúde o Homem, desde a Antiguidade, vem fazendo uso dos mais
variados recursos, buscando nos reinos animal, vegetal e mineral, produtos que
apresentem atividade terapêutica.
A ampla utilização de
recursos inclui diferentes meios para a recuperação da saúde.
Ou, utilizando uma
linguagem mais popular, para remediar o mal. Por isso, podemos começar a
trabalhar já um conceito importante:
Remédio: todo meio
utilizado para combater um estado patológico, uma doença. Este recurso pode ser
uma ação física (massagem, fisioterapia), recurso psíquico (terapia) ou ainda a
introdução de um medicamento, ou seja, a terapêutica medicamentosa com o uso de
substâncias que produzem uma ação de modificar um estado fisiológico.
Como vimos pela
definição acima, o conceito de “remédio” é bastante amplo e inclui uma série de
medidas que podem contribuir para diminuir, aliviar ou curar patologias.
INTRODUÇÃO À
FARMACOLOGIA
Os profissionais de
saúde deparam-se com doenças todos os dias. Estes quadros patológicos podem ser
causados por diversos fatores.
Alguns destes fatores
são internos, chamados de intrínsecos, vem do próprio organismo. São os fatores
genéticos, a idade ou sexo do individuo.
Outros fatores são
externos, chamados extrínsecos, tais como as condições ambientais, produtos
químicos danosos,agentes físicos, bactérias, fungos ou poluentes ambientais.
Estes fatores,
intrínsecos ou extrínsecos, podem causar mudanças estruturais (anatômicas),
funcionais (fisiológicas) e moleculares (bioquímicas) nos organismos, sendo os
fatores responsáveis pelas doenças.
A Medicina dispõe na
atualidade de inúmeros recursos para identificar e tratar patologias, propondo
diferentes formas de interferência para solucionar ou minorar os danos causados
por estes fatores, melhorando a qualidade de vida dos seres humanos.
O tratamento das
doenças ou patologias, podem incluir uma série de modalidades, que tem como
objetivo remover o(s) agente(s) causador(es), aliviar os sintomas, reduzir o
sofrimento e levar a um resultado satisfatório. Estas modalidades de tratamento
podem incluir tratamentos invasivos, reparo ou remoção cirúrgica ou controle
por meio da terapêutica medicamentosa.
A Farmacologia dedica-se
então a estudar uma parte específica destas medidas, que é a terapêutica
medicamentosa, ou Farmacoterapêutica.
Como podemos observar
no dia a dia, a Farmacoterapêutica é largamente utilizada, daí a importância de
seu estudo.
INTRODUÇÃO À
CIÊNCIA DA FARMACOLOGIA
1- A IMPORTANCIA DA
FARMACOLOGIA
A Farmacologia é a
parte da Ciência que estuda a ação de um fármaco ou droga nos organismos. Ou
ainda, qual a ação do organismo sobre esta droga!
A Farmacologia em
duas áreas importantes: Farmacodinâmica e Farmacocinética.
A Farmacodinâmica
estuda ação das drogas sobre o organismo, ou seja, em quais locais e como
atuará no organismo.
Como o organismo
reage à presença do medicamento, como o transforma, este é o objeto de estudo
da Farmacocinética.
Para isso, vamos
definir logo alguns conceitos importantes:
Droga: substância
capaz de alterar os sistemas fisiológicos ou estados patológicos, com ou sem
benefícios para o organismo. Entre as drogas que produzem efeitos benéficos,
incluímos os medicamentos, entre as drogas que não trazem benefícios poderemos
citar o crack.
Medicamento é todo
produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade
profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico;
Profilaxia é a
prevenção de doenças, que se faz, por exemplo, com o uso de vacinas.
A ação curativa de um
medicamento é observada, por exemplo, com o uso de antimicrobianos, que
combatem as bactérias, eliminando assim a causa da patologia.
Paliativa é aquela
ação que não elimina a causa da doença, porém alivia os sintomas.
Observamos este
efeito com o uso de um analgésico, utilizado para aliviar as dores no corpo
decorrentes de uma gripe.
Auxiliar de
diagnóstico é uma substância utilizada como contraste em um exame por imagem
para facilitar o diagnóstico.
2- O MEDICAMENTO
O que constitui um
medicamento?
Diversas são as
origens de um fármaco, sendo que tradicionalmente as fontes naturais tiveram a
predominância. Na atualidade, com o avanço da Ciência, vem adquirindo enorme
importância a produção sintética de fármacos.
As fontes naturais
são os vegetais, minerais ou animais.
Passemos a algumas
definições importantes:
Fármaco: substância
quimicamente definida que apresenta ação no organismo
Principio ativo:
substância quimicamente ativa, responsável pela ação do medicamento. É
identificada por um nome reconhecido internacionalmente, chamado de Denominação
Comum Internacional (DCI). Cada país aprova a sua denominação, baseado na DCI.
No Brasil, a ANVISA regulamenta a Denominação Comum Brasileira (DCB). A DCB é
utilizada também para a identificação do nome genérico do fármaco.
Vejamos um exemplo:
No mercado temos um
medicamente bastante conhecido, denominado Tylenol®.
Este é um nome
comercial de um produto que contém como substância ativa o N-(4-hidroxifenil)
acetamida. Esta substância recebe a denominação de paracetamol.
Vemos então que os
fármacos podem apresentar 3 nomes:
·
Nome químico: é o nome científico que descreve de forma precisa a
estrutura atômica e molecular do fármaco;
·
Nome genérico: identificado pela DCB (ou DCI);
·
Nome comercial: também denominado “nome de marca” ou “nome patenteado”.
Este nome é selecionado pelo fabricante que produz e comercializa o produto. É
identificado pelo símbolo “®”, que indica que o nome foi registrado pelo seu
fabricante.
Podem coexistir no
mercado outros medicamentos com o mesmo princípio ativo, que receberão outros
nomes comerciais, designados pelos seus fabricantes. Pela nossa Legislação,
todos deverão identificar a substância efetivamente responsável pela ação
farmacológica.
Veículo: substância
líquida que dá volume à fórmula, não apresentando ação farmacológica. Em nosso
exemplo anterior, o Tylenol® tem apresentações comerciais na forma líquida,
cujo veículo é a água, que é utilizada como solvente para o paracetamol.
Excipiente:
substância sólida ou pastosa que dá volume à fórmula, sem ação farmacológica.
Novamente, o Tylenol® possui apresentações na forma sólida, nas quais o seu
princípio ativo, o paracetamol é misturado com amido para a produção de
comprimidos. O amido neste caso é utilizado apenas para dar volume ao produto,
possibilitando a confecção do comprimido.
3- FORMAS
FARMACEUTICAS E VIAS DE ADMINISTRAÇAO
Formas farmacêuticas
são as formas físicas de apresentação do medicamento, e podem ser classificadas
em sólidas, líquidas, semi-sólidas e gasosas.
Essas formas podem
ser administradas por via oral, parenteral, retal, vaginal, oftálmica, vias
aéreas, auricular e pericutânea.
As formas sólidas
podem ser divididas em pós, granulados, comprimidos, drágeas, cápsulas,
supositórios e óvulos.
As formas líquidas
são divididas em soluções, xaropes, elixires, suspensões, emulsões, injetáveis,
tinturas e extratos. As formas gasosas são os aerossóis.
Já as formas
semi-sólidas dividem-se em géis, loções, unguentos, linimentos, ceratos,
pastas, cremes e pomadas.
3.1 FORMAS
FARMACÊUTICAS:
. Pó
. Comprimido
(efervescente, mastigável, revestido).
. Drágea
. Pastilha
. Cápsula (Dura,
Mole, Liberação prolongada, Liberação retardada).
. Supositório
. Óvulo
. Pasta
. Creme
. Elixir
. Xarope
. Dispositivo
intrauterino
. Adesivos
. Anel
. Esmalte
. Xampu
. Sabonete
. Solução: (Gotas,
Injetável, Spray).
. Suspensão
. Gel
. Pomada
3.2 MEDICAMENTOS
ADMINISTRADOS POR VIA ORAL
• Formas sólidas
Comprimidos: são
formas sólidas de um pó medicamentoso, preparado por compressão, adicionado ou
não de substâncias aglutinantes. Podem ter ranhura para permitirem uma divisão
equilibrada da dose.
Comprimidos de ação
prolongada (retard) ou de libertação controlada são preparados para serem
absorvidos de forma gradual.
Comprimidos com
revestimento entérico resistem à dissolução no pH ácido do estômago, mas
dissolvem-se no pH alcalino do intestino. Utilizados para fármacos que são
destruídos ou inativados pelo pH ácido. Não devem ser mastigados ou triturados.
Drágeas são
comprimidos revestidos com sacarose. Seu processo de produção é o mesmo de um
comprimido simples, porém após sua fabricação, as drágeas passam por um
processo em um equipamento chamado Drageadeira no qual é feita a aplicação de
dois tipos de xarope, o xarope fino e o xarope grosso, além da solução de
brilho (que confere um melhor visual ao comprimido). Geralmente drágeas são
utilizadas para mascarar sabores desagradáveis dos princípios ativos.
Pastilhas são
pequenos discos que contém um fármaco numa base aromatizada.
Devem ser
completamente dissolvidos na boca, para liberar o fármaco. Normalmente exercem
o seu efeito terapêutico na mucosa oral.
Cápsulas são formas
nas quais uma ou mais substâncias (líquido ou pó) são colocadas dentro de um
invólucro gelatinoso, que se dissolve no tubo gastrointestinal e libera o
medicamento para ser absorvido. Forma adequada para administração de fármacos
com sabor desagradável. Devem ser deglutidas inteiras.
As cápsulas de ação
prolongada, retardada ou contínua (retard) são preparadas para serem absorvidos
de forma gradual. Possibilitam a liberação contínua e gradual do fármaco devido
aos diferentes níveis de dissolução dos grânulos contidos na cápsula.
Pós são medicamentos
sólidos que são misturados com líquidos (água ou sumos) antes da sua
administração. Facilita a ingestão de pacientes com dificuldade de deglutição.
Formas efervescentes
são fornecidas a alguns pós e comprimidos, que são diluídos antes da
administração. O objetivo é aumentar o efeito terapêutico ou melhorar o sabor.
• Formas líquidas
Xaropes são fármacos
dissolvidos numa solução concentrada de açúcar (sacarose) ou muito aromatizada
a fim de dissimular o sabor desagradável. Especialmente indicados para
crianças, já que possuem um sabor mais agradável, de fácil administração e
possibilita o ajuste da dose devido à graduação em mg./ml.
Soluções são misturas
homogêneas de líquidos em sólidos. Habitualmente têm um sabor desagradável.
Suspensões são
misturas de partículas sólidas em meio líquido. As partículas precipitam quando
a solução fica em repouso. É necessário agitar antes da administração para a
distribuição uniforme das partículas.
Emulsões são feitas a
partir de gorduras (óleos ou vaselina) dispersas em outro líquido. Disfarçam o
mau sabor ou proporcionam uma melhor solubilidade do fármaco. Devem ser
agitadas antes da administração.
Elixires são
preparações de fármaco num solvente alcoólico. Utilizados para fármacos não
solúveis em água.
Tintura é um extrato
alcoólico (por exemplo, de uma erva ou solução de uma substância não volátil,
como iodo e mercurocromo).
Soluções de
substâncias voláteis são denominadas espíritos, embora tal nome seja dado
também a vários outros materiais obtidos através da destilação, mesmo que não
incluam álcool.
Importante: Alguns
medicamentos não devem ser triturados, mastigados ou dissolvidos, pois podem
alterar as suas propriedades terapêuticas.
Comprimidos para
serem dissolvida na boca, cujo princípio ativo é a nitroglicerina, foram
preparados para absorção através da mucosa oral, possibilitando uma rápida ação
terapêutica. Comprimidos revestidos foram tecnicamente elaborados para não
liberar o seu princípio na mucosa gástrica. É fundamental verificar as
instruções do fabricante, contidas na bula do produto, antes de promover
qualquer alteração na forma de administração do medicamento.
3.3 MEDICAMENTOS DE
USO TÓPICO.
Loções são suspensões
de um pó insolúvel em água ou substâncias dissolvidas num líquido espesso, tais
como o óxido de zinco, a loção de calamina. Calmantes, tem a função de proteção
da pele e aliviar o rubor e prurido. Devem ser agitados antes do uso.
Cremes são óleos
emulsionados em 60 a 80% de água, de modo a formar um líquido espesso ou um
sólido mole, forma largamente utilizada nos cremes antifúngicos.
Pomadas são
preparações semi-sólidas numa base gordurosa como a lanolina ou a vaselina, e
são completa ou moderadamente absorvidas pela pele. Conservam a umidade da
pele, aumentando assim a absorção do fármaco. Representam o veículo mais eficaz
para a absorção de fármacos pela pele.
Pós são partículas
sólidas finas de um fármaco que têm o talco como base.
Normalmente são
espalhados na pele e secam a pele. Desaparecem facilmente e necessitam de
aplicação frequente.
Gel são misturas
semi-sólidas que se liquefazem quando aplicadas na pele. Evaporam-se
rapidamente, formando uma película permeável. Alguns corticosteroides são
fornecidos nesta forma, para evitar a absorção e os consequentes efeitos
sistêmicos.
Aerossóis são
fármacos sólidos ou líquidos em suspensão pulverizada.
Pensos transdérmicos
são adesivos impregnados com um fármaco, que é absorvido lentamente através da
pele, como por exemplo, a nitroglicerina e o fentanil.
3.4 MEDICAMENTOS
ADMINISTRADOS POR VIA PARENTERAL.
Todos os medicamentos
utilizados nesta via são estéreis e apirogênicos.
Ampolas são
recipientes de vidro, com uma preparação medicamentosa para utilização numa só
dosagem. Não devem ser guardadas ampolas abertas.
Frasco-ampola são
recipientes de vidro com um medicamento para uma ou mais administrações. Contêm
um fármaco em solução ou pó estéril que precisa ser reconstituído antes da
administração.
Frascos duplos são
recipientes de vidro com dois compartimentos (um contém o soluto e outro o
solvente). Entre os dois recipientes há uma borracha separadora.
Seringas pré-cheias
contêm medicamentos pré-preparados, tipo seringas de insulina ou heparina de
baixo peso molecular.
Recipientes para
soluções de grande volume são soluções intravenosas estão disponíveis em
recipientes de plástico ou de vidro, numa grande variedade de tipos, de
concentrações e volumes.
3.5 MEDICAMENTOS
ADMINISTRADOS ATRAVÉS DAS MUCOSAS.
Supositórios – Via
Retal - são formas sólidas, destinadas a ser introduzidas num orifício corporal
(ânus). Com a temperatura do corpo, a substância dissolve-se e é absorvida pela
mucosa. Devem ser armazenados em local fresco.
Via Vaginal – óvulos
e cremes vaginais, fornecidos com aplicador para a irrigação vaginal.
Nasal – gotas nasais
ou vaporizador nasal: pequenas gotas de solução contendo o fármaco que são
rapidamente absorvidas.
Olhos:
. Gotas oftálmicas:
as soluções oftálmicas são estéreis, facilmente administráveis e habitualmente
não interferem com a visão.
. Pomadas oftálmicas:
provocam alterações da acuidade visual. Têm maior duração de ação que as gotas.
São frascos ou bisnagas sempre individualizados.
Ouvidos – Gotas
Otológicas.
Inalação - é a
condução de medicamentos para os pulmões através das vias nasal ou oral.
4 - VIAS DE
ADMINISTRAÇÃO DOS FÁRMACOS
As vias de
administração dos fármacos podem ser oral, retal, sublingual, intramuscular,
intravenosa, intra-arterial, subcutânea, intracardíaca, intrapleural,
intra-articular, mas nem todas são usadas com frequência devido ao difícil
acesso para administração, pequena área de absorção ou perigo iminente de
complicações que poderão levar o paciente ao êxito letal.
4.1 VIA ORAL
Apresenta como
vantagem a segurança, a comodidade, uniformidade, maior grau de absorção da
droga, principalmente no íleo, e é mais econômica. Como desvantagem o tempo de
absorção é maior, isto é demora mais para produzir efeito; substâncias
irritantes ou de sabor desagradáveis necessitam de colaboração do paciente para
serem ingeridas. Essa via é contra indicada em pacientes que apresentam
alterações hepáticas, pois os fármacos administrados via oral necessitam passar
pelo fígado para serem biotransformados.
4.2 VIA SUBLINGUAL
Tem como principal
vantagem ser uma via de absorção rápida, pois quando um fármaco é administrado
via sublingual, o medicamento vai direto para a veia cava, ocorrendo a absorção
imediata. Bastante utilizada em pacientes cardiopatas, pois a necessidade do
efeito do medicamento muitas vezes é imediata. Apresenta ainda a vantagem de
evitar o efeito de primeira passagem pelo fígado, evitando a perda do fármaco,
efeito este que será discutido mais adiante. Tem pouca aceitação, devido ao
fato de que algumas substâncias sejam irritantes e de sabor desagradável.
4.3 VIA SUBCUTÂNEA
Essa via apresenta
boa absorção, utilizada para substâncias não irritantes e permitindo a
aplicação de volumes até no máximo 2 ml. Como desvantagens podem ocorrer
maiores probabilidades de sensibilização, embolia, principalmente em casos que
as substâncias sejam oleosas. Acidentes locais com a formação de abscessos,
nódulos e dor, decorrentes de preparações inadequadas ou técnica de aplicação
também são passíveis.
4.4 VIA
INTRAMUSCULAR
É uma via bastante
utilizada pela facilidade de administração, boa e rápida absorção, menor
sensibilidade à dor, e por permitir o uso de solventes como água destilada.
Como desvantagem,
pode ocorrer a formação de abscessos devido a diferença de pH entre a
substância aplicada e o tecido. Irritação local e mesmo necrose de tecidos são
possíveis problemas decorrentes. Há que se considerar ainda a necessidade de
utilização de perfeita assepsia no procedimento de aplicação.
4.5 VIA INTRAVENOSA
É uma via de ação
mais rápida, mas o efeito é de curta duração, pois há rápida biotransformação e
eliminação droga. Comporta grande volume, mesmo com substâncias irritantes ou
de pH distante da neutralidade, que podem ser administradas de forma gradual,
porque o sangue possui sistema tampão. Necessita de uma assepsia mais rigorosa.
Pode provocar superdosagem relativa quando aplicada rapidamente, apresenta
maior possibilidade de apresentar reações alérgicas e formação de trombos
principalmente com substâncias oleosas.
4.6 VIA RETAL
É uma via usada
quando há perda de consciência, ou para indivíduos com quadro de vômitos
constantes e náuseas, sendo mais utilizadas para crianças. São utilizados os
enemas e supositórios. Como desvantagem apresenta absorção irregular devido à
microbiota bacteriana intestinal.
A escolha da via de
administração dependerá do estado geral do paciente, da avaliação da
necessidade de uma resposta mais rápida ou não do medicamento, da toxicidade do
fármaco e dos riscos a que o individuo estará sujeito.
AÇÃO DOS FÁRMACOS
NO ORGANISMO
1 - FARMACOCINÉTICA
1.1 DIFUSÃO DAS
DROGAS
Os fármacos para
produzirem ação no organismo necessitam atingir o seu local de ação (também
chamados sítios de ação). Assim o medicamento deve ser transportado pelo
organismo para que consiga chegar ao local de ação, produzir o efeito
farmacológico e depois ser eliminado.
Este processo, para
fins de estudo, é dividido em etapas, denominadas de absorção, distribuição,
biotransformação e excreção. Estas fases são estudadas pela Farmacocinética.
Absorção: um
comprimido, por exemplo, uma vez ingerido, chega ao estomago e intestino onde o
princípio ativo é liberado e transportado até a corrente sanguínea, completando
a fase de absorção. A absorção, portanto, é o movimento que as moléculas
realizam para atingir a corrente sanguínea. O processo de absorção não ocorre
exclusivamente pelo sistema digestório, mas pode ocorrer pela pele (via transdérmica),
por via subcutânea, músculos ou pulmões, Essa etapa pode sofrer interferências
devido a propriedades físico-químicas das drogas, forma farmacêutica escolhida,
via de administração, etc.
Distribuição: uma vez
na corrente sanguínea, o medicamento se liga com maior ou menor afinidade às
proteínas plasmáticas. Transportado, chega até o seu local de ação e também a
locais no organismo em que poderão produzir efeitos colaterais.
Biotransformação: o
principio ativo não permanece no organismo indefinidamente, mas deve ser
eliminado. Algumas moléculas, poucas, são eliminadas do organismo sem sofrer
alterações, a maior parte delas deve passar por um processo denominado de
metabolização ou biotransformação (geralmente por meio de enzimas) e assim ser
eliminado. A biotransformação ocorre principalmente no fígado.
Excreção: representa
a eliminação do medicamento pelo organismo, que pode ocorrer através das fezes,
urina, saliva, suor, pele, leite materno, etc.
De maneira geral, os
fármacos para produzirem ação no organismo, precisam atravessar barreiras
constituídas pelas membranas celulares. A absorção exige a entrada das
moléculas do fármaco no compartimento vascular, ou seja, na luz do vaso
sanguíneo, o que significa que barreiras biológicas ou membranas deverão ser
atravessadas. Assim, quanto mais facilmente as drogas atravessarem essas
membranas ou barreiras, melhor o fármaco será absorvido.
Alguns dos seguintes
fatores influenciam este processo:
• Tamanho – quanto
menor a partícula, maior será a difusão.
• Fórmula Molecular –
quanto mais simples a fórmula molecular, mais fácil a sua absorção.
• Solubilidade – os
fármacos podem ser hidrossolúveis e lipossolúveis.
Hidrossolúvel –
quando a substância solubiliza através de líquidos orgânicos aquosos e é
solúvel em água.
Lipossolúvel – quando
as substâncias provem de lipídios. Os fármacos lipossolúveis atravessam com
mais facilidade e rapidez a membrana celular.
Grau de Ionização –
Moléculas com menor grau de carga ou não ionizadas – apolares
– atravessam as membranas
com maior facilidade
Apesar de algumas
diferenças entre as barreiras – pois são tecidos diferentes - a passagem das
substâncias apresenta características comuns, denominados transporte Passivo e
Especializado.
Transporte Passivo:
as substâncias que atravessam as membranas por transporte passivo se movem por
simples difusão. As moléculas do fármaco atravessam uma membrana e se deslocam
de uma área de alta concentração para uma área de baixa concentração. Uma vez
igualada a concentração do fármaco em ambos os lados da membrana, há um
equilíbrio na difusão. É um processo que não requer nenhum trabalho, nenhuma
energia e ocorre principalmente com fármacos de baixa massa molecular, com alto
grau de lipossolubilidade e apolares.
Transporte
Especializado: encontramos as formas de difusão facilitada, transporte ativo e
fagocitose e pinocitose.
. Difusão facilitada
envolve proteínas carreadoras, ocorre por gradiente de concentração e não
envolve energia;
. Transporte ativo
ocorre contra os gradientes de concentração, utiliza proteínas carreadoras e
envolve energia.
. Pinocitose: a
pinocitose envolve a invaginação de uma parte da membrana celular e o
encerramento, no interior da célula, de uma pequena vesícula contendo
componentes extracelulares .O conteúdo da vesícula pode então ser liberado na
célula ou expulso pelo outro lado desta.
1.2 - DISTRIBUIÇÃO
DOS FARMACOS
A distribuição é
considerada como a segunda etapa dos processos da Farmacocinética. Uma vez que
a molécula do fármaco atingiu a corrente sanguínea, ela será transportada para
outras partes do organismo. Nos vasos capilares ocorre a passagem das drogas
para outros tecidos.
A distribuição é a
movimentação da droga a partir da circulação. A corrente sanguínea transporta o
fármaco não apenas para seus locais de ação (sítios de ação ou locais-alvo),
mas também para os sítios de eliminação.
As moléculas do
fármaco são transportadas na forma livre ou ligadas a proteínas plasmáticas. As
moléculas na forma livre são farmacologicamente ativas e capazes de atravessar
as membranas. Moléculas ligadas a proteínas plasmáticas são farmacologicamente
inativas e não podem sair de circulação sem antes ser “liberadas” de suas
ligações.
A interação do
fármaco com proteínas plasmáticas é um processo rapidamente reversível e, à medida
que o fármaco não ligado difunde-se dos capilares para os tecidos, mais fármaco
ligado dissocia-se da proteína até que seja alcançado um equilíbrio, onde há
concentrações relativamente constantes de forma ligada e não ligada. É uma
interação dinâmica, em que complexos continuamente se formam e se desfazem.
O complexo
fármaco-proteína age como um reservatório temporário na corrente sanguínea
retardando a chegada de fármacos aos órgãos alvo e sítios de eliminação. Quando
a ligação à proteína ocorre fortemente, ela pode diminuir a intensidade máxima
de ação de uma dose única de um fármaco, por diminuir a concentração máxima
atingida no receptor, alterando, assim sua resposta clínica; da mesma forma, a
diminuição da ligação pode aumentar a intensidade de ação do fármaco.
Os sítios proteicos
de ligação de fármacos no plasma são passíveis de saturação. À medida que a
concentração do fármaco aumenta, também pode aumentar sua forma livre, porque a
capacidade de ligação pode estar saturada. No entanto, numa ampla margem de
concentrações, a fração livre não se altera porque há abundância de sítios de
ligação; a saturação na verdade só ocorre em concentrações muito altas,
clinicamente irrelevantes.
A relação entre
fração livre / fração ligada pode ser influenciada por variações nas
concentrações das proteínas plasmáticas. Nestes casos, há que se ter cuidado
com relação à dosagem do fármaco a ser administrada.
Hipoalbuminemia
devido à cirrose hepática, síndromes nefróticas, desnutrição grave e uremia são
algumas das causa que podem afetar a concentração de proteínas plasmáticas. Na
gestação, em que há hemodiluição e nos idosos, que tem menor capacidade de
produção de proteínas, o teor de ligação a fármacos também se torna menor.
Fármacos podem
competir entre si pelos mesmos sítios de ligação proteica. Nestes casos, o
fármaco que tem menor afinidade pelo receptor será deslocado, ficando
consequentemente, com a fração livre aumentada no plasma. Quase todas as drogas
ligam-se a proteínas plasmáticas, em maior ou menor grau e esta competição
pelos mesmos sítios de ligação são bastante frequentes, sendo este um mecanismo
importante para avaliar as possibilidades de interação medicamentosa.
A competição por
locais de ligação não ocorre apenas entre fármacos, mas também entre fármacos e
ligantes endógenos.
Os fármacos também
podem interagir com moléculas intra e extracelulares, como as proteínas de
membrana celulares, ácidos nucleicos, polipeptídios e polissacarídeos.
Estas ligações podem
igualmente influenciar a distribuição.
As moléculas dos
fármacos não são distribuídas de maneira igual para todos os órgãos e tecidos.
O coração, fígado, rim e o cérebro recebem a maior parte da droga nos primeiros
minutos seguintes da absorção, por serem órgãos muitos irrigados pela corrente sanguínea.
A distribuição para pele, músculos e gordura é mais lenta.
1.3 -
Biotransformação dos Fármacos
Corresponde a toda
alteração química que os fármacos sofrem no organismo, geralmente por processos
enzimáticos, ou seja, alteração do fármaco, pela ação das enzimas. Esta
alteração tem por objetivo transformar o fármaco em uma forma mais
hidrossolúvel, facilitando assim a sua excreção.
A biotransformação,
portanto provoca a inativação e a eliminação do composto ou principio ativo.
A eliminação pode
ocorrer por excreção e o principal mecanismo deste processo é a filtração
realizada nos glomérulos renais. Se a substância for muito lipossolúvel, pode
ocorrer a reabsorção, que retarda a excreção.
Alguns compostos
podem não ser inativados ou, então, transformam-se em substâncias que exerceram
efeito contrário ao original (efeito rebote), levando a intoxicação.
Os processos de
metabolização se realizam mediante as reações enzimáticas intracelulares.
Sistemas de enzimas microssomais hepáticas são responsáveis pela maior parte da
biotransformação, porém o plasma, o rim, pulmão e o tubo digestivo podem
contribuir. A metabolização hepática pode ser influenciada por fatores
externos, como a via de administração da droga e agentes ambientais.
Fatores internos:
idade, sexo, peso, características genéticas, temperatura corporal, condições
fisiopatológicas, estado nutricional, principalmente para indivíduos
subnutridos.
Biodisponibilidade
Sistêmica
É importante
ressaltar que apenas uma fração da droga alcança de fato a circulação sistêmica
depois da administração oral. Uma razão para isso é que nem todas as moléculas
da droga são de fato absorvida pelo TGI (trato gastrointestinal) devido ao
tamanho da molécula, seu grau de ionização e lipossolubilidade, a qualidade do
fluxo sanguíneo.
Outro fator muito
importante é a biotransformação das moléculas da droga na sua primeira passagem
pelo fígado. Todas as moléculas da droga absorvidas passam pelo fígado uma
primeira vez. O fígado elimina uma porcentagem significativa das moléculas da
droga em seu caminho para a veia cava inferior.
Nas passagens
subsequentes pelo fígado, frações menores da droga absorvida serão
biotransformadas. A biodisponibilidade sistêmica de uma droga é a fração
(porcentagem) da dose administrada oralmente que, de fato, alcança a circulação
sanguínea sistêmica.
Para a via
intravenosa não se fala em absorção, pois o fármaco é introduzido diretamente
na circulação, considerando-se a sua biodisponibilidade 100%.
A metabolização de
fármacos pode ser afetada por diferentes fatores, tais como genética, idade,
doenças, ambiente e utilização concomitante de outros fármacos.
1.4 - Excreção dos
Fármacos
A excreção dos
fármacos corresponde à etapa final do processo farmacodinâmico e é a fase na
qual as drogas são eliminadas do organismo.
O principal meio
utilizado pelo organismo para eliminar uma substância é torna-la hidrossolúvel,
facilitando assim a excreção renal, pulmonar ou intestinal.
Existem outras vias
de eliminação utilizadas pelo organismo, que são via glândulas mamárias,
sudoríparas ou salivares. Embora ocorram em menor escala, não devem ser
desprezadas. Mulheres que amamentam podem eliminar medicamentos pelo leite
materno, afetando assim o lactante.
Excluindo-se o pulmão
os órgãos excretores eliminam os compostos polarizados mais eficientemente que
as substâncias com alta lipossolubilidade, assim os fármacos lipossolúveis não
são prontamente eliminados até serem biotransformados em compostos mais
polarizados.
A biotransformação
contribui muito para eliminação final de fármacos do organismo.
Poucas substâncias
ativas são eliminadas quase totalmente inalteradas pelos rins.
Alguns fármacos são
excretados via bile; outros, particularmente as substâncias voláteis, são
excretados com a expiração. Contudo, para a maioria dos fármacos a excreção é
feita via renal.
Excreção Renal
Os mecanismos que
asseguram a excreção renal de fármacos são os mesmos que intervém na formação
da urina; papel este que, como sabemos, é função do néfron, unidade anátomo
fisiológica dos rins. Estes mecanismos compreendem a filtração glomerular, a
secreção tubular ativa e a reabsorção tubular passiva.
Filtração: o fármaco
não ligado a proteínas plasmáticas apresenta dimensões suficientemente pequenas
para atravessar os poros dos glomérulos renais, sendo assim filtrado ou
secretado para a luz tubular; no passo seguinte, pode ser eliminado com a urina
ou reabsorvido ativa ou passivamente, pelo epitélio tubular.
A quantidade de
fármaco que entra na luz tubular por filtração, bem como a velocidade com que
ocorre este processo, depende de sua fração ligada à proteína plasmática, da
taxa de filtração glomerular e do fluxo plasmático renal.
Secreção tubular
ativa: este processo não é afetado pelo teor de ligação a proteínas
plasmáticas, é um processo mediado por substâncias denominadas de
“carreadores”.
Este processo é
utilizado normalmente pelo organismo para eliminar substâncias endógenas. É um
processo de alta velocidade, mas que pode ser saturável dependendo da
concentração do fármaco ou da presença de outras substâncias que possam
competir pelo mesmo carreador.
Desta forma, o
mecanismo de eliminação do ácido úrico pode ser utilizado para o transporte
ativo de drogas de caráter ácido. Substâncias de caráter básico são eliminadas
pelo mesmo mecanismo utilizado para a eliminação de bases endógenas como a
histamina.
Este sistema é
bidirecional, ou seja, pode atuar eliminando ou captando as substâncias. Para
as substâncias exógenas este mecanismo é predominantemente secretor.
O uso concomitante de
substâncias de caráter ácido – ou de caráter básico – poderá provocar uma
competição entre fármacos de caráter ácido ou entre aqueles de caráter básico
pelo sítio de ligação de seu carreador, retardando a eliminação de uma droga e
aumentando assim o seu efeito farmacológico. Este também é um fator a ser
analisado nos casos de interação medicamentosa.
Reabsorção tubular
passiva: substâncias altamente lipossolúveis, mesmo após passarem pelo processo
de filtração glomerular podem ser reabsorvidas nos túbulos renais.
É possível também
interferir na excreção ou reabsorção de um fármaco por meio da administração de
substâncias que alterem o pH da urina. Fármacos que são ácidos ou bases fracas
podem ter o seu grau de ionização alterado e variar com isso o seu processo de
eliminação. Como exemplo, nos casos de intoxicação por fenobarbital, que é um
ácido fraco, pode ser utilizado o bicarbonato de sódio, que promove a
alcalinização da urina.
1.5 - Cinética de
Eliminação
A velocidade com que
um fármaco é eliminado (ou depurado) é conhecida como clearance. O tempo
decorrente para este processo de eliminação é de fundamental importância na
Farmacoterapêutica.
Meia vida
A meia vida de um
fármaco é o tempo necessário para que metade da dose administrada seja
eliminada pelo organismo. Fatores que afetam a meia vida de um fármaco são a
sua velocidade de biotransformação e excreção. O conhecimento de quanto tempo
um fármaco permanece no organismo é importante para que se determine a
frequência com que ele deva ser administrado. Um fármaco administrado uma única
vez é eliminado do organismo quase que completamente após quatro ou cinco
meias-vidas. Um fármaco administrado várias vezes, a intervalos regulares,
alcança uma concentração constante, podendo atingir assim um estado
estacionário de concentração, considerando que a velocidade de administração
poderá se igualar à velocidade de administração.
Início da Ação
O inicio da ação é o
intervalo de tempo decorrente entre o momento da administração até quando
efetivamente começa a sua ação terapêutica. Este intervalo poderá variar
dependendo da via de administração e de inúmeras outras propriedades
farmacocinéticas.
Concentração máxima
Quando o organismo
absorve mais quantidade de fármaco do que elimina, as concentrações sanguíneas
vão se elevando até o limite em que estas velocidades se igualam, quando então
teremos a máxima concentração sanguínea do fármaco. Importante observar que nem
sempre o tempo de pico de concentração coincidirá com o tempo de máxima
resposta!
Duração da ação
A duração de ação é o
tempo no qual o fármaco produz efeito terapêutico.
2- FARMACODINÂMICA
A Farmacodinâmica
estuda os mecanismos que produzem alterações bioquímicas ou fisiológicas no
organismo. A ação farmacológica ocorre por uma interação entre o fármaco e um
receptor localizado em algum componente celular.
Estas interações
podem ser fracas e reversíveis e dinâmicas, como acontece na maior parte dos
casos, mas podem ser fortes e irreversíveis.
As ligações
irreversíveis em geral destroem os receptores.
A afinidade pode ser
definida como a tendência ou grau com que as moléculas são atraídas aos seus
respectivos receptores. Drogas com alta afinidade por seus receptores terão
maior pendência a ligar-se que as drogas com baixa afinidade. Quanto maior a
afinidade, mais potente será a droga. No caso de utilização de duas ou mais
drogas, a de maior afinidade deslocará a droga de menor afinidade, alterando a
sua ação farmacológica.
Os mecanismos de
atuação dos fármacos são basicamente dois:
. Modificação do
conteúdo físico ou químico da célula
. Interação com um
receptor localizado na membrana ou no interior da célula
FÁRMACOS AGONISTAS
E ANTAGONISTAS
Os fármacos podem
atuar estimulando ou bloqueando um receptor.
Quando o fármaco
apresenta afinidade e estimula o receptor, ele atua como um agonista.
Se o fármaco tem
afinidade por um receptor, liga-se a ele, mas não inicia uma resposta, é
chamado de antagonista. Um antagonista impede que a resposta ocorra.
Os antagonistas podem
ser competitivos ou não competitivos. Antagonistas competitivos competem com os
agonistas pelos mesmos receptores. Neste caso, doses maiores de um fármaco
poderão deslocar o outro.
Antagonista não
competitivo se liga aos receptores e bloqueia os efeitos do agonista.
Neste caso, doses
maiores do agonista não revertem a ação do antagonista.
FARMACOS SELETIVOS
E NÃO SELETIVOS
Quando um fármaco
pode atuar em vários receptores, é classificado como não seletivo e pode causar
efeitos múltiplos e espalhados por todo o organismo. Fármacos seletivos atuam
em um único receptor. Nenhum fármaco é totalmente específico nas suas ações. Em
muitos casos o aumento da dose afeta outros alvos diferentes do principal,
podendo provocar efeitos colaterais.
POTÊNCIA DO FARMACO
Drogas com alta
afinidade por seu receptores apresentarão maior tendência de combinação e
consequentemente maior potência. Em termos práticos isto se traduz na
quantidade de medicamento (comumente expressa em miligramas) necessária para
produzir um efeito, como o alívio da dor ou a redução da pressão sanguínea.
Exemplificando, se 05
miligramas da droga B alivia a dor com a mesma eficiência que 10 miligramas da
droga A, então a droga B é duas vezes mais potente que a droga A.
Maior potência não
significa necessariamente que uma droga é melhor que a outra. Os prescritores
devem levar em consideração muitos fatores ao julgar os méritos relativos dos
medicamentos, tais como seu perfil de efeitos colaterais, toxicidade potencial,
duração da eficácia (e, consequentemente, número de doses necessárias a cada
dia) e custo.
A eficácia refere-se
à resposta terapêutica máxima potencial que um medicamento pode produzir.
Exemplificando, a furosemida, um diurético, elimina muito mais sal e água por
meio da urina, que a clorotiazida. Assim, furosemida tem maior eficiência, ou
eficácia terapêutica, que a clorotiazida. Da mesma forma que no caso da
potência, a eficácia é apenas um dos fatores considerados pelos prescritores ao
selecionar o medicamento mais apropriado para determinado paciente.
BIODISPONIBILIDADE
É uma característica
do medicamento administrado a um sistema biológico intacto e pode ser definido
como a quantidade e velocidade na qual o principio ativo é absorvido a partir
da forma farmacêutica e que se torna disponível no sitio de ação.
A biodisponibilidade
está intimamente relacionada com a absorção da substância ativa.
Quando temos uma
absorção rápida, obtemos uma resposta terapêutica rápida, garantindo a absorção
do fármaco. Quanto mais rápido a absorção no TGI (trato gastrointestinal),
menor será influência de fatores fisiológicos nesse processo. Por outro lado,
para que o fármaco seja absorvido necessita que se encontre em solução, no
local adequado de absorção.
BIOEQUIVALÊNCIA
É o estudo
comparativo entre dois ou mais fármacos administrados em mesma via. Duas preparações
bioequivalentes quando as formulações comparadas não mostrarem diferenças
superior a 20%.
Fatores Fisiológicos
que interferem na biodisponibilidade
Características do
suco gástrico, pH do meio, tensão superficial (alimento), velocidade de
esvaziamento gástrico, viscosidade.
Fatores Externos que
interferem na biodisponibilidade
Idade, estado
nutricional, peso corporal, fatores genéticos, patologias, função hepática.
A idade é um dado
importante a ser avaliado, uma vez que pacientes idosos com insuficiência
dietética, e/ou alteração na função renal possuem mais susceptibilidade a
mudança na biodisponibilidade.
Função Renal: em
indivíduos com quadro de insuficiência renal, como no caso daqueles que
receberam transplante ou são submetidos a hemodiálise, a biodisponibilidade
será alterada.
Conforme vimos nos
processos de eliminação e reabsorção, o rim desempenha importante papel, e
havendo situações de alteração no quadro renal, as suas funções também sofrerão
alterações importantes.
OBSERVAÇÕES
IMPORTANTES
INTERAÇÕES DE
MEDICAMENTOS COM ALIMENTOS E ALCOOL
Os alimentos podem
causar alterações nos efeitos farmacológicos ou na biotransformação do fármaco
e este, por sua vez, pode modificar a utilização dos nutrientes, com
implicações clínicas tanto na eficácia terapêutica medicamentosa como na
manutenção do estado nutricional. A ocorrência dessas interferências progride
ao longo do trato gastrointestinal, sendo desprezível ao nível da boca,
garganta e esôfago, maior no estômago e intensa durante a passagem pelo
intestino.
O Etanol (Álcool
Etílico) sob a forma de bebida alcoólica é a substância psicoativa mais
consumida no mundo. Devido a seu baixo peso molecular o etanol atravessa
facilmente os canais de água das membranas celulares. Consequentemente,
distribui-se e se equilibra rapidamente em todo o líquido contido no organismo;
se difunde para todos os tecidos e compartimentos, incluindo o SNC, suor, urina
e respiração.
O álcool interage com
os medicamentos por diferentes mecanismos, que serão detalhados no decorrer do
Curso.
III -
ANTI-INFLAMATÓRIOS, ANALGÉSICOS E ANTITÉRMICOS
Os anti-inflamatórios
não esteroides (AINEs) são um grupo variado de fármacos que têm em comum a
capacidade de controlar a inflamação, de analgesia (reduzir a dor), e de
combater a hipertermia (febre).
Fazem parte deste
grupo medicamentos muito conhecidos, em parte por alguns já estarem disponíveis
há muito tempo, por serem de venda livre (MIP), e pelo vasto número de
situações em que são usados. Alguns nomes dos mais conhecidos deste grupo
incluem o ácido acetilsalicílico (Aspirina), ibuprofeno (Dalsy®) ou
paracetamol.
O paracetamol, embora
possua um mecanismo de ação semelhante e tenha efeito antitérmico e analgésico,
é praticamente desprovido de efeito anti-inflamatório, pelo que não é, em
rigor, um AINE. Desde o isolamento do ácido salicílico em 1828, os AINEs
tornaram-se uma parte importante do tratamento da febre e da dor.
As principais
indicações destes fármacos são:
. Dor branda causada
por lesão ou cirurgia
. Febres, dores de
cabeça e menstruação dolorosa
. Artrite reumatoide
(doença inflamatória crônica das articulações periféricas)
. Osteo artrite
(doença crônica que envolve desgaste e deterioração das articulações do
organismo, causando inflamação)
. Dores crônicas
associadas a patologias tais como câncer, AIDS, esclerose múltipla ou anemia
falciforme.
Os fármacos
analgésicos não opióides e o AINEs são também antipiréticos, o que significa
que podem reduzir a temperatura corpórea por controlar a febre.
Estes fármacos
reduzem a febre estimulando a glândula chamada hipotálamo. Esta estimulação
promove a dilatação de vasos sanguíneos periféricos e aumentam a sudorese, com
consequente perda de calor por através da pele e esfriamento por evaporação.
1- ANALGÉSICOS
1.1- Salicilatos:
Principais
indicações: alívio de dor branda, redução da febre, redução da inflamação da
febre reumática. O ácido acetil salicílico, em dosagens que variam de 75 a
100mg pode ser indicado para a prevenção de angina e ataques cardíacos.
Absorção:
principalmente no trato gastrointestinal. Presença de alimentos ou o uso de
antiácidos podem provocar diminuição na absorção destes fármacos.
Reações adversas:
desconforto gástrico, náuseas, vômitos e tendência a sangramentos.
Cuidados especiais:
Não indicado para crianças e adolescentes (Síndrome de Reye), não indicados na
gravidez durante a amamentação. Pacientes que serão submetidos a cirurgia devem
interromper o uso de ácido acetil salicílico.
Interações
medicamentosas:
. Interfere com
anticoagulantes orais aumentando sua potência e toxicidade;
. Corticosteroides
podem diminuir o nível plasmático de Salicilatos, provocando ulceras;
. Inibidores da ECA e
bloqueadores beta-adrenérgicos podem ter o seu efeito anti-hipertensivo
reduzido quando combinados com salicilatos;
. Uso concomitante
com outros AINEs diminuiu o efeito anti-inflamatório além de aumentar o risco
de efeitos gastrointestinais.
1.2 - Paracetamol
Principais
indicações: dores de cabeça, musculares, dores em geral e redução da febre.
Absorção:
principalmente no trato gastrointestinal. O uso concomitante com alimentos
retarda a velocidade, mas não a quantidade absorvida. Não deve ser utilizado
com bebidas alcoólicas.
Reações adversas:
Toxicidade hepática.
Interações
medicamentosas: Não foram descritas.
2 - ANTI-INFLAMATÓRIOS
NÃO ESTEROIDAIS (AINES)
Medicamentos com
indicações terapêuticas próximas às dos salicilatos, com ação analgésica e
antipirética. Principais indicações:
. Dor branda e
moderada
. Bursite e tendinite
. Dores de cabeça e
enxaqueca
. Dismenorreia (dor e
cólica graves durante a menstruação)
. Artrite gotosa
aguda
. Osteoartrite no
quadril, ombro ou das grandes articulações
. Artrite reumatoide
. Espondilite
anquilosante
Mecanismo de ação
Os AINEs são
inibidores específicos da enzima ciclooxigenase (COX). A COX possui duas formas
ligeiramente diferentes, designadas COX-1 e COX-2. Estas transformam o ácido
araquidônico, uma substância formada a partir de lipídeos presentes na membrana
celular pela ação da fosfolípase A2, em dois tipos de compostos, as
prostaglandinas e os tromboxanos. O papel destes mediadores na inflamação e na
dor, assim como em vários outros processos fisiológicos (como na coagulação), é
amplamente aceite. Quando as prostaglandinas são liberadas, o organismo se
torna sensível a dor. Ao impedir o organismo de produzir prostaglandinas, os
analgésicos não opióides e o AINEs reduzem a resposta dolorosa.
Pacientes que fazem
uso de AINEs tem risco aumentado de sofrer ataques cardíacos ou derrames,
principalmente se o uso ocorre por longos períodos.
Os AINEs interferem
no mecanismo de ação de diferentes classes de anti-hipertensivos.
Há dois tipos de
AINEs:
Não seletivos –
bloqueiam a COX-1 e a COX-2. Como a COX-1 produz prostaglandinas que mantém o
revestimento gástrico, os AINEs não seletivos podem causar efeitos adversos no
trato gastro intestinal.
Seletivos –
inibidores da COX-2, bloqueiam apenas prostaglandinas produzidas pela COX-2,
aliviam a dor e a inflamação sem causar efeitos GI significativos.
2.1 AINES NÃO
SELETIVOS:
Absorção - Todos são
absorvidos no trato GI, metabolizados no fígado e excretados principalmente
pelos rins.
Advertência - Os
usuários destes medicamentos devem ser advertidos sobre:
. AINEs não seletivos
podem diminuir o efeito anti-hipertensivo de inibidores da ECA
. O uso concomitante
com antiácidos podem reduzir o nível de AINEs no organismo
. Uso concomitante
com ácido acetilsalicílico aumenta o risco de úlceras podendo ocasionar
sangramento intestinal
. Uso concomitante
com lítio aumenta o nível plasmático desta substância, aumentando os efeitos
colaterais e toxicidade
. Uso concomitante
com varfarina ou outro coagulantes podem aumentar os riscos de sangramento
. AINEs podem
aumentar os níveis de metotrexato, digoxina e ciclosporina, levando a
toxicidade
Importante considerar
que o risco de úlceras aumenta com a idade.
Podem ser excretados
no leite materno, portanto não devem ser utilizados por nutrizes. Alguns AINEs
são de menor risco para gestantes, porém só devem ser utilizados nestes casos,
por prescrição médica.
Reações adversas:
constipação intestinal, diarréia, tontura, sonolência, desconforto ou dor
abdominal, úlceras, dores de cabeça, náuseas, vômitos ou disturbios visuais.
Diclofenaco – No
mercado existem apresentações de Diclofenaco sódico e Diclofenaco potássico, em
diferentes apresentações. Estes produtos não apresentam alterações
farmacocinéticas e farmacodinâmicas significativas. Ambos são administrados e
absorvidos nas mesmas dosagens, podendo ocorrer alterações devido às formas
farmacêuticas utilizadas.
Ibuprofeno –
Disponível em diferentes apresentações e dosagens no mercado, é indicado para
febre e dores moderadas em adultos e crianças. Pode reduzir o efeito da
furosemida.
Indometacina –
Disponível em diferentes apresentações, indicado também para o tratamento da
persistência do ducto arterioso em recém nascidos.
Cetoprofeno –
indicado para osteoartrite, artrite reumatoide e dismenorreia.
Cetorolaco – indicado
para controle de curto prazo de dores agudas e graves.
Meloxicam – indicado
para o tratamento da artrite reumatoide juvenil.
Naproxeno – indicado
para dores moderadas a agudas, espondilite anquilosante, dismenorréia,
tendinite, bursite, artrite juvenil e gota. Disponível em diversas
apresentações no mercado. Semelhante ao ácido acetilsalicílico, pode proteger o
coração, agindo como anticoagulante.
Piroxicam – indicado
para osteoartrite e artrite reumatoide. Além dos efeitos colaterais comuns, os
usuários deste medicamento apresentam risco de sangramento prolongado.
2.2 AINES SELETIVOS
Conhecidos também
como inibidores da COX-2, porque bloqueiam apenas as prostaglandinas produzidas
pela COX-2, e em consequência apresentarão menor risco de efeitos no trato GI.
O único inibidor
seletivo disponível no mercado atualmente é o celecoxibe que é precrito, com
retenção de receita, para osteoartrite, artrite reumatoide e espondilite
anquilosante.
Nos últimos anos
vários inibidores da COX-2 foram retirados do mercado devido a risco cardíaco
relacionado ao uso destes produtos. Como as prostaglandinas estão relacionadas
à regulação da pressão sanguínea, os inibidores da COX-2 podem causar efeitos
cardiovasculares adversos que incluem tromboses, infarto e derrames fatais.
Estes efeitos podem ser aumentados, dependendo da dose, do período de
tratamento e dos fatores de risco cardiovascular pré existentes.
Assim como os demais
AINEs, interagem com inibidores da ECA, com antiácidos, com ácido acetil
salicílico, com lítio, varfarina e anticoagulantes provocando os mesmo riscos.
Utilizados junto com
fluconazol podem levar a aumento dos níveis plasmáticos dos inibidores da
COX-2.
3 -
CORTICOSTERÓIDES
Corticoides ou
corticosteroides é o nome dado a um grupo de hormônios esteroides produzidos
pelas glândulas suprarrenais, ou a derivados sintéticos destas. Os
corticosteroides possuem diversas ações importantes no corpo humano, possuindo
um papel de relevo no balanço eletrolítico (equilíbrio de íons e água), e na
regulação do metabolismo. Situações em que a sua produção está alterada levam a
patologias como a doença de Addison (quando há diminuição de produção), ou a
síndrome de Cushing (quando esta está aumentada).
São divididos em dois
grupos:
. Glicocorticoides
como o cortisol, que controlam o metabolismo dos carboidratos, gordura e
proteínas e tem ação anti-inflamatória, por prevenirem a liberação de
fosfolipídio, diminuindo a ação dos eosinófilos (entre diversos outros
mecanismos).
. Mineralocorticoide
como a aldosterona controlam os níveis de eletrólitos e água, principalmente
por promoverem a retenção de sódio no rim. O seu papel está relacionado com a
manutenção do equilíbrio de íons (em particular o sódio) e do volume de água no
organismo.
Possuem importantes
efeitos metabólicos, sendo utilizados na prática médica graças aos seus
potentes efeitos anti-inflamatórios e imunossupressores. O principal
glicocorticoide endógeno (produzido pelo corpo) é o cortisol.
3.1 Funções
Fisiológicas
O papel dos
corticosteroides no organismo é variado, estando associado à atividade normal
assim como à resposta a stress de diversas origens (infecções, lesão
traumática, queimaduras, hemorragias, dor, situações de medo e luta etc.).
Possui diferentes
ações:
a) No metabolismo
intermediário dos açúcares, gorduras e proteínas.
Os corticosteroides
aumentam a quebra de proteínas para que sejam transformadas em glicose pelo
fígado (gliconeogenese), promovendo assim um aumento da glicemia (quantidade de
glicose no sangue).
b) Atuam deslocando
gordura acumulada no corpo, promovendo a sua entrada na circulação sanguínea,
para que possa ser utilizada pelos tecidos na produção de energia.
Em resumo, os
corticosteroides aumentam a disponibilidade de fontes para a produção de
energia.
c) Mantêm certo grau
de contração dos vasos, que impede uma dilatação exagerada destes. Se isso
ocorresse, o sangue teria dificuldade em chegar aos órgãos, com colapso
circulatório, parada cardíaca e morte.
d) Contribuem na
regulação do balanço hidroeletrolítico, atuando no rim aumentando a reabsorção
de sódio e consequentemente de água, por troca com potássio e prótons (H+). O
resultado é um aumento do volume de fluido extracelular, ligeiro aumento da
concentração plasmática de sódio, hipocalemia e alcalose.
3.2 Doenças
inflamatórias do trato respiratório x uso de corticoides
A asma alérgica,
também conhecida como bronquite, é uma doença inflamatória crônica das vias
aéreas, caracterizada por episódios recorrentes de falta de ar, chiado no peito
e tosse.
Estes sintomas estão
associados ao fechamento dos brônquios que ocorre em pessoas geneticamente
predispostas quando expostos a diversos estímulos como ácaros, poeira, mofo,
epitélio de animais e plantas. Esses estímulos, também chamados de alérgenos,
provocam uma inflamação na mucosa dos brônquios. A mucosa fica inflamada,
inchada e começa a produzir catarro constantemente e o agravamento destes
sintomas em alguns momentos causa as crises de chiado no peito, tosse e falta
de ar.
• Crise asmática
A manifestação
dominante é a falta de ar, associada a chiado no peito, de início geralmente
gradual, que aumenta em minutos ou horas, e é acompanhada de ansiedade e tosse
com pouca expectoração viscosa. Uma infecção (ex: resfriado) pode ser fator
desencadeante ou complicador da crise. Geralmente estes sintomas melhoram com o
tratamento a base de nebulização, comprimidos e xaropes. Nos casos mais
importantes pode ser necessário injeção de corticoide e internação hospitalar.
A finalidade do
tratamento deve ser ajudar o asmático a viver como se sua asma não existisse,
realizando o tratamento de suas crises e dos períodos entre crises. A maioria
das pessoas que têm asma alérgica também apresentam sintomas relacionados a
rinite alérgica. Isso ocorre porque o nariz e o pulmão são nomes diferentes
atribuídos a uma mesma estrutura. Por esse
fato, os estudos mais
recentes sobre Asma Alérgica sugerem o tratamento concomitante da rinite
alérgica nesses pacientes (é o que os cientistas chamam de Via Aérea Única). O
nariz é a "porta de entrada" do pulmão e sua função principal é a de
filtrar o ar, impedindo que partículas estranhas atinjam o pulmão. Caso o nariz
não esteja funcionando bem, todas as impurezas presentes no ar chegam
diretamente ao pulmão aumentando o risco da pessoa evoluir com uma crise de
asma. No tratamento das crises são usados medicamentos como bronco dilatadores
(nebulização) e corticoides por um período de aproximadamente uma semana.
Pessoas com crises
frequentes de asma precisam de um tratamento em longo prazo para ajudar a
desinflamar o pulmão. Lembre-se que a mucosa pulmonar do paciente asmático está
sempre inflamada e por algum motivo (ex: exposição aos alérgenos ou resfriados
ou estresse) acaba agravando o quadro, ocorrendo obstrução dos brônquios.
Portanto o paciente só sente a asma nas crises, mas seu pulmão sempre está
inflamado mesmo fora das crises e precisa ser tratado. O tratamento básico é
realizado com corticoides inalatórios. Como os asmáticos diferem imensamente
entre si quanto aos agentes desencadeantes, forma clínica, gravidade e,
principalmente na forma de se relacionar com a sua doença, não é possível
estabelecer um esquema único para o tratamento da asma. Existem vários
medicamentos para tratamentos de doenças inflamatórias.
3.2.1 Budesonida
O exato mecanismo de
ação dos glicocorticosteróides no tratamento da asma não está completamente
elucidado. As ações anti-inflamatórias envolvendo as células T, eosinófilos e
mastócitos, como a inibição da liberação dos mediadores inflamatórios e das
respostas imunes mediadas pela ocitocina, são, provavelmente, importantes. A
potência intrínseca da budesonida, medida como a afinidade pelo receptor de
glicocorticoide, é cerca de 15 vezes maior que a da prednisolona. Um estudo
clínico em asmáticos, comparando budesonida oral e inalada em concentrações
plasmáticas similares demonstrou evidência estatisticamente significativa da
eficácia da budesonida inalada em comparação com placebo, mas não da budesonida
oral. Desse modo, o efeito terapêutico das doses convencionais de budesonida
inalada pode ser amplamente explicado por sua ação direta no trato
respiratório.
A budesonida tem
demonstrado efeitos anti-inflamatório e antianafilático em estudos de
provocação em animais e em pacientes, manifestados pela diminuição da obstrução
brônquica tanto na reação alérgica imediata quanto na tardia.
3.2.2 Beclometasona
O dipropionato de
beclometasona é um corticosteroide com potente atividade anti-inflamatória
local quando administrado por via inalatória, diminuindo os sintomas da asma
brônquica, da rinite alérgica e da rinite vasomotora. Uma melhora significativa
ocorre, geralmente, em poucos dias de uso da medicação, mas pode ser necessário
até uma ou duas semanas de tratamento para que sua ação seja observada. É um
corticosteroide sintético para uso tópico exclusivo, com potente ação
anti-inflamatória, reduzida atividade mineralocorticoide e, em doses
terapêuticas, livre de efeitos sistêmicos. Em testes de vasoconstrição cutânea,
segundo Mackenzie, o dipropionato de beclometasona é 5000 vezes mais potente
que a hidrocortisona, 625 vezes mais potente que o álcool da beclometasona,
cinco vezes mais potente do que o acetonido de fluocinolona e 1,39 vezes mais
potente do que o valerato de betametasona.
Possui uma potente e
prolongada atividade anti-inflamatória sobre o edema induzido por óleo de
cróton, carragenina, formaldeído, albúmen e dextrano e sobre a reação
granulomatosa induzida por um corpo estranho, com eficácia superior a dos
outros corticosteroides. Não possui efeitos timolítico, esplenolítico e
mineralocorticoide e, administrado em doses
terapêuticas, não
inibe o eixo adreno-hipofisário, mesmo após administrações repetidas.
Propriedades
farmacocinéticas
O dipropionato de
beclometasona, administrado topicamente por aplicação nasal, deposita-se
principalmente nas narinas, exercendo atividade tópica local não associada com
efeitos sistêmicos significativos. Após inalação, uma parte da dose
administrada é ingerida e eliminada nas fezes. A fração absorvida na circulação
é metabolizada pelo fígado para monopropionato de beclometasona e álcool de
beclometasona, que são então excretados na forma de metabólitos inativos na
bile e urina.
3.2.3 - Cortisona
A cortisona,
produzida naturalmente pelas glândulas suprarrenais e também artificialmente, é
reconhecida por ter um efeito anti-inflamatório marcante. A cortisona e seus
derivados são os chamados esteroides, as drogas conhecidas com mais efetiva
ação anti-inflamatória. O seu uso pode reduzir substancialmente o inchaço,
ardor, sensibilidade e dor, sintomas associados à inflamação. A dosagem de
esteroides deve ser mantida no nível mais baixo possível, e não deve ser
interrompida abruptamente se estiver sendo usada por mais de quatro semanas.
Após esse período, as glândulas suprarrenais podem sofrer um encolhimento, e
podem não produzir cortisona o bastante se os esteroides sintéticos são
descontinuados de uma única vez. Uma lenta redução na dosagem permite que as
glândulas recuperem sua habilidade de produzir a cortisona natural. Por isso, a
ingestão de prednisona ou de outro esteroide não deve ser interrompida
abruptamente.
3.2.4 - Prednisona
Os esteroides produzidos
pela parte mais externa (córtex) das glândulas suprarrenais são chamados de
"corticosteroides". A prednisona é o corticosteroide sintético mais
usado no tratamento de lúpus. Possui apresentações em comprimidos de 1, 5, 10 e
20 miligramas. Pode ser ministrada, no máximo, até 4 vezes por dia, no mínimo,
uma vez dia sim dia não ou em qualquer dosagem entre esses números. Menos de
10mg por dia é considerado uma dose
baixa; de 11 a 40mg é
uma dose moderada; e de 41 a 100mg por dia é uma dose alta. Os esteroides
também podem ser ministrados por via intravenosa ou injetada diretamente nas
articulações. Ocasionalmente, doses bastante altas podem ser ministradas por um
curto período.
Este tratamento,
conhecido como "pulso terapia", consiste em ministrar por via
intravenosa 1000mg de metil-prednisona diariamente, durante três dias. A
prednisona é uma droga extremamente efetiva e pode ser necessária para
controlar a atividade do lúpus. Embora muitos dos pacientes não precisem do uso
contínuo de esteroides, aqueles que apresentem doença grave ou ativa e os rins
afetados seriamente, podem requerer um tratamento de longo prazo com
esteroides. Normalmente há um alívio imediato da maioria dos sintomas após o
início do tratamento com corticosteroides. Quando há a ocorrência de pleurisia
ou pericardite, doses baixas ou moderadas de esteroides são muito úteis. Os
esteroides sempre podem ser completamente evitados nos casos mais brandos do
lúpus (por exemplo, aqueles que envolvem apenas as juntas e a pele). Além da
prednisona, alguns outros derivados da cortisona incluem a hidrocortisona,
metil-prednisona e dexametasona.
3.2.5 -
Dexametasona
A dexametasona é um
medicamento pertencente à classe dos corticosteroides, que atua no controle da
velocidade de síntese de proteínas. A ação anti-inflamatórias dos
corticosteroides podem resultar dos seus efeitos inibitórios sobre a síntese de
prostaglandinas. Esse efeito também é medido pela síntese de proteínas, visto
que os corticosteroides induzem a síntese de transcortina e macrocortina –
proteínas que inibem a síntese de prostaglandinas através da inibição da
fosfolipase A2. As respostas mediadas por células podem ser inibidas
indiretamente pela inibição da produção de determinadas ocitocinas, incluindo o
fator necrosante tumoral e as interleucinas. Os glicocorticoides exercem
efeitos imunossupressores. Inibem as funções dos linfócitos: as respostas das
células B e das células T a antígenos são suprimidas, com consequente
comprometimento da imunidade tanto humoral como celular. O efeito principal
deste medicamento é a profunda alteração promovida na resposta imune
linfocitária, devido à ação anti-inflamatória e imunossupressora, podendo
prevenir ou suprimir processos inflamatórios de várias naturezas.
Uso terapêutico
É utilizado no tratamento
de condições patológicas como: Isquemia cerebral, prevenção da síndrome da
membrana hialina, tratamento da síndrome da angústia respiratória em adultos
por insuficiência pulmonar pós-traumática, tratamento do choque por
insuficiência adrenocortical e como coadjuvante do choque associado com reações
anafiláticas, tratamento de processos alérgicos e inflamatórios graves.
3.2.6 Efeitos
Colaterais do Uso Prolongado de Corticoides (Esteroides)
Efeitos colaterais
causadas pelo uso prolongado de esteroides incluem catarata, fraqueza muscular,
necrose avascular dos ossos e osteoporose. A necrose vascular dos ossos,
usualmente associada a altas doses de prednisona por um longo período, causa
dores, um esquadrinhamento anormal dos ossos e uma aspecto atípico no raios-X.
Isso ocorre com mais frequência no quadril, mas também pode afetar os ombros,
joelhos e outras juntas. A necrose avascular dos ossos é bastante dolorida e
normalmente requer uma biópsia da medula, estímulos elétricos, ou uma total
substituição cirúrgica das juntas para alívio das dores.
Os esteroides reduzem
a absorção de cálcio através do trato gastrintestinal, o que pode resultar em
osteoporose ou afinação dos ossos. A osteoporose pode levar à fraturas,
especialmente às fraturas de compressão das vértebras, causando fortes dores
nas costas. A ingestão de cálcio e outros medicamentos podem ajudar a prevenir
a osteoporose. Também há uma relação entre os esteroides e a arteriosclerose
prematura, que é um estreitamento dos vasos sanguíneos causados por depósitos
de gordura (colesterol).
EXERCÍCIOS
1) Explique os
fatores que interferem na absorção, distribuição e excreção do fármaco,
de acordo a forma
farmacêutica e via de administração.
2) Explique os
fatores que interferem na difusão das drogas. Por quê?
3) Quais os
processos fisiológicos devem ser considerados para a excreção de um
fármaco? Explique.
4) Em relação a
Farmacocinética, fale sobre ½ vida de eliminação do fármaco e os
fatores que podem
altera-la.
5) Complete a
tabela abaixo, com relação à: marcas comerciais, dosagem, via de administração,
ação farmacológica, reações adversas.
Principio Ativo
|
Marcas
Comerciais
|
Dosagem
|
Via de
Administração
|
Ação
Farmacológica
|
Reações
Adversas
|
Ácido acetil
Salicílico
|
Aspirina, AAS
|
100mg, 500mg
|
V.O.
|
Analgésico
Antitérmico
Anti-
inflamatório
|
Irritação
gástrica
Uso prolongado pode
causar
hemorragias
|
Paracetamol
|
|||||
Dipirona
|
|||||
Ibuprofeno
|
|||||
Diclofenaco Sódico
|
|||||
Celecoxib
|
|||||
Dexametasona
|
|||||
Beclometasona
|
|||||
Prednisona
|
6) Explique o mecanismo
de ação dos AINEs de acordo sua categoria inibidor COX1, COX2?
Qual dessa classe
provocaria menos reações adversas? Por quê?
7) Explique o
mecanismo de ação dos corticoides e cite exemplos de fármacos.
CADERNO DE CASOS
CLÍNICOS:
1) Considerando a
excreção dos fármacos, responda:
A paciente M. R.
Silva de 50 anos, é portadora de uma doença auto imune (Lúpus) e falência
renal, realiza
hemodiálise três vezes por semana, faz uso de anti-hipertensivo, analgésico e
anti-inflamatórios.
Explique a excreção dos fármacos e quais os parâmetros devem ser
considerados para
que essa paciente não apresente reações de toxicidade aos fármacos.
2) Referente a via
de administração e forma farmacêutica, responda:
A paciente J. K.
Silva de 5 anos é portadora de Asma, a criança vem apresentando crises
de falta de ar
consecutivas, apresentando um quadro de cianose, o médico prescreveu um
corticoide para uso
três vezes aos dia.
Qual seria a melhor
via de administração para essa criança? Devemos levar em conta que o
medicamento deve
ter ação rápida, para que a criança saia da crise e permaneça em uma
dose de manutenção,
qual seria a melhor forma farmacêutica? Explique por quê?
3) Referente a
absorção, biotransformação e excreção, responda:
O Paciente J. C.
Santos de 63 anos, é portador de Cirrose hepática (hepatopata), devido a
realização de
exames de sangue, foi constatado Hepatite A, faz uso de anti-hipertensivo,
diurético de alta
potência (Furosemida) e Acido acetilsalicílico prescrito pelo cardiologista, já
que sua família
apresenta histórico de cardiopatias. O paciente faz o uso de AAS, para afinar o
sangue e estimula a
circulação. Levando em consideração o histórico acima, descreva a
absorção,
biotransformação e excreção dos fármacos e quais as reações e efeitos que esse
paciente pode
apresentar. Explique.
ANTIALÉRGICOS OU
ANTI-HISTAMINICOS
Alergia
As reações alérgicas
ocorrem em cerca de 20% da população mundial e tem como origem uma
predisposição genética predeterminada, chamada de predisposição atópica, ou
seja, estas pessoas têm uma tendência a reagir de uma maneira muito mais
intensa, chamada de hiper reação a determinadas substâncias que invadem ou
penetram no organismo e que são estranhas a ele. Estas substâncias podem
penetrar por via oral, respiratória ou injetável e provocam um estímulo do
sistema imunitário que reage fabricando uma imunoglobulina chamada IgE, capaz
de se ligar a substância invasora mas também capaz de se ligar a células do
organismo chamadas de mastócitos ou basófilos. Quando ocorre uma invasão pela
segunda vez a substância pode se ligar a IgE já ligada aos mastócitos ou
basófilos e causar uma reação que fará com que estas células se rompam e
liberem produtos intracelulares nos tecidos ao redor provocando as reações
alérgicas.
Histamina
A histamina é uma das
armas que nosso corpo produz para combater as substâncias estranhas. Quando o
sistema de defesa do corpo detecta substâncias estranhas, uma de suas primeiras
ações é liberar histamina. Ela aumenta a circulação de sangue no local, deixando
a pele vermelha e inchada. Por outro lado, o sangue que aumentou sua circulação
traz mais células de defesa. Isso faz com que as substâncias estranhas sejam
eliminadas mais rapidamente. Logo, a histamina pode ser considerada uma aliada
do corpo.
A histamina é um
neurotransmissor. A histamina é produzida a partir do aminoácido histidina, e
está presente nos mastócitos e basófilos, é liberada de tecidos agredidos e em
interações de antígeno-anticorpo. A histamina é encontrada em numerosos tecidos
animais, venenos de insetos, bactérias e plantas. A sua concentração varia de
acordo com os órgãos e espécies consideradas. No homem é abundante na pele e
baixa no sangue; é armazenada nos grânulos de heparina, dos quais pode ser
liberada através de vários compostos químicos: antígenos, substâncias mais
simples, venenos e toxinas, tripsina e outras enzimas proteolíticas,
detergentes e várias aminas, entre outros.
Farmacologicamente, a
histamina produz efeitos diversos sobre vários órgãos. Por exemplo, causa
vasodilatação dos capilares e, em doses elevadas, pode torná-los permeáveis a
fluidos e proteínas plasmáticas. Ela estimula a contração da musculatura lisa
de diversos órgãos, tais como intestino e brônquios.
Histamina como
neurotransmissor e suas funções
Os neurotransmissores
são liberados no espaço sináptico, e se unem a um neuro-receptor específico no
neurônio seguinte, chamado então, neurônio pos-sináptico. A neurotransmissão
química é de fundamental importância para o mecanismo de diversas patologias e
para a ação de fármacos e é a responsável pela conversão de energia elétrica
para energia química entre um neurônio e outro na sinapse. A neurotransmissão,
então, implica na necessidade de síntese do transmissor, de armazenamento, e de
liberação, e está presente em células sanguíneas e teciduais e desencadeia uma
série de reações periféricas. Os receptores de histamina são responsáveis por
contrações dos músculos, forte ação depressiva, reações alérgicas e secreções
gástricas. Há três tipos de receptores para histamina, H-1, H-2 e H-3. Os
receptores H-3 são pré-sinápticos e mediam a secreção de histamina pela célula.
Receptores H-1 ativam a fosfolipase C e os receptores H-2 atuam aumentando o
nível intracelular de AMP(Adenosina Mono Fosfato).
Neuro-receptor de
Histamina H1
Os receptores H1 participam nas reações alérgicas. Podem afetar a regulação da ativação cerebral e do apetite. Os neurolépticos possuem afinidade pelos receptores cerebrais H1 e a maioria é mais potente que o antagonista H1, difenidramina. Todos os antidepressivos tricíclicos são bloqueadores H1, o que explica seus efeitos sedativos e de aumento de peso. A doxepina é o antidepressivo tricíclico com maior atividade anti-histamínica, e a desipramina e a protriptilina os de menor atividade.
Os receptores H1 participam nas reações alérgicas. Podem afetar a regulação da ativação cerebral e do apetite. Os neurolépticos possuem afinidade pelos receptores cerebrais H1 e a maioria é mais potente que o antagonista H1, difenidramina. Todos os antidepressivos tricíclicos são bloqueadores H1, o que explica seus efeitos sedativos e de aumento de peso. A doxepina é o antidepressivo tricíclico com maior atividade anti-histamínica, e a desipramina e a protriptilina os de menor atividade.
Neuro-receptor de
Histamina H2
Fora do sistema nervoso, os receptores H2 intervêm na secreção ácida gástrica. Alguns antidepressivos tricíclicos, como a doxepina e a imipramina, são bloqueadores H2 e, provavelmente, são tão potentes como a cimetidina no tratamento da úlcera péptica. Também podem exercer seu efeito terapêutico diminuindo o sono com movimentos oculares rápidos (REM), já que esta fase do sono se associa com a produção de ácido gástrico.
Fora do sistema nervoso, os receptores H2 intervêm na secreção ácida gástrica. Alguns antidepressivos tricíclicos, como a doxepina e a imipramina, são bloqueadores H2 e, provavelmente, são tão potentes como a cimetidina no tratamento da úlcera péptica. Também podem exercer seu efeito terapêutico diminuindo o sono com movimentos oculares rápidos (REM), já que esta fase do sono se associa com a produção de ácido gástrico.
Neuro-receptor de
Histamina H3
Tipo de receptor histamínico que afeta a síntese e liberação pré-sinápticas de histamina e de outros neurotransmissores.
Tipo de receptor histamínico que afeta a síntese e liberação pré-sinápticas de histamina e de outros neurotransmissores.
Fármacos
Antihistaminicos
Inibidor do receptor
H1
Eficazes no tratamento de respostas alérgicas e inflamatórias, mediadas pela histamina, como rinite, urticária e alergia a alimentos.
Eficazes no tratamento de respostas alérgicas e inflamatórias, mediadas pela histamina, como rinite, urticária e alergia a alimentos.
Usados no tratamento
de respostas alérgicas em que histamina é liberada em virtude da ativação
celular por processos de hipersensibilidade.
Processo de
Hipersensibilidade

Dexclorfeniramina
Dexclorfeniramina é Anti-histamínico H 1. Derivado da propilamina, bloqueador competitivo dos receptores H 1, antagoniza os efeitos provocados pela histamina.
Indicado para rinite
alérgica constante ou estacionária, rinite vasomotora, conjuntivite alérgica,
prurido associado com reações alérgicas, espirros e rinorréia associados com o
resfriado comum e urticária (por transfusão). Coadjuvante no tratamento das
reações anafiláticas e anafilatóides.
Fexofenadina
A fexofenadina é um anti-histamínico. Antialérgico. Anti-histamínico com atividade antagonista periférica seletiva dos receptores histaminérgicos H 1. Indicado para patologias alérgicas em geral, rinite alérgica sazonal, urticária, pruridos em geral, conjuntivite alérgica.
A fexofenadina é um anti-histamínico. Antialérgico. Anti-histamínico com atividade antagonista periférica seletiva dos receptores histaminérgicos H 1. Indicado para patologias alérgicas em geral, rinite alérgica sazonal, urticária, pruridos em geral, conjuntivite alérgica.
Loratadina
A loratadina é um anti-histamínico tricíclico potente, de ação prolongada, com atividade seletiva e antagônica nos receptores H1 periféricos. É rapidamente absorvido no tubo digestivo, após a ingestão oral. As concentrações plasmáticas máximas são atingidas em 1 hora e sua meia-vida é de 17 a 24 horas. A loratadina é metabolizada no fígado, de forma intensa, em descarboetoxiloratadina, que é o metabólito ativo. Sua ligação a proteínas plasmáticas é de 97 a 99, e a do metabólito ativo de 73 a 76.
A loratadina é um anti-histamínico tricíclico potente, de ação prolongada, com atividade seletiva e antagônica nos receptores H1 periféricos. É rapidamente absorvido no tubo digestivo, após a ingestão oral. As concentrações plasmáticas máximas são atingidas em 1 hora e sua meia-vida é de 17 a 24 horas. A loratadina é metabolizada no fígado, de forma intensa, em descarboetoxiloratadina, que é o metabólito ativo. Sua ligação a proteínas plasmáticas é de 97 a 99, e a do metabólito ativo de 73 a 76.
Hidroxizine
O hidroxizine é um anti-histamínico bloqueador H 1. Pertence ao grupo das piperazinas dentro dos anti-histamínico anti H 1. Indicado no tratamento de pruridos provocados por estados alérgicos, tais como urticária, dermatite atópica e de contato; tratamento do dermografismo.
O hidroxizine é um anti-histamínico bloqueador H 1. Pertence ao grupo das piperazinas dentro dos anti-histamínico anti H 1. Indicado no tratamento de pruridos provocados por estados alérgicos, tais como urticária, dermatite atópica e de contato; tratamento do dermografismo.
Prometazina
A prometazina é classificada como anti-histamínico, antiemético, antivertiginoso, hipnótico, sedativo. Derivado etilamina da fenotiazina. Indicado para processos alérgicos como rinite alérgica sazonal ou perene, rinite vasomotora e conjuntivite alérgica por inalação de alérgenos ou por alimentos. Prurido, urticária e angioedema. Reações anafiláticas. Náuseas e vômitos associados com certos tipos de anestesia e cirurgia. Sedação pré-operatória e pós-operatória.
A prometazina é classificada como anti-histamínico, antiemético, antivertiginoso, hipnótico, sedativo. Derivado etilamina da fenotiazina. Indicado para processos alérgicos como rinite alérgica sazonal ou perene, rinite vasomotora e conjuntivite alérgica por inalação de alérgenos ou por alimentos. Prurido, urticária e angioedema. Reações anafiláticas. Náuseas e vômitos associados com certos tipos de anestesia e cirurgia. Sedação pré-operatória e pós-operatória.
MEDICAMENTOS QUE
ATUAM NO SISTEMA RESPIRATÓRIO.
A respiração é um
processo natural e imprescindível para a vida. Transtornos respiratórios podem
ter origem emocional, causadas por infecções, fatores externos como poluição,
fumo. Existem diversas patologias associada ao sistema respiratório, tais como:
pneumonia, asma, bronquite, enfisema pulmonar e insuficiência respiratória.
Normalmente essas patologias estão associadas ao aparecimento de sinais e
sintomas como tosse, com ou sem secreção, falta de ar, etc.
Pneumonia
A pneumonia é a
inflamação dos pulmões, mas especificamente dos alvéolos, local onde ocorrem as
trocas gasosas, devido à infecção causada por bactérias, vírus, fungos e outros
agentes infecciosos ou por substâncias químicas. Na pneumonia os alvéolos se
enchem de pus, muco e outros líquidos, o que impede o seu funcionamento adequado.
O oxigênio pode não alcançar o sangue, e se o teor de oxigênio no sangue é
insuficiente, as células do corpo não funcionam adequadamente. Por esse motivo,
e pelo risco da infecção se espalhar pelo corpo, a pneumonia é uma doença grave
e que pode ser fatal. É importante lembrar que em circunstâncias normais as
vias respiratórias possuem mecanismos eficazes de proteção, contra infecções
causadas por microorganismos. O primeiro deles ocorrem pela narina, mecanismo
pelo qual ao passar o ar é filtrado antes de chegar aos pulmões. Outro
mecanismo são os espirros, pigarro, tosse que expulsam as partículas invasoras,
bloqueando um meio de adquirir pneumonia. Para o tratamento medicamentoso das
patologias das vias áreas respiratórias estão associadas vários grupos
farmacológicos como coadjuvantes no tratamento: mucoliticos, expectorantes,
broncodilatadores, antitussígenos.
Enfisema Pulmonar
O Enfisema Pulmonar é
uma doença progressiva das vias respiratórias na qual milhões de minúsculos
alvéolos pulmonares (pequenos saquinhos de ar que juntos formam o corpo do
pulmão) tornam-se disformes e se rompem. Como estes alvéolos, frágeis,
danificados e finos, tornam-se destruídos, os pulmões perdem sua elasticidade
natural e não conseguem esvaziar-se. Com a progressão da doença, os pulmões
também perdem sua capacidade de absorver oxigênio e liberar gás carbônico.
Respirar torna-se fisicamente mais difícil e a pessoa sente falta de ar
facilmente, como se ela não estivesse absorvendo ar suficiente.
A doença normalmente
progride lentamente, e quase não podem ser notadas mudanças na respiração.
Outros sintomas causados por enfisema incluem:
• Respiração ofegante, tosse ou expectoração com muco (se bronquite crônica também está presente);
• Sensação de pressão no tórax;
• Fadiga constante;
• Dificuldade para dormir;
• Dores de cabeça matutinas;
• Perda de peso;
• Inchaço nos tornozelos;
• Letargia ou dificuldade de se concentrar.
• Respiração ofegante, tosse ou expectoração com muco (se bronquite crônica também está presente);
• Sensação de pressão no tórax;
• Fadiga constante;
• Dificuldade para dormir;
• Dores de cabeça matutinas;
• Perda de peso;
• Inchaço nos tornozelos;
• Letargia ou dificuldade de se concentrar.
Expectorantes,
Mucoliticos e Antitussígenos
Os expectorantes são
medicamentos que agem facilitando a eliminação das secreções do trato
respiratório. Exemplo: Cloridrato de ambroxol.
Os mucoliticos agem
quebrando as secreções viscosas, são conhecidos como fluidificantes de
secreções nos brônquios e pulmões, auxiliando na eliminação das mesmas.
Exemplo:
N-acetilcisteina, carbocisteina.
Os antitussígenos são
medicamentos utilizados para a sedação da tosse irritante (sintomáticas nos
casos de enfisema pulmonar, câncer de pulmão) Não são indicados quando a tosse
é produtiva (pneumonias e gripes) porque prejudicam a eliminação das secreções
do trato respiratório. Exemplos: Codeína, clobutinol e dextrometorfano.
Mucoliticos
N-acetilcisteina
É um agente mucolitico que fluidifica as secreções da mucosas e mucopurulentas das vias respiratórias pelo mecanismo de lise química. Age provocando a quebra das pontes de sulfeto das cadeias mucoproteicas, diminuindo a viscosidade da secreção, evitando que essa secreção grude na parede dos brônquios, pois quanto mais espessa mais compactada na parede dos brônquios. É um auxiliar na proteção dos macrófagos e neutrófilos prevenindo os efeitos inibitórios do cigarro e da poluição ambiental. É incompatível com uso de antitussígeno já que possui efeitos antagônicos. É utilizado para bronquites na fase aguda, asma, enfisema, pneumonia, DPOC, abscessos pulmonares, renites e sinusites com secreção purulenta.
É um agente mucolitico que fluidifica as secreções da mucosas e mucopurulentas das vias respiratórias pelo mecanismo de lise química. Age provocando a quebra das pontes de sulfeto das cadeias mucoproteicas, diminuindo a viscosidade da secreção, evitando que essa secreção grude na parede dos brônquios, pois quanto mais espessa mais compactada na parede dos brônquios. É um auxiliar na proteção dos macrófagos e neutrófilos prevenindo os efeitos inibitórios do cigarro e da poluição ambiental. É incompatível com uso de antitussígeno já que possui efeitos antagônicos. É utilizado para bronquites na fase aguda, asma, enfisema, pneumonia, DPOC, abscessos pulmonares, renites e sinusites com secreção purulenta.
Expectorantes
Cloridrato de
Ambroxol
O cloridrato de ambroxol apresenta ação mucolítica e expectorante. O início da ação
dos xaropes ocorre entre 0,5 a 3 horas após a administração, enquanto que na solução, administrada via nasal, o início da ação ocorre imediatamente após a administração. É utilizado processos agudos e crônicos das vias respiratórias que tenha a terapêutica secretolitica, expectorante para:
• bronquites, bronquiectasias;
• pneumopatias inflamatórias, enfisemas;
• otites, sinusites;
• sintomas gripais e pneumoconiose.
• Profilaxia de complicações pulmonares no pré e pós-operatório, especialmente em cirurgia geriátrica e, sobretudo em UTI.
O cloridrato de ambroxol apresenta ação mucolítica e expectorante. O início da ação
dos xaropes ocorre entre 0,5 a 3 horas após a administração, enquanto que na solução, administrada via nasal, o início da ação ocorre imediatamente após a administração. É utilizado processos agudos e crônicos das vias respiratórias que tenha a terapêutica secretolitica, expectorante para:
• bronquites, bronquiectasias;
• pneumopatias inflamatórias, enfisemas;
• otites, sinusites;
• sintomas gripais e pneumoconiose.
• Profilaxia de complicações pulmonares no pré e pós-operatório, especialmente em cirurgia geriátrica e, sobretudo em UTI.
Antitussígenos
A tosse é um reflexo
extremamente útil, que permite limpar o trato respiratório (laringe, traqueia e
brônquios) de substâncias estranhas ou irritantes. Contudo em algumas condições
especificas a tosse é um sintoma incômodo e doloroso, que é mais prejudicial que
benéfico. É nessas situações que podem ser utilizados os antitussígenos. Eles
nunca devem ser usados em casos de expectoração útil, como na expulsão do pús
causado pelas infecções bacterianas do pulmão ou bronquios, ou na asma.
Codeína
A codeína é um fármaco
alcalóide do grupo dos opióides, que é usado no tratamento da tosse. O efeito
antitussígeno é devido à depressão do centro nervoso cerebral de controle da
tosse. O efeito analgésico é por mimetismo nos receptores opióides da ação das
endorfinas endógenas de controlo da dor. O efeito obstipante é devido à ação
nos receptores opióides nos neurônios.
Dropropizina
A dropropizina atua
diminuindo o número de acessos de tosse logo nas primeiras administrações, é
rapidamente absorvida no trato gastrintestinal sua ação é de 15 a 30 minutos
após administração. É indicado para o tratamento da tosse irritante relacionada
às condições respiratória do paciente.
Broncodilatadores
Os broncodilatadores
causam o relaxamento da musculatura lisa brônquica facilitando a broncodilatação.
A musculatura lisa bronquial contém tanto receptores muscarinicos quanto
beta-adrenérgicos, o que possibilita o mecanismo de ação dos fármacos que agem
nos dois receptores.
Salbutamol – agonista seletivo
de Beta 2 – são drogas que agem na musculatura dos pulmões provocando
broncodilatação, quando administrados por via intravenosa perdem a
seletividade, agindo também no músculo cardíaco. Pacientes que fazem uso desse
medicamento, principalmente intravenoso devem ser monitorados, pois podem apresentar
taquicardia, palpitações e aumento da pressão arterial.
Teofilina – é uma
metilxantina, também broncodilatador potente, age inibindo a enzima
fosfodiesterase, produzindo efeito não seletivo nos receptores beta. É uma
droga de segunda linha. A aminofilina é derivada da teofilina-etilenodiamina.
Brometo de Ipratrópio – é uma droga
antimuscarinica e não causa espessamento das secreções brônquicas, bloqueia os
receptores muscarinicos causando um tônus simpático sem oposição na musculatura
brônquica lisa, indiretamente provocando broncodilatação, classificado como um
broncodilatador passivo e geralmente utilizado em Doença Pulmonar Obstrutivo
Crônico (DPOC).
Para pacientes com
enfisema pulmonar, asma e pneumonia podem ser associadas na terapêutica um
mucoliticos com brondilatador e corticóide, já que os corticóides são
antiinflamatórios e antialérgicos. A associação irá depender de fatores
como:
• grau da doença;
• período de crise;
• Intensidade e tempo de tratamento.
• grau da doença;
• período de crise;
• Intensidade e tempo de tratamento.
Descongestionantes
Nasais
São grupos de
medicamentos que promovem a desobstrução nasal causada por gripes, resfriados e
alergias, com o objetivo de diminuir o desconforto e facilitar a respiração do
individuo. Os descongestionantes geralmente são adotados como terapêutica para
pacientes portadores de rinite aguda, infecções das vias aéreas superiores. Os
descongestionantes estimulam o sistema nervoso simpático a reduzir o edema no
aparelho respiratório. Eles fazem isso ao estimularem os receptores
alfa-adrenérgicos nos vasos sanguíneos do organismo. É importante lembrar que
os descongestionantes possui afinidade pelos receptores alfa-adrenérgicos 1 e 2
e beta-adrenérgicos, variando de acordo ao principio ativo do fármaco.
Portanto, o cuidado deve ser redobrado, pois, não possuímos somente na mucosa
nasal esses receptores, temos também na parte vasomotora e cardíaca, e em uso
constante o individuo pode passar apresentar sinais e sintomas de pacientes
cardiopatas ou até mesmo desenvolver patologias que estão associadas ao uso
constante de descongestionantes nasais. Uma das principais limitações da
terapia com descongestionantes consiste na perda da eficácia, verificando quase
sempre a ocorrência de hiperemia de “rebote” e agravamento dos sintomas com uso
crônico do medicamento. Isso ocorre devido a dessensibilização dos receptores
ou a lesão da mucosa nasal. Os fármacos que atuam nos receptores
alfa-adrenérgicos, possuem menor probabilidade de lesionar a mucosa.
Efedrina
A efedrina é agonista
alfa e beta adrenérgico, pode ser obtida na forma de sulfato e cloridrato de
efedrina, age também nos brônquios fazendo broncodilatação, age na parede da
mucosa desobstruindo e facilitando a respiração.
A efedrina é
eliminada de forma inalterada, possui uma meia vida de 3 a 6 horas para ser
excretada por completo. Por ser um estimulante do sistema nervoso central,
deve-se ter muito cuidado na sua administração e tempo de tratamento, pois o
uso prolongado pode provocar arritmias, hipertensão arterial e insônia (devido
a estimulação do SNC). Os descongestionantes via oral mostram-se mais úteis e
mais seletivos, entretanto tendem a serem mais utilizados pelos pacientes,
resultando muitas vezes em “congestão rebote”, podendo apresentar maior risco
de induzir os efeitos adversos.
Fenilefrina
A fenilefrina, um
derivado da adrenalina, é um agonista alfa-adrenérgico que em maiores
concentrações, ativa também os receptores beta-adrenérgicos. Promove
vasoconstrição, facilitando a liberação do muco e aliviando a respiração. Pode
ser utilizado também para fins oftalmológicos como midriático. Assim como a
efedrina, pode agir em todos os outros órgãos que possuem o mesmo receptor,
facilitando a probabilidade de apresentar efeitos adversos ou desenvolver
cardiopatias e hipertensão arterial. Os descongestinantes podem ser encontrados
para aplicação tópica, como: Aturgyl® – (fenoxalamina), Afrin® – Oximetazolina,
ou uso oral - Naldecon® fenilpropanolamina, Coristina D® - associações,
Resfenol® associações, quando associados a outros princípios ativos encontrados
em antigripais comercializados como OTC.
MEDICAMENTOS
ANTIMICROBIANOS OU ANTIBIÓTICOS
Os antimicrobianos
são drogas que têm a capacidade de inibir o crescimento de microorganismos,
indicadas, portanto, apenas para o tratamento de infecções microbianas
sensíveis. Dois importantes conceitos devem ser lembrados ao se considerar o
uso dos antimicrobianos:
• Espectro de ação: é o percentual de espécies sensíveis (número de espécies/ isolados sensíveis);
• Potência ou concentração inibitória mínima (MIC, MIC50, MIC90): é a concentração de antimicrobiano necessária para inibir o crescimento bacteriano, de forma que quanto menor o MIC, maior a potência e, quanto maior a potência, maior a dificuldade da bactéria em desenvolver resistência.
• Espectro de ação: é o percentual de espécies sensíveis (número de espécies/ isolados sensíveis);
• Potência ou concentração inibitória mínima (MIC, MIC50, MIC90): é a concentração de antimicrobiano necessária para inibir o crescimento bacteriano, de forma que quanto menor o MIC, maior a potência e, quanto maior a potência, maior a dificuldade da bactéria em desenvolver resistência.
Estes conceitos devem
ser sempre considerados na prática clínica diária. Quando se conhece a
etiologia da doença, devem-se prescrever sempre drogas de menor espectro e
maior potência. A meningococcemia, por exemplo, é uma infecção muito grave,
entretanto, não há necessidade de ampliar o espectro antimicrobiano, mas
intensificar sua potência, utilizando a penicilina G cristalina por via
parenteral e em doses altas. Nos casos de septicemia grave, sem definição
etiológica, por outro lado, deve-se ampliar o espectro, procurando atingir os
microorganismos mais prováveis.
Os antimicrobianos
podem ser classificados de várias maneiras, considerando seu espectro de ação,
o tipo de atividade antimicrobiana, o grupo químico ao qual pertencem e o
mecanismo de ação.
Classificação dos
Antimicrobianos
VARIÁVEL
|
CLASSIFICAÇÃO
|
EXEMPLOS
|
ESPECTRO DE AÇÃO
|
Antifúngicos
|
Anfotericina B
|
Anaerobicidas
|
Metronidazol
|
|
Gram-positivos
|
Oxacilina
|
|
Gram-negativos
|
Aminoglicosídeo
|
|
Amplo espectro
|
Ceftriaxona
|
|
ATIVIDADE
ANTIBACTERIANA
|
Bactericida
|
Quinolona
|
Bacteriostático
|
Macrolídeo
|
|
GRUPO QUÍMICO
|
Aminoácidos
|
Betalactâmico
|
Açúcares
|
Aminoglicosídeo
|
|
Acetatos/propionatos
|
Tetraciclina
|
|
Quimioterápicos
|
Sulfa
|
|
MECANISMO DE AÇÃO
|
Síntese da parede
celular
|
Beta-lactâmico
|
Permeabilidade de
membrana
|
Anfotericina B
|
|
Síntese protéica
|
Aminoglicosídeo
|
|
Ácidos nucléicos
|
Quinolona
|
O uso de
antimicrobianos exerce sempre um efeito de pressão seletiva sobre os
microorganismos envolvidos, de modo a causar dois efeitos possíveis:
• Eliminação dos patógenos sensíveis e recolonização por cepas resistentes, não formando vazio ecológico;
• Indução de resistência nos patógenos envolvidos e remanescentes.
• Eliminação dos patógenos sensíveis e recolonização por cepas resistentes, não formando vazio ecológico;
• Indução de resistência nos patógenos envolvidos e remanescentes.
Princípios da
Terapia Antimicrobiana
A indicação de um
antimicrobiano está condicionada ao diagnóstico de uma infecção cuja etiologia
seja sensível aos antimicrobianos. Infecções virais, por exemplo, não respondem
ao tratamento com antimicrobianos. Febre não é sinônimo de infecção: doenças
não-infecciosas como linfoma e colagenoses podem manifestar febre sem a
presença de uma infecção. Anamnese e exame físico detalhados são usualmente
suficientes para o diagnóstico clínico de um processo infeccioso.
Identificação de
possíveis portas de entrada
FOCO PRIMÁRIO
|
ETIOLOGIA MAIS
FREQUENTE
|
Ouvido e seios da
face
|
Pneumococo,
Haemophilus, S. aureus, Moraxella catharralis
|
Foliculite,
celulite, abscesso muscular
|
S. aureus
|
Endocardite
infecciosa
|
Streptococcus
viridans, enterococo
|
Endocardite em
toxicômano
|
S. Aureus, S.
Epidermidis
|
Trato genital
feminino
|
Streptococcus sp. ,
anaeróbios (Bacterioides), enterobactérias
|
Presença de
próteses e cateteres vasculares
|
S. aureus, S.
epidermidis
|
Gangrena gasosa
|
Clostridium sp.
|
Grandes queimaduras
|
S. aureus,
Pseudomonas sp., E. coli
|
Vias biliares e
trato gastrintestinal
|
Enterobactérias,
anaeróbios
|
Perfuração de alça
intestinal
|
Enterobactérias,
Pseudomonas sp., anaeróbios
|
Trato urinário
|
E. coli,
enterobactérias
|
Necrose e úlceras
em diabéticos
|
Anaeróbios, S.
aureus, Streptococcus sp., enterobactérias
|
Neutropênico febril
|
S. aureus, S.
epidermidis, enterobactérias, Pseudomonas sp.
|
Coleta de Material
Biológico para Cultura
Coletar os materiais
biológicos (sangue, urina, fezes, secreções, escarro, líquido ascítico/pleural,
líquor), de acordo com o diagnóstico clínico de cada caso, para tentar isolar
os germes envolvidos no processo infeccioso e verificar sua sensibilidade,
principalmente nos casos sem definição diagnóstica.
Escolha Empírica
dos antimicrobiano
Como no primeiro
atendimento usualmente não se conhece, com certeza, a etiologia, a escolha do
antimicrobiano deve procurar responder sempre as seguintes questões:
• Trata-se realmente de uma infecção?
• É uma infecção comunitária ou hospitalar?
• Qual o foco?
• Qual a faixa etária do paciente?
• Trata-se realmente de uma infecção?
• É uma infecção comunitária ou hospitalar?
• Qual o foco?
• Qual a faixa etária do paciente?
• Quais as condições
predisponentes?
• Qual a gravidade da infecção?
• Como estão as funções hepática e renal?
• Em paciente do sexo feminino, verificar gravidez.
• Qual a gravidade da infecção?
• Como estão as funções hepática e renal?
• Em paciente do sexo feminino, verificar gravidez.
Avaliação clinica
da evolução do quadro infeccioso.
A boa escolha da
terapia resulta na melhora do quadro clínico. A avaliação deve procurar
observar a evolução da intensidade dos sinais e sintomas e o aparecimento de
novos focos. Ajuste da terapia de acordo com a cultura e antibiograma. Lembrar
que o antibiograma é um exame in vitro.
Posologia.
As doses devem ser
adequadas de acordo com a gravidade do caso. Casos mais leves devem ser
medicados com doses mais baixas e por via oral. Os casos mais graves devem ser
tratados com doses mais elevadas e por via intravenosa. Em presença de
hipotensão ou hipoperfusão tecidual, não fazer administração intramuscular.
Situações especiais.
São situações em que
a prescrição dos antimicrobianos deve ser adaptada às condições do paciente,
como na insuficiência renal, insuficiência hepática, interação com outras
drogas, gestação, lactação, recém-nascidos ou idosos.
Fatores de Risco de Nefrotoxicidade
dos Aminoglicosídeos
AUMENTAM O RISCO
|
DIMINUEM O RISCO
|
Relacionados ao
paciente:
Idade avançada, nefropatia, depleção de volume, hipotensão arterial, disfunção hepática |
Relacionados ao
paciente:
Jovens, função renal e hepática normais, normovolêmicos |
Relacionados à
droga:
Uso recente de aminoglicosídeos, doses elevadas, tratamento prolongado, intervalos curtos |
Relacionados à
droga:
Sem uso recente de aminoglicosídeos, doses normais ou ajustadas, tratamento curto, dose única diária |
Outras drogas
concomitantes:
Vancomicina, Anfotericina B, Furosemida, Clindamicina |
Outras drogas
concomitantes:
Associação com Beta-lactâmicos |
Critérios para
Associação de Antibióticos
Em situações
especiais, torna-se necessária a associação de dois ou mais antimicrobianos a
fim de se obter ação sinérgica entre os mesmos, ampliação do espectro de ação
ou ainda melhor proteção de pacientes com imunodepressão. As drogas a serem
associadas devem ter, preferencialmente, as seguintes características: ação
bactericida, mecanismo de ação diferente, espectro específico e menor custo.
EXERCÍCIOS
1) Explique a
importância da Histamina no organismo?
2) Explique o
mecanismo de ação dos antialérgicos, por categoria inibidor de H1, H2 e H3?
3) Existem três
classes de Fármacos que atuam no sistema respiratório, tratamento coadjuvante
no tratamento de Pneumonia, Efisema pulmonar, explique o mecanismo de ação dos:
Mucoliticos, Expectorantes, Antitussígenos.
4) Descreva sobre o
uso de Broncodilatadores, efeitos benéficos x maléficos.
5) Em relação aos
Antimicrobianos, descreva os dois fatores importantes para a escolha do
antimicrobiano correto.
CASOS CLÍNICOS
1) A paciente M.S,
60 anos foi ao pronto socorro com tosse (secretiva),falta de ar e dispnéica,
foi constado que a paciente é portadora de Asma. Explique por que o médico
prescreveu um broncodilatador e um xarope mucolitico?
2) A paciente R.S,
19 anos, faz uso constante de descongestionante, (EFEDRINA) ao apresentar uma
crise de rinite foi ao pronto socorro, com dificuldade de respirar pela narina,
o médico suspendeu o uso do descongestionante, devido ao estado da mucosa da
narina, e prescreveu inalação apenas com SF 0,9%, optando por um
descongestionante via oral. Explique o porquê da suspensão do descongestionante
via nasal? Descreva as principais reações adversas.
3) A paciente C.M,
23 anos, foi ao pronto socorro, com dores nas costas e dificuldades para
respirar, através do exame por imagem foi constatado pneumonia grave, a
paciente é fumante. Explique qual a forma mais adequada para entrar com a
terapêutica? Por que? Qual a interferência do cigarro na terapêutica?
MEDICAMENTOS ANTIVIRAIS
Vírus
As principais viroses
que atingem o aparelho respiratório na terceira idade são o resfriado comum, a
gripe e as pneumonias. O resfriado não é uma infecção viral. Ao contrário da
Gripe, não provoca sintomas generalizados como: dores musculares e mal estar. A
gripe por sua vez é uma infecção provocada por vírus que se caracteriza por
inflamação nasal com coriza, tosse, febre, dores musculares e mal estar geral.
Provoca uma queda de imunidade. A infecção por herpes também ocorre desde um
processo benigno circunscrito à pele até uma encefalite. A infecção herpética
tem como característica fundamental atingir o nervo. Existem três tipos de
vírus herpéticos sendo que o que atinge mais frequentemente o idoso é o Herpes
Zoster. O Herpes Zoster produz uma infecção muito frequente na terceira idade.
Atinge o nervo e a pele, provocando inicialmente lesões cutâneas (pequenas
vesículas e vermelhidão) e depois dores intensas. Em geral localiza-se no
tórax, mas pode ocorrer na face, no olho e no ouvido. Raramente pode complicar
acometendo o sistema nervoso central na forma de encefalite.
Terapêutica
Antiretrovirais ou Antivirais
A terapêutica
antiretroviral é um tratamento com fármacos que atacam o próprio HIV. Estes
fármacos interferem com os caminhos que o vírus toma para se reproduzir dentro
da célula humana. Embora os medicamentos anti-HIV não consigam destruir
completamente o vírus, podem reduzir a hipótese de que as células infectadas
produzam novas partículas virais que podem assim re-infectar novas células. Os
medicamentos antiretrovirais usados corretamente pertencem a duas
categorias:
• Inibidores da transcriptase reversa;
• Inibidores das proteases.
• Inibidores da transcriptase reversa;
• Inibidores das proteases.
Os medicamentos
antiretrovirais são mais eficazes quando tomados numa combinação de três ou
mais ao mesmo tempo. Chama-se a esta combinação terapêutica HAART (Highly
Active Antiretroviral Therapy) (Terapêutica Antiretroviral Altamente Activa).
Não é claro porque é que a combinação de três fármacos é mais ativa. Também não
é claro qual é o melhor momento para iniciar a terapêutica antiretroviral,
contudo as orientações da British HIV Association’s recomendam começar o
tratamento se você estiver doente por causa do HIV ou se a contagem dos seus
CD4 for inferior a 200. Se estiver assintomático e tiver um valor mais elevado
de CD4 (200-350), a decisão de iniciar o tratamento é orientada pela rapidez
com que os seus CD4 baixam e a sua carga viral aumenta.
As combinações de
HAART em geral incluem dois medicamentos de uma classe de fármacos anti-HIV
chamados análogos nucleosídeos e um outro medicamento de outra classe
inibidores não nucleosídeos transcriptase reversa (NNRTI’s) ou inibidores das
proteases (IP’s).
Inibidores da
transcriptase reversa
Uma vez que o HIV
tenha penetrado e invadido a célula humana ele usa uma substância chamada
transcriptase reversa para converter o seu código genético na mesma forma que o
código genético das células humanas (ADN). Este DNA viral reproduz-se então com
o DNA humano convertendo a célula numa unidade de construção de vírus. Há três
classes de antiretrovirais que têm por alvo a transcriptase reversa. Os
análogos nucleosídeos, que incluem o AZT (zidovudina, Retrovir),
ddI (didanosina, Videx), 3TC (lamivudina, Epivir), d4T
(estavudina, Zerit), abacavir (Ziagen) e ddc
(zalcitabina, Hivid). O AZT e o 3TC são também usados num
comprimido único chamado Combivir e o AZT, o 3TC e o abacavir
numa simples dose de um comprimido combinado chamado Trizivir. Os
análogos não nucleosídeos Efavirenze (Sustiva) e nevirapina (Viramune).
A Delavirdina (Rescriptor) está também disponível para certos doentes. A
terceira classe de fármacos que atacam a transcriptase reversa são os análogos
nucleotídeos. O Tenofovir (Viread) é o único fármaco desta classe usado
para prescrição e pode ser usado em primeira linha de tratamento ou como
segunda ou mais opções terapêuticas.
Inibidores das
proteases
A Protease é um
enzima diferente do HIV. Depois do HIV ter com sucesso unido o seu DNA ao DNA
da célula humana, a célula produz um cordão de proteínas. A protease corta esta
proteína em pequenas moléculas de proteínas que podem ser usadas para construir
novas partículas. Bloqueando a protease, os inibidores podem ajudar a impedir
que uma célula infectada produza novas partículas virais infectantes. Os
inibidores atualmente disponíveis são o indinavir (Crixivan), o
ritonavir (Norvir), o nelfinavir (Viracept), o saquinavir (que
está disponível em duas formulações, Invirase e Fortovase),
o lopinavir/ ritonavir (Kaletra). O Amprenavir (Agenerase) é um inibidor
das proteases que só deve ser prescrito para pessoas após uma segunda ou
terceira opção.
O Atazanavir e o
tipranavir são inibidores das proteases ainda numa fase experimental de
utilização em ensaios clínicos.
Efeitos secundários
Como todos os medicamentos antiretrovirais, podem causar efeitos secundários. Fármacos diferentes produzem efeitos diferentes. Peça ao seu médico ou farmacêutico para lhe explicar quais os efeitos secundários que pode esperar desde os mais simples e passageiros aos mais complicados e que obriguem a uma nova reavaliação médica.
Como todos os medicamentos antiretrovirais, podem causar efeitos secundários. Fármacos diferentes produzem efeitos diferentes. Peça ao seu médico ou farmacêutico para lhe explicar quais os efeitos secundários que pode esperar desde os mais simples e passageiros aos mais complicados e que obriguem a uma nova reavaliação médica.
Resistências
As resistências podem desenvolver-se se o HIV continua a reproduzir-se mesmo tomando os antiretrovirais, mas podem ser atrasadas, talvez indefinidamente, se tomar fármacos em combinações potentes que suprimam a carga viral para níveis muito baixos. O HIV que seja resistente a alguns medicamentos é provável que seja susceptível a outros. Contudo, se você se tornar resistente a uma classe de medicamentos pode ser que o vírus seja resistente a outros medicamentos similares e podem assim ficar limitadas outras opções futuras de terapêutica. O risco de desenvolvimento de resistência aumenta se você não tomar os antiretrovirais regularmente, na altura certa e na dose certa, seguindo as restrições com os alimentos e se não tiver um suporte que possibilite que tome a medicação durante bastante tempo. Cumprindo com o seu regime terapêutico desta maneira é ser aderente ao tratamento e será objeto de outro folheto sobre Aderência. Por este motivo é particularmente importante só começar o tratamento antiretroviral se estiver firmemente convicto que lhe dará continuidade e que terá condições para fazê-lo durante muito tempo.
As resistências podem desenvolver-se se o HIV continua a reproduzir-se mesmo tomando os antiretrovirais, mas podem ser atrasadas, talvez indefinidamente, se tomar fármacos em combinações potentes que suprimam a carga viral para níveis muito baixos. O HIV que seja resistente a alguns medicamentos é provável que seja susceptível a outros. Contudo, se você se tornar resistente a uma classe de medicamentos pode ser que o vírus seja resistente a outros medicamentos similares e podem assim ficar limitadas outras opções futuras de terapêutica. O risco de desenvolvimento de resistência aumenta se você não tomar os antiretrovirais regularmente, na altura certa e na dose certa, seguindo as restrições com os alimentos e se não tiver um suporte que possibilite que tome a medicação durante bastante tempo. Cumprindo com o seu regime terapêutico desta maneira é ser aderente ao tratamento e será objeto de outro folheto sobre Aderência. Por este motivo é particularmente importante só começar o tratamento antiretroviral se estiver firmemente convicto que lhe dará continuidade e que terá condições para fazê-lo durante muito tempo.
MEDICAMENTOS
ANTIPARASITÁRIOS E ANTIFUNGICOS
Fungos
Os fungos constituem
um grupo de organismos que se caracterizam por apresentar uma mistura de
características de plantas e também de animais inferiores não estando
relacionados com nenhum dos dois. Produzem no homem as micoses. Algumas doenças
pulmonares raras são provocadas por fungos (como a Blastomicose e a
Histoplasmose) e o diagnóstico é feito por testes realizados na pele e no
sangue. Vários tipos de micose comprometem somente a pele. A micose também
surge nas situações em que há diminuição da imunidade como na AIDS e em doenças
que produzem comprometimento de todo o organismo. O diabetes descontrolado pode
favorecer o aparecimento de micoses. As opções em terapêutica medicamentosa
para o tratamento das micoses são muito limitadas, sendo a anfotericina a
principal droga. O uso indiscriminado e abusivo de antibióticos favorece o
aparecimento de uma micose denominada candidíase (denominado
"sapinho" quando localizada na boca). Esta micose pode ser
superficial atingindo, os dedos, unhas, a boca, esôfago, vagina, bexiga, etc e
também pode se disseminar atingindo o fígado e o coração.
Parasitas
As parasitoses são
infecções por microrganismos parasitas, como os protozoários e os helmintos. As
principais parasitoses são a malária, a toxoplasmose, e as parasitoses
intestinais (amebíase, giardíase, estrongiloidíase e a teníase). A malária é
uma infecção própria dos trópicos, devida a vários tipos de parasitas sendo os
mais frequentes o Plasmodium vivax e o Plasmodium
falciparum. A cisticercose é uma parasitose muito comum em nosso meio podendo
atingir o sistema nervoso. A tripanossomíase ocorre em certas regiões
brasileiras, sendo causadora de graves disfunções cardíacas e intestinais, como
a doença de Chagas. A esquistossomíase também é uma parasitose frequente em
nosso país atingindo de preferência o sistema digestivo e fígado, sendo comum
na Bahia. A parasitose é doença comum em regiões subdesenvolvidas e também
entre pessoas com baixa resistência.
Formas de contágio
A doença pode ser adquirida a partir da penetração percutânea, ou ingestão de larvas e ovos encontrados no solo, nos alimentos ou na poeira. Por isso é importante que se tomem medidas profiláticas baseadas na manutenção da educação sanitária , construção de fossas sépticas, proteção dos alimentos contra poeira e insetos e higiene diária do corpo, principalmente das mãos, das roupas íntimas e de cama.
A doença pode ser adquirida a partir da penetração percutânea, ou ingestão de larvas e ovos encontrados no solo, nos alimentos ou na poeira. Por isso é importante que se tomem medidas profiláticas baseadas na manutenção da educação sanitária , construção de fossas sépticas, proteção dos alimentos contra poeira e insetos e higiene diária do corpo, principalmente das mãos, das roupas íntimas e de cama.
Medicamentos
Antifúngicos
Fluconazol
O Fluconazol da família dos triazólicos, é um inibidor potente e específico da síntese de esteróides nos fungos. O fluconazol, administrado tanto por via oral como intravenosa, é ativo em uma variedade de infecções fúngicas. Sua atividade foi demonstrada contra micoses oportunistas, como as infecções por Candida spp., incluindo candidíase sistêmica e em animais imunocomprometidos por Criptococcus neoformans, incluindo infecções intracranianas; por Microsporum spp. e por Trichophyton spp. O fluconazol também demonstrou ser ativo em animais com micose endêmica, incluindo infecções por Blastomyces dermatitidis, Coccidioides immitis, incluindo infecções intracranianas, e por Histoplasma capsulatum em individuos normais e imunocomprometidos.As propriedades farmacodinâmicas do fluconazol são similares após a administração por via oral ou intravenosa. É bem absorvido após administração oral e os níveis plasmáticos (e a biodisponibilidade sistêmica) estão acima de 90% dos obtidos após administração intravenosa.
O Fluconazol da família dos triazólicos, é um inibidor potente e específico da síntese de esteróides nos fungos. O fluconazol, administrado tanto por via oral como intravenosa, é ativo em uma variedade de infecções fúngicas. Sua atividade foi demonstrada contra micoses oportunistas, como as infecções por Candida spp., incluindo candidíase sistêmica e em animais imunocomprometidos por Criptococcus neoformans, incluindo infecções intracranianas; por Microsporum spp. e por Trichophyton spp. O fluconazol também demonstrou ser ativo em animais com micose endêmica, incluindo infecções por Blastomyces dermatitidis, Coccidioides immitis, incluindo infecções intracranianas, e por Histoplasma capsulatum em individuos normais e imunocomprometidos.As propriedades farmacodinâmicas do fluconazol são similares após a administração por via oral ou intravenosa. É bem absorvido após administração oral e os níveis plasmáticos (e a biodisponibilidade sistêmica) estão acima de 90% dos obtidos após administração intravenosa.
Anfotericina
A anfotericina B é um antifúngico produzido por cultura de bactérias Streptomyces nodosus. Em geral, atua como fungistático (inibe o crescimento dos fungos, mas não os mata); embora, em concentrações próximas aos limites superiores de tolerância possa ser fungicida (mata o fungo). É usado para tratar as micoses há 50 anos, sendo um dos fármacos mais prescritos. Não é útil contra bactérias. Como quase todos os antifúngicos, atua ligando-se e alterando específicamente os esterois da membrana celular das células do fungo (ergosterol), que têm composição diferente do esterol das células humanas, que é o colesterol. Liga-se aos esteróis da membrana celular do fungo, o que altera sua permeabilidade e a célula perde potássio e moléculas pequenas. Distribui-se em pulmões, fígado, baço, rins, glândula supra-renal, músculos e outros tecidos; sua união às proteínas é muito alta. Não se conhece seu metabolismo. Sua meia-vida inicial é de 24 a 48 horas e a meia-vida terminal é de 15 dias; elimina-se de forma lenta por via renal. Para pacientes renais pode ser nefrotóxico, obrigando o ajuste da dose e tempo de tratamento. É usado nas doenças sistemicas causadas por fungos como a Aspergilose, blastomicose, candidíase disseminada, coccidioidomicose, criptococose, histoplasmose, mucormicose, esporotricose disseminada, e ainda mais raramente na doença causada pelo parasita unicelular Leishmania, a leishmaniose. Estas doenças, com excepção da leishmaníase, são mais graves e comuns em imunodeprimidos, como os doentes com AIDS.
A anfotericina B é um antifúngico produzido por cultura de bactérias Streptomyces nodosus. Em geral, atua como fungistático (inibe o crescimento dos fungos, mas não os mata); embora, em concentrações próximas aos limites superiores de tolerância possa ser fungicida (mata o fungo). É usado para tratar as micoses há 50 anos, sendo um dos fármacos mais prescritos. Não é útil contra bactérias. Como quase todos os antifúngicos, atua ligando-se e alterando específicamente os esterois da membrana celular das células do fungo (ergosterol), que têm composição diferente do esterol das células humanas, que é o colesterol. Liga-se aos esteróis da membrana celular do fungo, o que altera sua permeabilidade e a célula perde potássio e moléculas pequenas. Distribui-se em pulmões, fígado, baço, rins, glândula supra-renal, músculos e outros tecidos; sua união às proteínas é muito alta. Não se conhece seu metabolismo. Sua meia-vida inicial é de 24 a 48 horas e a meia-vida terminal é de 15 dias; elimina-se de forma lenta por via renal. Para pacientes renais pode ser nefrotóxico, obrigando o ajuste da dose e tempo de tratamento. É usado nas doenças sistemicas causadas por fungos como a Aspergilose, blastomicose, candidíase disseminada, coccidioidomicose, criptococose, histoplasmose, mucormicose, esporotricose disseminada, e ainda mais raramente na doença causada pelo parasita unicelular Leishmania, a leishmaniose. Estas doenças, com excepção da leishmaníase, são mais graves e comuns em imunodeprimidos, como os doentes com AIDS.
Medicamentos
Anti-helmínticos
Albendazol
O Zentel ® contém como princípio ativo o albendazol, que, em estudos nos animais e no homem, exibe propriedades ovicida, larvicida e helminticida. A droga exerce sua atividade anti-helmíntica por inibição da polimerização dos túbulos; com isto, o nível de energia do helminto se torna inadequado à sua sobrevivência. Inicialmente imobiliza os helmintos e posteriormente os mata. No homem, após uma dose oral, o albendazol tem uma pequena absorção (menos de 5%). A maior parte de sua ação anti-helmíntica é na luz intestinal. A meia vida de eliminação varia 8 a 12 horas e o produto biotransformado será excretado pela urina. O Albendazol é efetivo para verminoses como: Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura, Enterobius vermiculares, Ancylostoma duodenale, Necator americanus, Taenia spp e Strongyloides stercoralis.
O Zentel ® contém como princípio ativo o albendazol, que, em estudos nos animais e no homem, exibe propriedades ovicida, larvicida e helminticida. A droga exerce sua atividade anti-helmíntica por inibição da polimerização dos túbulos; com isto, o nível de energia do helminto se torna inadequado à sua sobrevivência. Inicialmente imobiliza os helmintos e posteriormente os mata. No homem, após uma dose oral, o albendazol tem uma pequena absorção (menos de 5%). A maior parte de sua ação anti-helmíntica é na luz intestinal. A meia vida de eliminação varia 8 a 12 horas e o produto biotransformado será excretado pela urina. O Albendazol é efetivo para verminoses como: Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura, Enterobius vermiculares, Ancylostoma duodenale, Necator americanus, Taenia spp e Strongyloides stercoralis.
Mebendazol
O Mebendazol é um fármaco derivado dos benzimidazóis. É um agente anti-helmíntico versátil, sobretudo contra os nematódeos gastrointestinais. Sua ação não é ditada por sua concentração sistemica. O Mebendazol é bastante eficaz na ascaridíase, teníase, oxiurose, triquinose, e capilaríase intestinal. Esses agentes são ativos tanto contra o estágio larvar quanto o adulto dos nematódeos e platelmintos que causam estas infestações e são ovicidas contra certos parasitas como Ascaris Lumbricoides, Oxiúros, Tênia e a Triquina. A imobilização e a destruição dos parasitas gastrointestinais sensíveis ocorrem lentamente e sua eliminação do trato gastrointestinal (TGI) pode não se completar até alguns dias após o tratamento.
O Mebendazol é um fármaco derivado dos benzimidazóis. É um agente anti-helmíntico versátil, sobretudo contra os nematódeos gastrointestinais. Sua ação não é ditada por sua concentração sistemica. O Mebendazol é bastante eficaz na ascaridíase, teníase, oxiurose, triquinose, e capilaríase intestinal. Esses agentes são ativos tanto contra o estágio larvar quanto o adulto dos nematódeos e platelmintos que causam estas infestações e são ovicidas contra certos parasitas como Ascaris Lumbricoides, Oxiúros, Tênia e a Triquina. A imobilização e a destruição dos parasitas gastrointestinais sensíveis ocorrem lentamente e sua eliminação do trato gastrointestinal (TGI) pode não se completar até alguns dias após o tratamento.
EXERCÍCIOS
1) Explique
sucintamente a replicação viral.
2) Qual a diferença
entre vírus e bactérias? Qual dos dois é mais agressivos e mais difícil de
tratar? Por que?
3) Explique as duas
categorias utilizadas na escolha da terapêutica dos Antivirais. Descreva sobre
as resistência viral.
4) Explique o
mecanismo de ação dos antifúngicos e antiparasitários. Cite exemplos de
fármacos.
SEMINÁRIO
1) Realizar
pesquisa sobre AIDS (síndrome imunodeficiência adquirida), terapêutica
(medicamentos) adotada para tratamento, descrever efeito terapêutico, dose,
tempo de tratamento e reações adversas.
2) Realizar
pesquisa sobre HPV, terapêutica (medicamentos) adotado no tratamento, descrever
efeito terapêutico, dose, tempo de tratamento e reações adversas.
• O trabalho consiste: Texto escrito e apresentação.
• Deve conter: Sumário ou Índice, Objetivo, Introdução, Desenvolvimento do trabalho, Conclusão ou Discussão, bibliografia.
• O trabalho consiste: Texto escrito e apresentação.
• Deve conter: Sumário ou Índice, Objetivo, Introdução, Desenvolvimento do trabalho, Conclusão ou Discussão, bibliografia.
MEDICAMENTOS QUE
ATUAM NO SISTEMA DIGESTÓRIO
Estômago
O estômago é um órgão
de extrema importância para o processo de digestão dos alimentos. Nele,
encontramos vários tipos de células com diferentes funções. Algumas produzem
enzimas que ajudam na quebra dos alimentos e outras que produzem ácido
clorídrico, que é responsável pelo ambiente ácido característico desse órgão.
Normalmente, há produção de um muco que reveste internamente a parede do
estômago, protegendo as células da agressão pelo ácido. Existe diversas
patologias que acometem esse órgão como:
Gastrite
A gastrite é uma doença inflamatória que se caracteriza por inflamação da camada de tecido mais superficial que reveste o estômago, chamada de mucosa gástrica. Essa inflamação desenvolve-se como uma resposta normal do organismo quando ocorre uma agressão à sua integridade. Entretanto, essa resposta normal pode levar ao desenvolvimento de sinais e sintomas característicos dessa doença. A agressão que desencadeia o processo pode ser aguda ou crônica e, de acordo com seus tipos, podemos classificar as diversas formas de gastrite, como causadas por:
A gastrite é uma doença inflamatória que se caracteriza por inflamação da camada de tecido mais superficial que reveste o estômago, chamada de mucosa gástrica. Essa inflamação desenvolve-se como uma resposta normal do organismo quando ocorre uma agressão à sua integridade. Entretanto, essa resposta normal pode levar ao desenvolvimento de sinais e sintomas característicos dessa doença. A agressão que desencadeia o processo pode ser aguda ou crônica e, de acordo com seus tipos, podemos classificar as diversas formas de gastrite, como causadas por:
• Helicobacter
pylori: essa bactéria tem a capacidade de viver dentro da camada de muco
protetor do estômago. A prevalência da infecção por esse microorganismo é
extremamente alta, sendo adquirida comumente na infância e permanecendo para o
resto da vida a não ser que o indivíduo seja tratado. A transmissão pode
ocorrer por duas vias: oral-oral ou fecal-oral. A gastrite não é causada pela
bactéria em si, mas pelas substâncias que ela produz e que agridem a mucosa
gástrica, podendo levar a gastrite, úlcera péptica e, a longo prazo, ao câncer
de estômago.
• Aspirina ou uso de
medicamentos ácidos por longo período: o uso de aspirina e de outros
antiinflamatórios não-esteróides podem causar gastrite porque levam à redução
da proteção gástrica. Importante ressaltar que esses medicamentos só levam a
esses problemas quando usados regularmente por um longo período. O uso de
corticóide por longo período também pode levar a gastrite.
• Álcool: pode levar
à inflamação e dano gástrico e hepáticos quando consumido em grandes
quantidades e por longos períodos.
• Gastrite
auto-imune: em situações normais, o nosso organismo produz anticorpos para
combater fatores agressores externos. Em algumas situações, entretanto, pode
haver produção de anticorpos contra as próprias células do organismo, levando a
vários tipos de doenças (por exemplo, lúpus eritematoso sistêmico, artrite
reumatóide, diabetes mellitus tipo 1). Na gastrite auto-imune, os anticorpos
levam à destruição de células da parede do estômago, reduzindo a produção de
várias substâncias importantes. O câncer de estômago também pode ocorrer a
longo prazo.
• Formas incomuns:
são causas mais raras. Temos as gastrites linfocítica e eosinofílica; a
gastrite granulomatosa isolada e a gastrite associada a outras doenças como a
sarcoidose e a doença de Crohn.
• A gastrite aguda
também pode ocorrer em pacientes internados por longo período em unidades de
tratamento intensivo, em pacientes politraumatizados e com queimaduras
extensas.
Câncer Gástrico e
Intestinal
Das pessoas infectadas, calcula-se que entre 15 e 20% desenvolverão úlcera péptica, 2% câncer gástrico, apontam as estimativas. O câncer colorretal, o terceiro tipo mais comum de câncer e o segundo mais relacionado com a mortalidade, é a doença gastrointestinal de maior gravidade.
Das pessoas infectadas, calcula-se que entre 15 e 20% desenvolverão úlcera péptica, 2% câncer gástrico, apontam as estimativas. O câncer colorretal, o terceiro tipo mais comum de câncer e o segundo mais relacionado com a mortalidade, é a doença gastrointestinal de maior gravidade.
Ulcera Péptica - São
feridas ou perfuração crônica que se estende através da camada muscular da
mucosa do estômago ou duodeno deixando cicatriz; úlcera duodenal -circunscrita
no duodeno. O individuo pode apresentar úlcera já em estágio avançado da
Gastrite quando não tratada. Essa infecção é a mais frequente em todo o mundo,
atinge 1 em cada 10 pessoas, em cada ano surgem aproximadamente 4 milhões de
novas úlceras e 40.000 pessoas são operadas anualmente devido a esta patologia.
Medicamentos
Antiácidos
Alumínio e Magnésio (hidróxido)
Os antiácidos que contêm sais de alumínio e de magnésio juntos podem parecer ideais porque cada componente complementa o outro. O hidróxido de alumínio dissolve-se lentamente no estômago e começa a atuar, gradualmente, proporcionando um alívio prolongado. Também causa obstipação. Os sais de magnésio atuam rapidamente e neutralizam os ácidos eficazmente, mas também podem atuar como laxante. Os antiácidos que contêm simultaneamente alumínio e magnésio parecem oferecer o melhor de ambos os elementos: alívio rápido e prolongado com menor risco de diarréia ou de obstipação. No entanto, foi questionada a segurança, a longo prazo, dos antiácidos que contêm alumínio. O uso prolongado pode debilitar os ossos ao esgotar o fósforo e o cálcio do organismo.
Os antiácidos que contêm sais de alumínio e de magnésio juntos podem parecer ideais porque cada componente complementa o outro. O hidróxido de alumínio dissolve-se lentamente no estômago e começa a atuar, gradualmente, proporcionando um alívio prolongado. Também causa obstipação. Os sais de magnésio atuam rapidamente e neutralizam os ácidos eficazmente, mas também podem atuar como laxante. Os antiácidos que contêm simultaneamente alumínio e magnésio parecem oferecer o melhor de ambos os elementos: alívio rápido e prolongado com menor risco de diarréia ou de obstipação. No entanto, foi questionada a segurança, a longo prazo, dos antiácidos que contêm alumínio. O uso prolongado pode debilitar os ossos ao esgotar o fósforo e o cálcio do organismo.
Carbonato de Cálcio
O carbonato de cálcio foi o principal antiácido durante muito tempo. O carbonato de cálcio atua rapidamente e neutraliza os ácidos durante um tempo relativamente prolongado. Outra vantagem é que representa uma fonte econômica de cálcio. No entanto, uma pessoa pode chegar a sofrer uma superdosagem de cálcio. A quantidade máxima diária não deve exceder 2000 miligramas, salvo indicações médicas especificas.
O carbonato de cálcio foi o principal antiácido durante muito tempo. O carbonato de cálcio atua rapidamente e neutraliza os ácidos durante um tempo relativamente prolongado. Outra vantagem é que representa uma fonte econômica de cálcio. No entanto, uma pessoa pode chegar a sofrer uma superdosagem de cálcio. A quantidade máxima diária não deve exceder 2000 miligramas, salvo indicações médicas especificas.
Bicarbonato de
Sódio
Um dos antiácidos mais econômicos e mais acessíveis não está demasiado longe de qualquer armário de cozinha. O bicarbonato (bicarbonato de sódio) foi utilizado como neutralizador da acidez durante décadas. A eructação por bicarbonato de sódio é causado pela libertação do gás anidrido carbônico. O bicarbonato de sódio é uma solução excelente, a curto prazo, para a indigestão. Mas bicarbonato em demasia pode destruir o equilíbrio ácido-base do organismo, causando uma alcalose metabólica. O seu elevado conteúdo em sódio também pode causar problemas em indivíduos com insuficiência cardíaca ou com tensão arterial alta.
Um dos antiácidos mais econômicos e mais acessíveis não está demasiado longe de qualquer armário de cozinha. O bicarbonato (bicarbonato de sódio) foi utilizado como neutralizador da acidez durante décadas. A eructação por bicarbonato de sódio é causado pela libertação do gás anidrido carbônico. O bicarbonato de sódio é uma solução excelente, a curto prazo, para a indigestão. Mas bicarbonato em demasia pode destruir o equilíbrio ácido-base do organismo, causando uma alcalose metabólica. O seu elevado conteúdo em sódio também pode causar problemas em indivíduos com insuficiência cardíaca ou com tensão arterial alta.
Medicamentos
Protetores Gástricos
Omeprazol
O omeprazol é um inibidor da secreção ácida gástrica, cujo mecanismo de ação envolve a inibição específica da bomba de ácido gástrico na célula parietal. Age rapidamente e produz um controle reversível da secreção de ácido gástrico com uma única dose diária. Possui efeito sobre a secreção gástrica: uma única dose diária de omeprazol de 20-40mg promove uma rápida e eficaz inibição da secreção ácida gástrica; o efeito máximo é obtido dentro dos quatro primeiros dias de tratamento. A absorção ocorre no intestino delgado, completando-se em 3 a 6 horas. A inibição da secreção gástrica está relacionada com a área sob a curva de concentração plasmática versus tempo (AUC). O omeprazol é completamente metabolizado, especialmente no fígado. Os metabólitos identificados no plasma são sulfona, sulfito e hidroxi-omeprazol; esses metabólitos carecem de ação sobre a secreção ácida gástrica e 80% são excretados pela urina e o resto pelas fezes. O uso de omeprazol suprime o crescimento do Helicobacter pylori, no entanto, para a erradicação total do microrganismo é necessário administrar antibióticos simultaneamente. O Omeprazol é encontrado em cápsulas e frasco-ampola. Existem medicamentos da mesma família como o lanzoprazol.
O omeprazol é um inibidor da secreção ácida gástrica, cujo mecanismo de ação envolve a inibição específica da bomba de ácido gástrico na célula parietal. Age rapidamente e produz um controle reversível da secreção de ácido gástrico com uma única dose diária. Possui efeito sobre a secreção gástrica: uma única dose diária de omeprazol de 20-40mg promove uma rápida e eficaz inibição da secreção ácida gástrica; o efeito máximo é obtido dentro dos quatro primeiros dias de tratamento. A absorção ocorre no intestino delgado, completando-se em 3 a 6 horas. A inibição da secreção gástrica está relacionada com a área sob a curva de concentração plasmática versus tempo (AUC). O omeprazol é completamente metabolizado, especialmente no fígado. Os metabólitos identificados no plasma são sulfona, sulfito e hidroxi-omeprazol; esses metabólitos carecem de ação sobre a secreção ácida gástrica e 80% são excretados pela urina e o resto pelas fezes. O uso de omeprazol suprime o crescimento do Helicobacter pylori, no entanto, para a erradicação total do microrganismo é necessário administrar antibióticos simultaneamente. O Omeprazol é encontrado em cápsulas e frasco-ampola. Existem medicamentos da mesma família como o lanzoprazol.
Ranitidina
A Ranitidina, na forma de cloridrato é um antagonista do receptor H2, também usado no tratamento de úlceras e esofagite. Estruturalmente é muito parecido com a cimetidina. Age antagonizando a ação da histamina. Este fármaco inibe a secreção basal de ácido gástrico, reduzindo tanto o volume quanto o conteúdo de ácido e de pepsina da secreção. Tem ação bactericida contra o Helicobacter pylori in vitro e possui ações protetoras da mucosa.Utilizados para ulceras duodenais e gastricas, esofagite e coadjuvante no tratamento de H. Pylori. Existem medicamentos da mesma familia como a cimetidina. A ranitidina é encontrada em comprimido e ampola.
A Ranitidina, na forma de cloridrato é um antagonista do receptor H2, também usado no tratamento de úlceras e esofagite. Estruturalmente é muito parecido com a cimetidina. Age antagonizando a ação da histamina. Este fármaco inibe a secreção basal de ácido gástrico, reduzindo tanto o volume quanto o conteúdo de ácido e de pepsina da secreção. Tem ação bactericida contra o Helicobacter pylori in vitro e possui ações protetoras da mucosa.Utilizados para ulceras duodenais e gastricas, esofagite e coadjuvante no tratamento de H. Pylori. Existem medicamentos da mesma familia como a cimetidina. A ranitidina é encontrada em comprimido e ampola.
Intestino
A parede dos intestinos delgado e grosso é constituída por quatro camadas: Mucosa, Submucosa, Muscular e Serosa. O intestino é dividido em funções essenciais para seu funcionamento onde cada qual possui sua atividade. Existem diversas patologias associadas ao sistema digestivo ou gastrointestinal como: Doença de Crohn e Colite ulcerativa.
A parede dos intestinos delgado e grosso é constituída por quatro camadas: Mucosa, Submucosa, Muscular e Serosa. O intestino é dividido em funções essenciais para seu funcionamento onde cada qual possui sua atividade. Existem diversas patologias associadas ao sistema digestivo ou gastrointestinal como: Doença de Crohn e Colite ulcerativa.
Intestino Delgado – Responsável
pela absorção e digestão
A porção superior do intestino delgado é o Duodeno. No duodeno atua também o suco pancreático, produzido pelo pâncreas, que contêm diversas enzimas digestivas. Outra secreção que atua no duodeno é a bile, produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar. O pH da bile oscila entre 8,0 e 8,5. Os sais biliares têm ação detergente, emulsificando ou emulsionando as gorduras (fragmentando suas gotas em milhares de microgotículas).
A porção superior do intestino delgado é o Duodeno. No duodeno atua também o suco pancreático, produzido pelo pâncreas, que contêm diversas enzimas digestivas. Outra secreção que atua no duodeno é a bile, produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar. O pH da bile oscila entre 8,0 e 8,5. Os sais biliares têm ação detergente, emulsificando ou emulsionando as gorduras (fragmentando suas gotas em milhares de microgotículas).
Intestino Grosso –
Responsável pela absorção de água e Defecção.
É o local de absorção de água, tanto a ingerida quanto a das secreções digestivas. Uma pessoa bebe cerca de 1,5 litros de líquidos por dia, que se une a 8 ou 9 litros de água das secreções. Glândulas da mucosa do intestino grosso secretam muco, que lubrifica as fezes, facilitando seu trânsito e eliminação pelo ânus.
É o local de absorção de água, tanto a ingerida quanto a das secreções digestivas. Uma pessoa bebe cerca de 1,5 litros de líquidos por dia, que se une a 8 ou 9 litros de água das secreções. Glândulas da mucosa do intestino grosso secretam muco, que lubrifica as fezes, facilitando seu trânsito e eliminação pelo ânus.
Doença de Crohn
A doença de Crohn esta associada a fatores genéticos e fatores infecciosos causados por bactérias como a micobactérias e o vírus clamídia, esses parasitas secretam substâncias agressivas a mucosa, provocando inflamação. Fatores genéticos estão ligados a imunidade do hospedeiro, não regulando a inflamação. O maior problema relacionado a essa patologia, é que indivíduos portadores apresentam diminuição na absorção de nutrientes através dos alimentos e a terapêutica via oral e prejudicada uma vez que a maioria dos medicamentos é absorvida pelo intestino delgado. Os indivíduos apresentam diarréia constante, fraqueza e anorexia e a perda eletrolítica, perda de peso. Nesses casos quando a inflamação não encontra-se controlada o individuo faz uso de medicamentos via intravenosa. Existem outras patologias associadas como Colite Ulcerosa, quando a inflamação atinge todas as camadas do intestino, a detecção da patologia ocorre por exames de imagens como colonoscopia entre outros.
A doença de Crohn esta associada a fatores genéticos e fatores infecciosos causados por bactérias como a micobactérias e o vírus clamídia, esses parasitas secretam substâncias agressivas a mucosa, provocando inflamação. Fatores genéticos estão ligados a imunidade do hospedeiro, não regulando a inflamação. O maior problema relacionado a essa patologia, é que indivíduos portadores apresentam diminuição na absorção de nutrientes através dos alimentos e a terapêutica via oral e prejudicada uma vez que a maioria dos medicamentos é absorvida pelo intestino delgado. Os indivíduos apresentam diarréia constante, fraqueza e anorexia e a perda eletrolítica, perda de peso. Nesses casos quando a inflamação não encontra-se controlada o individuo faz uso de medicamentos via intravenosa. Existem outras patologias associadas como Colite Ulcerosa, quando a inflamação atinge todas as camadas do intestino, a detecção da patologia ocorre por exames de imagens como colonoscopia entre outros.
Laxantes
Bisacodil
O bisacodil atua atraindo água para o intestino grosso, suavizando a textura das fezes e a eliminação das mesmas, de uma forma parecida com o grupo anterior.
O bisacodil atua atraindo água para o intestino grosso, suavizando a textura das fezes e a eliminação das mesmas, de uma forma parecida com o grupo anterior.
Os agentes de osmose,
porém, não absorvem água somente da parede do intestino, mas também dos tecidos
e veias do mesmo. As pessoas que administram esse laxante também devem
preocupar-se em ingerir uma grande quantidade de líquido. Pode ser encontrado
na forma comprimido e liquido (gotas).
Lactulose
A lactulose não é absorvida pelo trato gastrintestinal e nem é hidrolisável pelas enzimas intestinais, devido à ausência da enzima específica - a lactulase. Desta forma, chega ao cólon praticamente inalterada, onde é fermentada pelas bactérias, produzindo o ácido lático e pequenas quantidades de ácido acético e ácido fórmico. A acidificação do meio que ocorre na degradação da lactulose desencadeia mecanismos responsáveis pela sua ação na constipação. A acidificação do conteúdo intestinal e o aumento na pressão osmótica causam um afluxo de líquidos para o interior do cólon, o que resulta em aumento e amolecimento do bolo fecal, acelerando dessa forma o trânsito intestinal. É encontrado na forma liquida e bastante utilizado em exames como a colonoscopia.
A lactulose não é absorvida pelo trato gastrintestinal e nem é hidrolisável pelas enzimas intestinais, devido à ausência da enzima específica - a lactulase. Desta forma, chega ao cólon praticamente inalterada, onde é fermentada pelas bactérias, produzindo o ácido lático e pequenas quantidades de ácido acético e ácido fórmico. A acidificação do meio que ocorre na degradação da lactulose desencadeia mecanismos responsáveis pela sua ação na constipação. A acidificação do conteúdo intestinal e o aumento na pressão osmótica causam um afluxo de líquidos para o interior do cólon, o que resulta em aumento e amolecimento do bolo fecal, acelerando dessa forma o trânsito intestinal. É encontrado na forma liquida e bastante utilizado em exames como a colonoscopia.
Associações de
fitoterápicos
O Tamarindus indica é fitoterápico comumente usado como laxativo, além de ser indicado para infecções estomacais, no fígado e vesícula biliar. Pode ser consumida na forma de fruta, extrato, xarope, balas e outras apresentações para consumo oral. Os ácidos orgânicos e a pectina contribuem para a sua ação laxativas. Apresenta várias associações sinérgicas de diferentes plantas medicinais, apresenta um efeito laxativo ao provocar uma ativação fisiológica das secreções das mucosas do trato digestivo. É composto por Cassia angustifolia Vahl (SENE), uma variedade de Sena da Índia em associação com Tamarindus indica L., Cassia fistula L, Coriandrum sativum L. e Glycirhiza glabra. Apresenta uma ampla indicação, todas relacionadas a uma perturbação organo-funcional da motricidade intestinal; tratamento sintomático da constipação, tanto crônica como secundária; preparação para os exames radiológicos e endoscópicos. Encontra-se disponível nas apresentações geléia e cápsulas.
O Tamarindus indica é fitoterápico comumente usado como laxativo, além de ser indicado para infecções estomacais, no fígado e vesícula biliar. Pode ser consumida na forma de fruta, extrato, xarope, balas e outras apresentações para consumo oral. Os ácidos orgânicos e a pectina contribuem para a sua ação laxativas. Apresenta várias associações sinérgicas de diferentes plantas medicinais, apresenta um efeito laxativo ao provocar uma ativação fisiológica das secreções das mucosas do trato digestivo. É composto por Cassia angustifolia Vahl (SENE), uma variedade de Sena da Índia em associação com Tamarindus indica L., Cassia fistula L, Coriandrum sativum L. e Glycirhiza glabra. Apresenta uma ampla indicação, todas relacionadas a uma perturbação organo-funcional da motricidade intestinal; tratamento sintomático da constipação, tanto crônica como secundária; preparação para os exames radiológicos e endoscópicos. Encontra-se disponível nas apresentações geléia e cápsulas.
Regulador Intestinal
- PLANTAGO OVATA
A falta de fibra é uma das principais causas de constipação. Metamucil® é feito a partir da Casca (testa e tégmen) da semente de plantago ovata, pertencente à família Plantaginaceae. Suas fibras absorvem e retêm líquidos, e assim restauram e mantém a regularidade intestinal de uma maneira natural, sem a presença de estimulantes químicos ou substâncias irritantes. Metamucil® (plantago ovata - Psyllium) está indicado para o tratamento da constipação, pois auxilia a restauração da regularidade intestinal. Pode ser encontrado na forma de sache solúvel e em pó.
A falta de fibra é uma das principais causas de constipação. Metamucil® é feito a partir da Casca (testa e tégmen) da semente de plantago ovata, pertencente à família Plantaginaceae. Suas fibras absorvem e retêm líquidos, e assim restauram e mantém a regularidade intestinal de uma maneira natural, sem a presença de estimulantes químicos ou substâncias irritantes. Metamucil® (plantago ovata - Psyllium) está indicado para o tratamento da constipação, pois auxilia a restauração da regularidade intestinal. Pode ser encontrado na forma de sache solúvel e em pó.
O perigo do uso
constante de laxantes
O uso excessivo de laxantes é PERIGOSO.Pessoas com distúrbios alimentares usam os laxantes com um meio de “eliminar” do organismo as calorias indesejadas, e promover perda de peso. Também abusam dos laxantes porque estão constantemente constipadas (intestino “preso”, sem funcionar), por causa da pequena quantidade de alimento que consomem, não fornecendo uma quantidade suficiente de alimento para estimular os movimentos regulares do intestino.Pessoas com distúrbios alimentares consomem 1, 2 ou até uma caixa inteira de laxantes diariamente. Muitos passam horas no banheiro sofrendo com os efeitos dos laxantes. Esses efeitos podem ser extremamente dolorosos e até mesmo levar a morte. Os laxantes funcionam estimulando artificialmente o intestino grosso para esvaziá-lo, porem isto só ocorre depois do alimento e as calorias terem sido absorvidos pelo organismo. O intestino delgado aonde o alimento é digerido e aonde os nutrientes e calorias são absorvidos NÃO PODE SER ESTIMULADO PELOS LAXANTES. Cada vez que a perda de água se processa, ela pode ser entendida pelo organismo como uma necessidade para reter água, levando a pessoa a sentir-se cada vez mais “estufada”. Nestes casos, a tendência é tomar mais laxantes, acreditando que estes eliminarão o inchaço e levarão a uma perda de peso.
O uso excessivo de laxantes é PERIGOSO.Pessoas com distúrbios alimentares usam os laxantes com um meio de “eliminar” do organismo as calorias indesejadas, e promover perda de peso. Também abusam dos laxantes porque estão constantemente constipadas (intestino “preso”, sem funcionar), por causa da pequena quantidade de alimento que consomem, não fornecendo uma quantidade suficiente de alimento para estimular os movimentos regulares do intestino.Pessoas com distúrbios alimentares consomem 1, 2 ou até uma caixa inteira de laxantes diariamente. Muitos passam horas no banheiro sofrendo com os efeitos dos laxantes. Esses efeitos podem ser extremamente dolorosos e até mesmo levar a morte. Os laxantes funcionam estimulando artificialmente o intestino grosso para esvaziá-lo, porem isto só ocorre depois do alimento e as calorias terem sido absorvidos pelo organismo. O intestino delgado aonde o alimento é digerido e aonde os nutrientes e calorias são absorvidos NÃO PODE SER ESTIMULADO PELOS LAXANTES. Cada vez que a perda de água se processa, ela pode ser entendida pelo organismo como uma necessidade para reter água, levando a pessoa a sentir-se cada vez mais “estufada”. Nestes casos, a tendência é tomar mais laxantes, acreditando que estes eliminarão o inchaço e levarão a uma perda de peso.
Fígado
O tecido hepático é constituído por células hepáticas ou hepatócitos, rodeadas por canais diminutos (canalículos), pelos quais passa a bile, secretada pelos hepatócitos. Estes canais se unem para descarregar o conteúdo no duodeno. As células hepáticas ajudam o sangue a assimilar as substâncias nutritivas e a excretar os materiais residuais e as toxinas, bem como esteróides, estrógenos e outros hormônios. Armazena glicogênio, ferro, cobre e vitaminas. Produz carboidratos a partir de lipídios ou de proteínas, e lipídios a partir de carboidratos ou de proteínas. Sintetiza também o colesterol e purifica muitos fármacos e muitas outras substâncias. O termo hepatite é usado para definir qualquer inflamação no fígado, como a cirrose. O fígado tem como função: secretar a bile, líquido que atua no emulsionamento das gorduras ingeridas, facilitando, evacuação. Remover moléculas de glicose no sangue, reunindo-as quimicamente para formar glicogênio, que é armazenado, nos momentos de necessidade, o glicogênio é reconvertido em moléculas de glicose. Armazenar ferro e certas vitaminas em suas células entre outras.
O tecido hepático é constituído por células hepáticas ou hepatócitos, rodeadas por canais diminutos (canalículos), pelos quais passa a bile, secretada pelos hepatócitos. Estes canais se unem para descarregar o conteúdo no duodeno. As células hepáticas ajudam o sangue a assimilar as substâncias nutritivas e a excretar os materiais residuais e as toxinas, bem como esteróides, estrógenos e outros hormônios. Armazena glicogênio, ferro, cobre e vitaminas. Produz carboidratos a partir de lipídios ou de proteínas, e lipídios a partir de carboidratos ou de proteínas. Sintetiza também o colesterol e purifica muitos fármacos e muitas outras substâncias. O termo hepatite é usado para definir qualquer inflamação no fígado, como a cirrose. O fígado tem como função: secretar a bile, líquido que atua no emulsionamento das gorduras ingeridas, facilitando, evacuação. Remover moléculas de glicose no sangue, reunindo-as quimicamente para formar glicogênio, que é armazenado, nos momentos de necessidade, o glicogênio é reconvertido em moléculas de glicose. Armazenar ferro e certas vitaminas em suas células entre outras.
Hepatoprotetores - Boldo: Peumus
boldus Molina (Monimiaceae), folha. Cáscara Sagrada: Rhamnus
purshiana D.C. (Rhamnaceae), casca. Ruibarbo: Rheum palmatum
Linné (Polygonaceae), rizoma e raiz.
Eparema® é um produto
fitoterápico, composto pelos extratos vegetais de Boldo, Cáscara Sagrada e
Ruibarbo. Eparema é indicado para os distúrbios do fígado e das vias biliares,
pois estimula a produção e a eliminação da bile, substância que facilita a
digestão de gordura, também é indicado nos casos de prisão de ventre leve,
porque funciona como um laxante suave, que não induz ao hábito. Geralmente
utilizado antes e após as refeições. Pode ser encontrado em drágeas e solução.
Alcachofra: derivada da Cynara
scolymus, produto fitoterápico, a alcachofra tem a capacidade de reduzir a
síntese hepática de colesterol através de uma modulação indireta da enzima
HMG-CoA redutase (enzima responsável por etapas intermediárias da síntese de
colesterol). Desse forma existe menos substrato para tornar os sais biliares
mais concentrados (altas taxas de colesterol podem provocar precipitação nas
paredes dos vasos e tem maior chance de entupir os canalículos).
Dente de Leão: derivado da
Taraxacum officinale, produto fitoterápico o dente-de-leão é um inibidor da
atividade da enzima alfa-glicosidase (assim como fármacos da linha do acarbose)
que é responsável pelo metabolismo dos carboidratos. Dessa forma é usada como
uma droga hipoglicemica no tratamento da diabetes melitus. Também exibe algumas
propriedades anti-tumorais. O mecanismo de tratamento de desordens hepáticas
ainda não esta elucidado.
Curcuma: derivada da Curcuma
longa apresenta propriedades quimioprotetoras em alguns modelos tumorais(12).
Apresenta também prevenção no carcinoma hepatocelular, pois trata a inflamação
crônica que leva a esses distúrbios. Tem uma função antioxidante aumentando a
atividade hepática da glutationa S-transferase. Outra função é a inibição da
células stelates (que estimulam a síntese de colágeno), que é a principal
célula na fibrose hepática. Uma função interessante é a capacidade de restaurar
a arquitetura normal do tecido muscular após lesão (por exemplo as causadas
pela musculação).
INSULINA E
HORMONIOS DA TIREOIDE
Insulina
Insulina é o hormônio responsável pela redução da glicemia (taxa de glicose no sangue), ao promover o ingresso de glicose nas células. Ela também é essencial no consumo de carboidratos, na síntese de proteínas e no armazenamento de lipídios (gorduras).É produzida nas ilhotas de Langerhans, células do pâncreas endócrino. Ela age em uma grande parte das células do organismo, como as células presentes em músculos e no tecido adiposo, apesar de não agir em células particulares como as células nervosas. Mais recentemente, surgiram os medicamentos análogos de insulina, que não são propriamente a insulina em si, mas moléculas de insulina modificadas em laboratório. Quando a produção de insulina é deficiente, a glicose se acumula no sangue e na urina, matando as células de fome: é a diabetes mellitus. Para pacientes nessa condição, a insulina é provida através de injeções, ou bombas de insulina.
Insulina é o hormônio responsável pela redução da glicemia (taxa de glicose no sangue), ao promover o ingresso de glicose nas células. Ela também é essencial no consumo de carboidratos, na síntese de proteínas e no armazenamento de lipídios (gorduras).É produzida nas ilhotas de Langerhans, células do pâncreas endócrino. Ela age em uma grande parte das células do organismo, como as células presentes em músculos e no tecido adiposo, apesar de não agir em células particulares como as células nervosas. Mais recentemente, surgiram os medicamentos análogos de insulina, que não são propriamente a insulina em si, mas moléculas de insulina modificadas em laboratório. Quando a produção de insulina é deficiente, a glicose se acumula no sangue e na urina, matando as células de fome: é a diabetes mellitus. Para pacientes nessa condição, a insulina é provida através de injeções, ou bombas de insulina.
Diabete Mellitus
Um dos processos metabólicos do organismo é a conversão de alimentos em energia e calor dentro do corpo. Os alimentos são constituídos de três nutrientes principais:
• Proteínas
• Gorduras
Um dos processos metabólicos do organismo é a conversão de alimentos em energia e calor dentro do corpo. Os alimentos são constituídos de três nutrientes principais:
• Proteínas
• Gorduras
Obtém-se energia de
qualquer uma das três classes, porém os carboidratos são mais rapidamente
convertidos em glicose quando precisamos de energia. Entre as refeições, o
fígado libera a glicose estocada na forma de glicogênio para a corrente
sanguínea, mantendo normais os níveis de glicose no sangue.Para a glicose
penetrar em cada célula do corpo é necessário que haja insulina circulante,
produzida pelo pâncreas, fazendo com que o hormônio chegue aos receptores de
insulina na superfície das células. Quando a glicemia (açúcar no sangue)
aumenta após uma refeição, a quantidade de insulina também aumenta para que
este excesso de glicose possa ser rapidamente absorvido pelas células. O fígado
para de degradar glicogênio e passa a estocar glicose do sangue para uso
posterior. Após a ação da insulina, esta se degrada. O Diabetes é um distúrbio
no metabolismo da glicose do organismo, no qual a glicose não é utilizada como
nutriente pelo corpo, sendo eliminada na urina. Existem diferenças nas causas e
na gravidade deste distúrbio. Por isso, classifica-se a diabete em dois tipos:
Diabetes Tipo 1 e Diabetes Tipo 2.
Tipo I –
insulina-dependente, inicialmente chamada de diabetes mellitus, o organismo não
produz insulina em quantidade suficiente. Geralmente diagnosticada na infância
Tipo II – O organismo
produz insulina, porém é resistente a esse hormônio. Muito pouca insulina é
produzida ou as células não podem utilizar de modo apropriado o hormônio
produzido. É a forma mais comum e acomete pacientes com mais idade, com hábitos
inadequados de alimentação, obesos e sedentários.
Metformina
A metformina é comercializada como Glifage, Dimefor, Glucoformin é um antidiabético oral da classe das biguanidas. É o medicamento de escolha no tratamento inicial do diabetes mellitus tipo 2, especialmente em pessoas obesas ou com sobrepeso e pessoas sem problemas renais. A metformina e a glibenclamida (uma sulfoniluréia) são os únicos antidiabéticos orais constantes da Lista Modelo de Medicamentos Essenciais da Organização Mundial de Saúde. O mecanismo de ação da metformina ainda é incerto, apesar de meio século de uso e benefícios terapêuticos bem caracterizados. A principal responsável pela atividade hipoglicemiante da metformina parece ser uma redução da produção de glicose no fígado (neoglicogênese), além de diminuição da absorção de glicose no trato gastrointestinal e aumento na sensibilidade à insulina, devido ao maior uso da glicose pelos músculos. A taxa de neoglicogênese de uma pessoa "média" com diabetes pode ser três vezes maior que a de uma pessoa sem a doença; a metformina é capaz de cortá-la em mais de 30%. A metformina é administrada por via oral, na forma de comprimidos. Existem formas de liberação imediata (mais comuns) e prolongada, nas dosagens de 500, 850 e 1000 miligramas. A dose máxima recomendada é de 2550 mg.
A metformina é comercializada como Glifage, Dimefor, Glucoformin é um antidiabético oral da classe das biguanidas. É o medicamento de escolha no tratamento inicial do diabetes mellitus tipo 2, especialmente em pessoas obesas ou com sobrepeso e pessoas sem problemas renais. A metformina e a glibenclamida (uma sulfoniluréia) são os únicos antidiabéticos orais constantes da Lista Modelo de Medicamentos Essenciais da Organização Mundial de Saúde. O mecanismo de ação da metformina ainda é incerto, apesar de meio século de uso e benefícios terapêuticos bem caracterizados. A principal responsável pela atividade hipoglicemiante da metformina parece ser uma redução da produção de glicose no fígado (neoglicogênese), além de diminuição da absorção de glicose no trato gastrointestinal e aumento na sensibilidade à insulina, devido ao maior uso da glicose pelos músculos. A taxa de neoglicogênese de uma pessoa "média" com diabetes pode ser três vezes maior que a de uma pessoa sem a doença; a metformina é capaz de cortá-la em mais de 30%. A metformina é administrada por via oral, na forma de comprimidos. Existem formas de liberação imediata (mais comuns) e prolongada, nas dosagens de 500, 850 e 1000 miligramas. A dose máxima recomendada é de 2550 mg.
Hormônios Tiroidianos
A tireóide é uma glândula localizada na região do pescoço, anteriormente à traquéia e logo abaixo da laringe. Histologicamente é formada por uma grande quantidade de folículos. As células foliculares produzem 2 importantíssimos hormônios: tiroxina (T4) e triiodotironina (T3). Estes dois hormônios armazenam-se no interior dos folículos e, aos poucos, são liberados para a corrente sanguínea. Através desta atingem todos os tecidos e promovem nos mesmos um importante estímulo no metabolismo celular. Na ausência destes hormônios, quase todo o metabolismo celular, em quase todos os tecidos, caem aproximadamente para a metade do normal. Por outro lado, numa condição de hipersecreção, o metabolismo celular basal aumenta exageradamente, atingindo cerca do dobro do normal. São raros os tecidos que não sofrem uma ação direta ou mesmo indireta dos hormônios tireoideanos. Sob seu estímulo, as células aumentam seu trabalho, sintetizam mais proteínas, consomem mais nutrientes e oxigênio, produzem mais gás carbônico, etc.
A tireóide é uma glândula localizada na região do pescoço, anteriormente à traquéia e logo abaixo da laringe. Histologicamente é formada por uma grande quantidade de folículos. As células foliculares produzem 2 importantíssimos hormônios: tiroxina (T4) e triiodotironina (T3). Estes dois hormônios armazenam-se no interior dos folículos e, aos poucos, são liberados para a corrente sanguínea. Através desta atingem todos os tecidos e promovem nos mesmos um importante estímulo no metabolismo celular. Na ausência destes hormônios, quase todo o metabolismo celular, em quase todos os tecidos, caem aproximadamente para a metade do normal. Por outro lado, numa condição de hipersecreção, o metabolismo celular basal aumenta exageradamente, atingindo cerca do dobro do normal. São raros os tecidos que não sofrem uma ação direta ou mesmo indireta dos hormônios tireoideanos. Sob seu estímulo, as células aumentam seu trabalho, sintetizam mais proteínas, consomem mais nutrientes e oxigênio, produzem mais gás carbônico, etc.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
HIPERTIREOIDISMO:
|
HIPOTIREOIDISMO:
|
|
frequência
respiratória
|
aumenta
(taquipnéia)
|
diminui
(bradipnéia)
|
profundidade da
respiração
|
aumenta
(hiperpnéia)
|
diminui (hipopnéia)
|
SISTEMA CARDIO-VASCULAR
HIPERTIREOIDISMO:
|
HIPOTIREOIDISMO:
|
|
tônus vascular
|
vaso-dilatação
|
vaso-constrição
|
fluxo sanguíneo
tecidual
|
aumenta
|
diminui
|
temperatura
corporal
|
aumenta
|
diminui
|
frequência cardíaca
|
aumenta
(taquicardia)
|
diminui
(bradicardia)
|
força de contração
do coração
|
aumenta
|
diminui
|
débito cardíaco
|
aumenta
|
diminui
|
pressão arterial
(sistólica)
|
aumenta
|
diminui
|
pressão arterial
(diastólica)
|
diminui
|
aumenta
|
SISTEMA
NEURO-MUSCULAR
HIPERTIREOIDISMO:
|
HIPOTIREOIDISMO:
|
|
contrações
musculares
|
mais fortes, mais
rápidas
|
mais fracas, mais
lentas
|
reflexos
|
hiper-reflexia
|
hipo-reflexia
|
Sono
|
reduzido (insônia)
|
aumentado
|
manifestações
psicológicas
|
ansiedade,
tendências psiconeuróticas, taquipsiquismo
|
depressão,
bradipsiquismo
|
SISTEMA DIGESTÓRIO
HIPERTIREOIDISMO:
|
HIPOTIREOIDISMO:
|
|
Fome
|
aumentada
|
diminuída
|
movimentos do tubo
digestório
|
aumentados
|
reduzidos
|
sereções digestivas
|
aumentadas
|
reduzidas
|
Fezes
|
mais líquidas, mais
frequentes
|
mais sólidas, menos
frequentes
|
SISTEMA ENDÓCRINO
HIPERTIREOIDISMO:
|
HIPOTIREOIDISMO:
|
|
secreções
endócrinas
(de um modo geral) |
aumentam
|
diminuem
|
SISTEMA REPRODUTOR
HIPERTIREOIDISMO:
|
HIPOTIREOIDISMO:
|
|
masculino
|
disfunção erétil
|
redução da libido
|
feminino
|
amenorréia
oligomenorréia
|
menorragia
polimenorréia
redução da libido |
Propiltiouracil
O Propiltiouracil é um derivado tioamídico para tratamento de hipertiroidismo. Inibe a síntese dos hormônios da tireóide que são substratos para a tireóide peroxidase, resultando no desvio do iodo na síntese dos hormônios tireoidianos. Inibe também a conversão periférica de T4 para T3, ação que pode contribuir na eficácia do tratamento. É bem absorvido por via oral. A absorção ocorre dentro de 20 a 30 minutos após a dose administrada. A biodisponibilidade está entre 65 a 75%. A ligação protéica é alta (80%), possui biotransformação hepática, sendo que 33% sofre metabolismo de primeira passagem. A concentração plasmática máxima é atingida em 1,99 + 0,26 horas por via oral. O efeito máximo é alcançado em 17 semanas em média para normalizar as concentrações plasmáticas de T3 e T4. A excreção é menor que 1% na urina. A meia-vida plasmática é de aproximadamente 2 horas.
O Propiltiouracil é um derivado tioamídico para tratamento de hipertiroidismo. Inibe a síntese dos hormônios da tireóide que são substratos para a tireóide peroxidase, resultando no desvio do iodo na síntese dos hormônios tireoidianos. Inibe também a conversão periférica de T4 para T3, ação que pode contribuir na eficácia do tratamento. É bem absorvido por via oral. A absorção ocorre dentro de 20 a 30 minutos após a dose administrada. A biodisponibilidade está entre 65 a 75%. A ligação protéica é alta (80%), possui biotransformação hepática, sendo que 33% sofre metabolismo de primeira passagem. A concentração plasmática máxima é atingida em 1,99 + 0,26 horas por via oral. O efeito máximo é alcançado em 17 semanas em média para normalizar as concentrações plasmáticas de T3 e T4. A excreção é menor que 1% na urina. A meia-vida plasmática é de aproximadamente 2 horas.
L-Tiroxina Sódica
Para os casos de hipotireoidismo , de origem alta ou baixa, completos ou incompletos. Todas as circunstâncias, associadas ou não a um hipotireoidismo , onde se deseja refrear o TSH. A administração varia de acordo com o grau de hipotireoidismo , a idade do paciente e a tolerância individual. É recomendável antes de se iniciar o tratamento efetuar-se as dosagens radioimunológicas do T-3, T-4 e do TSH. A posologia deverá ser estabelecida progressivamente, com prudência, sobretudo em portadores de hipotireoidismo há muito tempo.
Para os casos de hipotireoidismo , de origem alta ou baixa, completos ou incompletos. Todas as circunstâncias, associadas ou não a um hipotireoidismo , onde se deseja refrear o TSH. A administração varia de acordo com o grau de hipotireoidismo , a idade do paciente e a tolerância individual. É recomendável antes de se iniciar o tratamento efetuar-se as dosagens radioimunológicas do T-3, T-4 e do TSH. A posologia deverá ser estabelecida progressivamente, com prudência, sobretudo em portadores de hipotireoidismo há muito tempo.
EXERCÍCIOS
1) Descreva o
mecanismo de ação dos gastroprotetores, cite exemplos de fármacos.
2) Descreva o
mecanismo de ação dos laxantes, cite exemplos de fármacos.
3) Explique a
gravidade do uso constante de laxante. Por que?
4) Qual a principal
função do fígado em relação aos medicamentos? Explique a função dos
hepatoprotetores.? Cite exemplos de fármacos.
5) Qual a
importância da insulina no organismo? Qual a relação da insulina com a
patologia Diabetes Mellitus? Explique.
6) Explique a
necessidade do uso de hipoglicemiante oral. Quais as patologias associadas a
essa classe de medicamentos. Defina.
7) Fazer uma
pesquisa em livros como DEF e outros dicionários, de cinco medicamentos
hipoglicemiantes orais, nome comercial, principio ativo, indicação e reações
adversas. (será realizado mesa redonda em sala para discussão do assunto)
8) Qual a
importância dos hormônios da tireóide para funcionamento do organismo?
Explique.
9) Descreva o
mecanismo de ação dos fármacos para hipertiroidismo e hipotireóidismo.
MEDICAMENTOS QUE
ATUAM SOBRE O SISTEMA CARDIOVASCULAR
Coração
É um órgão complexo,
atualmente muitas pessoas são acometidas por diversas patologias e de
diferentes complexidades. Como por exemplo:
Arritmia - Toda vez
que o coração sai do ritmo certo, diz-se que há uma arritmia. Ela ocorre tanto
em indivíduos saudáveis quanto em doentes. Várias doenças podem dispará-la,
assim como fatores emocionais — o estresse, por exemplo, é capaz de alterar o
ritmo cardíaco. Os batimentos perdem o compasso de diversas maneiras. A
bradicardia ocorre quando o coração passa a bater menos de 60 vezes por minuto
— então, pode ficar lento a ponto de parar. Já na taquicardia chegam a
acontecer mais de 100 batimentos nesse mesmo período.
Insuficiência
Cardíaca – ocorre edema, turgidez das veias jugulares e hepatomegalia (aumento
do fígado) consequentemente a hipertensão venosa.
Arteriosclerose ou
Arterioesclerose -Processo de espessamento e endurecimento da parede das
artérias, tirando-lhes a elasticidade. Decorre de proliferação conjuntiva em
substituição às fibras elásticas. Pode surgir como consequência da aterosclerose
(estágios terminais) ou devido ao tabagismo, levando a hipertensão arterial.
Hipertensão - Pressão
arterial alta. Caracteriza-se por uma pressão sistólica superior a 14cm de
mercúrio (14 cmHg = 140 mmHg) e uma pressão diastólica superior a 9 cm de
mercúrio (9 cmHg ou 90 mmHg). A hipertensão pode romper os vasos sanguíneos
cerebrais (causando acidente vascular cerebral ou derrame), renais (causando
insuficiência renal) ou de outros órgãos vitais, causando cegueira, surdez etc.
Pode também determinar uma sobrecarga excessiva sobre o coração, causando sua
falência.
Cardiotônicos
Os cardiotônicos (digitálicos) tem por finalidade aumentar a força de contração do coração, utilizado para insuficiência cardíaca caracterizada pela incapacidade do coração bombear a quantidade de sangue necessária para manter a circulação normal. O sangue tem a principal função de levar nutrientes e oxigênio para os tecidos e remover as toxinas metabólicas.
Os cardiotônicos (digitálicos) tem por finalidade aumentar a força de contração do coração, utilizado para insuficiência cardíaca caracterizada pela incapacidade do coração bombear a quantidade de sangue necessária para manter a circulação normal. O sangue tem a principal função de levar nutrientes e oxigênio para os tecidos e remover as toxinas metabólicas.
Para uma boa
circulação é necessário:
• O sistema vascular;
• O sangue – veículo liquido para realizar as trocas metabólicas;
• A bomba cardíaca.
• O sistema vascular;
• O sangue – veículo liquido para realizar as trocas metabólicas;
• A bomba cardíaca.
Digoxina
Os digitálicos aumentam a força de contração do coração pelo aumento da contração das fibras miocárdicas. A nível celular da fibra miocárdica, o íon de Cálcio, participa do processo de contração da fibra, através da ativação dos canais seletivos de cálcio, agindo através de estímulos químicos ou potenciais de membrana. O aumento da força de contração do miocárdio pode ser benéfico em episódios de insuficiência cardíaca em que a perfusão do órgão-alvo está criticamente inadequada. Entretanto, isso também aumentará a demanda de oxigênio cardíaca e a carga de trabalho do miocárdio. O maior problema com o tratamento com digitálicos, é que a dose terapêutica é muito próxima da dose tóxica.
Os digitálicos aumentam a força de contração do coração pelo aumento da contração das fibras miocárdicas. A nível celular da fibra miocárdica, o íon de Cálcio, participa do processo de contração da fibra, através da ativação dos canais seletivos de cálcio, agindo através de estímulos químicos ou potenciais de membrana. O aumento da força de contração do miocárdio pode ser benéfico em episódios de insuficiência cardíaca em que a perfusão do órgão-alvo está criticamente inadequada. Entretanto, isso também aumentará a demanda de oxigênio cardíaca e a carga de trabalho do miocárdio. O maior problema com o tratamento com digitálicos, é que a dose terapêutica é muito próxima da dose tóxica.
Sintomas: na
intoxicação pode apresentar alteração da percepção das cores, depressão, fadiga
e anorexia com perda de peso, náuseas e vômitos e ainda pode apresentar
arritmias cardíacas.
Drogas que reduzem a
pré-carga cardíaca
A redução da carga de trabalho cardíaca também diminui a demanda de oxigênio do miocárdio. Essa carga pode ser reduzida por meio da dilatação das veias que constituem a pré carga cardíaca, e as artérias que constituem a pós carga ou ambas.
A redução da carga de trabalho cardíaca também diminui a demanda de oxigênio do miocárdio. Essa carga pode ser reduzida por meio da dilatação das veias que constituem a pré carga cardíaca, e as artérias que constituem a pós carga ou ambas.
As drogas que reduzem
a pré carga cardíaca são os diuréticos e vasodilatadores venosos.
Diuréticos
Furosemida /
Espirinolactona / hidroclorotiazida
A furosemida é um poderoso diurético de alta potência, age na alça de Henle (rins) sendo indicado para o controle da insuficiência cardíaca aguda, enquanto que a espirinolactona antagoniza a aldosterona e seus efeitos nos túbulos contornados do néfron. Portanto a espirinolactona é um diurético poupador de potássio. A hidroclorotiazida é usada para tratamento de insuficiência cardíaca crônica, pois seus efeitos diuréticos não são tão potentes.
A furosemida é um poderoso diurético de alta potência, age na alça de Henle (rins) sendo indicado para o controle da insuficiência cardíaca aguda, enquanto que a espirinolactona antagoniza a aldosterona e seus efeitos nos túbulos contornados do néfron. Portanto a espirinolactona é um diurético poupador de potássio. A hidroclorotiazida é usada para tratamento de insuficiência cardíaca crônica, pois seus efeitos diuréticos não são tão potentes.
Angina Pectoris
Uma crise de angina
geralmente é provocada por uma situação que causa um aumento na demanda de
oxigênio do miocárdio na presença de uma oclusão da artéria coronária (o que
implica que a circulação sanguínea coronária seja incapaz de suprir a demanda
aumentada). A dor no peito é causada pela isquemia do miocárdio, o tratamento
ocorre com a redução da carga de trabalho cardíaca (isto é, a redução da
pré-carga e da pressão sanguínea arterial, e formação de trombos ocasionado
pelo acúmulo de plaquetas e excesso de gordura).
Drogas que reduzem a
pós-carga cardíaca.
A Hidralazina é uma das drogas que dilata a parede vascular arterial, porém produz taquicardia reflexa, o que torna inviável para o tratamento de insuficiência cardíaca. Como opção temos o Nitroprussiato de sódio, que também dilata a parede vascular arterial, porém não ocasiona taquicardia.
A Hidralazina é uma das drogas que dilata a parede vascular arterial, porém produz taquicardia reflexa, o que torna inviável para o tratamento de insuficiência cardíaca. Como opção temos o Nitroprussiato de sódio, que também dilata a parede vascular arterial, porém não ocasiona taquicardia.
Vasodilatadores
Nifedipina
É antihipertensivo e antianginoso, usado na angina, miocardiopatia hipertrófica, hipertensão arterial e pulmonar, inibindo a entrada de cálcio pelos canais lentos da musculatura lisa e miocárdio durante a despolarização, produzindo vasodilatação. É encontrado na forma de comprimido e comprimido sublingual.
É antihipertensivo e antianginoso, usado na angina, miocardiopatia hipertrófica, hipertensão arterial e pulmonar, inibindo a entrada de cálcio pelos canais lentos da musculatura lisa e miocárdio durante a despolarização, produzindo vasodilatação. É encontrado na forma de comprimido e comprimido sublingual.
Losartana Potássica
A losartana potássica é um antagonista da angiotensina II. A angiotensina II, um potente vasoconstritor, é o principal hormônio ativo do sistema (ECA) renina angiotensina e o maior determinante da fisiopatologia da hipertensão. A angiotensina II é encontrado em muitos tecidos (por exemplo, músculo vascular liso, glândulas adrenais, rins e coração) e desencadeando várias ações biológicas importantes, incluindo vasoconstrição e liberação de aldosterona. É encontrado na forma de comprimidos de 25 e 50mg.
A losartana potássica é um antagonista da angiotensina II. A angiotensina II, um potente vasoconstritor, é o principal hormônio ativo do sistema (ECA) renina angiotensina e o maior determinante da fisiopatologia da hipertensão. A angiotensina II é encontrado em muitos tecidos (por exemplo, músculo vascular liso, glândulas adrenais, rins e coração) e desencadeando várias ações biológicas importantes, incluindo vasoconstrição e liberação de aldosterona. É encontrado na forma de comprimidos de 25 e 50mg.
Hemostáticos e
Anticoagulantes
Coagulantes de Ação
local: Trombina, fibrina, gelatina e colágeno.
Coagulantes de ação
Sistêmica: Globulina, Estrógeno (Premarin), Acido aminocapróico
(Ipslone),venenos ofídicos (cobra).
Anticoagulantes: Heparina
(liquemine, clexane), Heparinóides (Hirudoid), Warfarina (Warfarin).
Tromboliticos: Estreptoquinase
(via intracardiaca para lise do trombo).
Antiagregante
plaquetário: Acido acetilsalicílico, Clofibrato, Clopidrogel.
Dislipidemia
É o aumento de colesterol (gordura) e de triglicerídeo no sangue, causando engrossamento no sangue, dificultando a passagem pela parede dos vasos sanguíneos, podendo ocasionar o aumento de pressão arterial.
É o aumento de colesterol (gordura) e de triglicerídeo no sangue, causando engrossamento no sangue, dificultando a passagem pela parede dos vasos sanguíneos, podendo ocasionar o aumento de pressão arterial.
Sinvastatina
É utilizado para reduzir os níveis plasmáticos elevados de colesterol total, LDL-colesterol, apolipoproteína B e triglicerídeos em pacientes com hipercolesterolemia primária e hipercolesterolemia familiar, quando a resposta à dieta e a outras medidas não medicamentosas, isoladamente, tenham sido inadequadas, também é indicada para reduzir o risco de morte por doença coronariana e de infarto do miocárdio não-fatal, para reduzir o risco de acidente vascular cerebral (AVC) e de ataques isquêmicos transitórios (AIT) e para reduzir o risco de realização de procedimentos de revascularização de miocárdio. Encontrado na forma de comprimidos.
É utilizado para reduzir os níveis plasmáticos elevados de colesterol total, LDL-colesterol, apolipoproteína B e triglicerídeos em pacientes com hipercolesterolemia primária e hipercolesterolemia familiar, quando a resposta à dieta e a outras medidas não medicamentosas, isoladamente, tenham sido inadequadas, também é indicada para reduzir o risco de morte por doença coronariana e de infarto do miocárdio não-fatal, para reduzir o risco de acidente vascular cerebral (AVC) e de ataques isquêmicos transitórios (AIT) e para reduzir o risco de realização de procedimentos de revascularização de miocárdio. Encontrado na forma de comprimidos.
MEDICAMENTOS QUE
ATUAM NO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO E MASCULINO
Controle Hormonal
do Sistema Reprodutor Feminino
O ciclo menstrual
começa com a menstruação, quando ocorre a liberação de gonadotropinas que atuam
sobre a adenohipofise, liberando as gonadotropinas: o hormônio folículo
estimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH) que atuam sobre o ovário. As
gonadotropinas estimulam o desenvolvimento do folículo, o FSH é o principal
hormônio que estimula a liberação de estrogênio, o LH estimula a ovulação na
metade do ciclo e constitui o principal hormônio que controla a secreção de
progesterona subsequente pelo corpo lúteo.
Estrogênios e
Progestogênios.
Os estrógenos endógenos são o estradiol (mais potente) a estrona e o estriol, obtido de forma sintética como por exemplo: etinilestradiol. Os estrógenos são sintetizados pelo ovário e pela placenta em pequenas quantidades pelos testículos e pelo córtex da supra renal.
Os estrógenos endógenos são o estradiol (mais potente) a estrona e o estriol, obtido de forma sintética como por exemplo: etinilestradiol. Os estrógenos são sintetizados pelo ovário e pela placenta em pequenas quantidades pelos testículos e pelo córtex da supra renal.
Mecanismo de ação:
uma interação com os receptores intracelulares nos tecidos alvos, modificando a
transcrição gênica (iniciação, alongamento e terminalização do DNA).
Os efeitos
farmacológicos dependem da maturidade sexual do individuo:
- antes da puberdade, induzem o desenvolvimento dos caracteres sexuais;
- administrado em
mulheres na fase adulta, induzem o ciclo menstrual (caso dos
anticoncepcionais);
- administrado em
mulheres na idade adulta, durante ou após a menopausa, impedem os sintomas do
climatério, protegendo contra a osteoporose.
Uso Clínico: terapia
de reposição hormonal, insuficiência ovariana, em casos de ressecamento da
vagina ocasionada pela insuficiência, ondas de calor (menopausa),
contraceptivo, câncer de próstata e mama.
Antiestrogênios
No tratamento de câncer de mama sensível ao estrogênios – Tamoxifeno, para induzir a ovulação, Clomifeno utilizado para casos de infertilidade.
No tratamento de câncer de mama sensível ao estrogênios – Tamoxifeno, para induzir a ovulação, Clomifeno utilizado para casos de infertilidade.
Progestogênios
O hormônio endógeno é a progesterona sendo, derivados a medroxiprogesterona e a testosterona. Seu mecanismo de ação é igual ao dos estrogênios, modificando a transcrição gênica, inibindo a síntese de receptores de estrogênio.
O hormônio endógeno é a progesterona sendo, derivados a medroxiprogesterona e a testosterona. Seu mecanismo de ação é igual ao dos estrogênios, modificando a transcrição gênica, inibindo a síntese de receptores de estrogênio.
Uso terapêutico: são
os anticoncepcionais orais, reposição estrogênica, além do tratamento de
endometriose.
Contracepção:
associação de estrogênio nos anticoncepcionais orais combinados e progesterona
apenas na forma de injetável, ou implantável ou intra-uterino.
Reposição hormonal: a
longo prazo em mulheres com útero intacto para impedir a hiperplasia
endometrial e carcinoma.
Anticoncepcionais –
Existem dois tipos de anticoncepcionais orais:
Pílula combinada –
estrogênio + progestogênio – são potentes e são administrados no período de 21
dias consecutivos no ciclo de 28 dias.
Mecanismo de Ação: o
estrogênio inibe a liberação do hormônio FSH (hormônio folículo-estimulante) e
o progestogênio inibe a liberação LH (hormônio luteinizante) tornando o muco
cervical e o endométrio inapropriado para os espermatozóides.
Pode ocorrer ganho de
peso, náuseas e alterações de humor, risco de câncer de mama, risco de
tromboembolia.
Pílula com
progestogênio – apenas progestogênio é adotada a terapêutica continuamente, é
um contraceptivo menos confiável uma vez, que altera apenas o muco cervical,
podendo ocorrer sangramento irregular.
Fármacos que atuam
sobre o útero
Em casos como parto, temos a ocitocina que é responsável pelas contrações uterinas coordenadas e regulares, seguidas cada uma delas de relaxamento.
Em casos como parto, temos a ocitocina que é responsável pelas contrações uterinas coordenadas e regulares, seguidas cada uma delas de relaxamento.
A ergometrina, um
alcalóide, obtida do esporão de centeio, provoca contrações uterinas com
aumento do tônus basal. Temos também Atosiban, um antagonista da ocitocina, que
retarda o trabalho de parto.
Ocitocina – utilizada
para indução do parto, quando o músculo uterino não responde mais as contrações
naturais, também pode ser utilizada no tratamento da hemorragia pós parto.
Ergometrina – utilizado no
tratamento de hemorragia pós parto, para “limpeza” uterina.
Androgênos
A testosterona é o principal androgêno.
É sintetizado em grande parte pelas células intersticiais do testículo e menores quantidades no ovário e pelo córtex da supra-renal. Como acontece com outros hormônios esteróides, a substância inicial é o colesterol. O hormônio androgênio é de origem exógena.
A testosterona é o principal androgêno.
É sintetizado em grande parte pelas células intersticiais do testículo e menores quantidades no ovário e pelo córtex da supra-renal. Como acontece com outros hormônios esteróides, a substância inicial é o colesterol. O hormônio androgênio é de origem exógena.
Mecanismo de ação:
ocorre através dos receptores intracelulares, os efeitos dependem da idade,
sexo e incluem o desenvolvimento dos caracteres sexuais, em meninos pré
puberais e masculinização nas mulheres. Os androgênios são adotados como
tratamento de insuficiência testicular, e outros para tratamentos de câncer.
Esteróides Anabólicos
Os esteróides anabólicos são utilizados por alguns atletas para aumentar a força e o desempenho atlético, quando associados a atividade física, podem apresentar diversos efeitos indesejáveis como: atrofia testicular, esterilidade e ginecomastia para homens. O uso prolongado sem monitoramento médico não é recomendado pois existe o risco de coronariopatia e casos de mortes súbitas em atletas jovens.
Os esteróides anabólicos são utilizados por alguns atletas para aumentar a força e o desempenho atlético, quando associados a atividade física, podem apresentar diversos efeitos indesejáveis como: atrofia testicular, esterilidade e ginecomastia para homens. O uso prolongado sem monitoramento médico não é recomendado pois existe o risco de coronariopatia e casos de mortes súbitas em atletas jovens.
Sistema Reprodutor
Masculino
Disfunção
Erétil
A ereção é promovida pela vasorrelaxamento das artérias e arteríolas que suprem o tecido erétil, o relaxamento aumenta o volume de sangue no órgão masculino, consequentemente aumentando sua ereção. O óxido nítrico é o principal mediador da ereção, sendo liberado pelos nervos nitrérgicos do endotélio.
A ereção é promovida pela vasorrelaxamento das artérias e arteríolas que suprem o tecido erétil, o relaxamento aumenta o volume de sangue no órgão masculino, consequentemente aumentando sua ereção. O óxido nítrico é o principal mediador da ereção, sendo liberado pelos nervos nitrérgicos do endotélio.
Sildenafil – estava
sendo desenvolvido para outras disfunções e ocasionalmente foi descoberto para
disfunção erétil. Aumenta a resposta erétil e estimulação sexual.
Quando o indivíduo
faz uso de nitratos para o controle da hipertensão, o uso concomitante do
sildenafil pode este potencializar o efeito vasodilatador dos nitratos. Muitos
dos efeitos indesejáveis são causados por vasodilatação em outros leitos
vasculares ocorrendo a hipotensão, rubor e cefaléia, foram observados também
distúrbios visuais. O sildenafil não deve ser utilizado para pacientes com doença
degenerativa hereditária de retina.
EXERCÍCIOS
1) Explique o
mecanismo de ação dos cardiotônicos. Quais os principais efeitos indesejáveis?.
2) Explique o
mecanismo de ação dos Vasodilatadores. Quais as patologias associada para esse
tipo de tratamento?
3) Explique o
mecanismo de ação dos diuréticos de alta potência e quais desvantagens este
tipo de medicamento pode ocasionar?
4) Qual a
finalidade do uso de anticoagulante? Cite exemplos de fármacos. Em quais casos
são adotados a terapêutica com anticoagulante?
5) Explique o
mecanismo de ação dos fármacos que atuam na redução do triglicerídeos e
colesterol.
CASO CLINICO
Seu J. Silva, 65 anos foi ao pronto socorro com hipertensão arterial e dor no peito do lado esquerdo, foi constatado através do exame de sangue que o paciente apresenta hipercolesteremia, o médico pediu o encaminhamento desse paciente a nutricionista e prescreveu o medicamento Sinvatatina duas vezes ao dia antes do almoço e jantar, e AAS(R) ás 10 hs da manhã.
A) Explique por quê o médico encaminhou para nutricionista ?
B) Por que a associação de Sinvastatina e AAS na terapêutica?
1) Explique a
terapêutica com anticoncepcionais e suas reações.
2) Explique sobre o
uso de anabolizantes para homens. Quais os riscos?
HIPERTENSÃO
A hipertensão arterial,
conhecida popularmente como pressão alta é uma das doenças com maior
prevalência no mundo moderno e é caracterizada pelo aumento da pressão
arterial, tendo como causas a hereditariedade, a obesidade, o sedentarismo, o
alcoolismo, o estresse, o fumo entre outras causas. A incidência aumenta com a
idade, mas também pode ocorrer na juventude.
Considera-se
hipertenso o indivíduo que mantém uma pressão arterial acima de 140 por 90 mmHg
ou 14x9, durante seguidos exames, de acordo com o protocolo médico. Ou seja,
uma única medida de pressão não é suficiente para determinar a patologia. A
situação 14x9 inspira cuidados e atenção médica pelo risco cardiovascular.
Pressões arteriais
elevadas provocam alterações nos vasos sanguíneos e na musculatura do coração.
Pode ocorrer hipertrofia do ventrículo esquerdo, acidente vascular cerebral
(AVC), infarto do miocárdio, morte súbita, insuficiências renal e cardíacas,
etc.


O tratamento pode ser medicamentoso e/ou associado com um estilo de vida mais saudável. De forma estratégica, pacientes com índices na faixa 85-94 mmHg (pressão diastólica) inicialmente não recebem tratamento farmacológico.
Classificação das
Sociedade Brasileira de Cardiologia, Sociedade Brasileira de Hipertensão e
Sociedade Brasileira de Nefrologia.
Categoria
|
PA diastólica
(mmHg)
|
PA sistólica (mmHg)
|
Pressão ótima
|
< 80
|
<120
|
Pressão normal
|
< 85
|
<130
|
Pressão limítrofe
|
85-89
|
130-139
|
Hipertensão estágio
1
|
90-99
|
140-159
|
Hipertensão estágio
2
|
100-109
|
160-179
|
Hipertensão estágio
3
|
≥110
|
≥180
|
Hipertensão
sistólica isolada
|
< 90
|
≥140
|
Farmacos utilizados
para o tratamento da Hipertensão
1. Diuréticos
Os diuréticos são fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau do fluxo urinário. Também promovem a eliminação de eletrólitos como o sódio e o cloro, sendo usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardiaca ou cirrose hepática. A perda de sódio provoca redução de líquido extracelular.
Os diuréticos são fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau do fluxo urinário. Também promovem a eliminação de eletrólitos como o sódio e o cloro, sendo usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardiaca ou cirrose hepática. A perda de sódio provoca redução de líquido extracelular.
Essas drogas ainda
são as mais estudadas clinicamente em grande escala e têm mostrado redução das
complicações cardiovasculares decorrentes da hipertensão arterial.
Há dois tipos de
diuréticos: os que atuam diretamente nos túbulos renais, modificando a sua
atividade secretora e absorvente; e aqueles que modificam o conteúdo do
filtrado glomerular, dificultando indiretamente a reabsorção da água e sal.
Grupos que atuam
diretamente nos túbulos:
Diuréticos de alça: atuam na alça de Henle, porção ascendente. Os diuréticos de alça removem uma grande quantidade de sódio dos rins, produzem o aumento do fluxo urinário e são mais poderosos do que os tiazídicos. Eles são frequentemente utilizados em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva e também são especialmente úteis em emergências. Embora os mais comuns sejam por via oral, em hospitais eles podem ser administrados por via intravenosa para tratar pacientes com grande excesso de líquido.
Exemplos: Furosemida, Bumetamida.
Diuréticos de alça: atuam na alça de Henle, porção ascendente. Os diuréticos de alça removem uma grande quantidade de sódio dos rins, produzem o aumento do fluxo urinário e são mais poderosos do que os tiazídicos. Eles são frequentemente utilizados em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva e também são especialmente úteis em emergências. Embora os mais comuns sejam por via oral, em hospitais eles podem ser administrados por via intravenosa para tratar pacientes com grande excesso de líquido.
Exemplos: Furosemida, Bumetamida.
Diuréticos
tiazídicos: atuam no túbulo distal. Tratam a maioria de pacientes com pressão
alta e são os mais utilizados para os pacientes cardíacos. Os tiazídicos
aumentam moderadamente a eliminação de urina e são os únicos diuréticos que
também agem como vasodilatadores sanguíneos, o que também ajuda a diminuir a
pressão arterial.
Exemplos: Hidroclortiazida, Clortalidona, Idapamida.
Exemplos: Hidroclortiazida, Clortalidona, Idapamida.
Diuréticos poupadores
do potássio: atuam nos receptores da aldosterona nos túbulos distais. Previnem
a perda de potássio, um problema dos outros tipos de diuréticos acima. Esses
são frequentemente utilizados em pacientes com insuficiência cardíaca
congestiva e são quase sempre prescritos em conjunto com os outros dois tipos
de diuréticos acima.
Exemplo: Espironolactona, Amilorida.
Exemplo: Espironolactona, Amilorida.
Uso dos diuréticos
Na medicina os diuréticos são usados para tratar insuficiência cardíaca, cirrose do fígado, hipertensão e algumas doenças dos rins. Alguns diuréticos, como acetazolamida, ajudam a tornar a urina mais alcalina e auxiliam a elevação da excreção de substâncias como aspirina em casos de overdose ou envenenamento. A ação anti-hipertensão de alguns diuréticos, principalmente os de alça e tiazídicos, são independentes dos seus efeitos diuréticos. Diuréticos são muitas vezes usados sem orientação médica por pessoas com desordens alimentares, especialmente aqueles com bulimia, na tentativa de perder peso.
Na medicina os diuréticos são usados para tratar insuficiência cardíaca, cirrose do fígado, hipertensão e algumas doenças dos rins. Alguns diuréticos, como acetazolamida, ajudam a tornar a urina mais alcalina e auxiliam a elevação da excreção de substâncias como aspirina em casos de overdose ou envenenamento. A ação anti-hipertensão de alguns diuréticos, principalmente os de alça e tiazídicos, são independentes dos seus efeitos diuréticos. Diuréticos são muitas vezes usados sem orientação médica por pessoas com desordens alimentares, especialmente aqueles com bulimia, na tentativa de perder peso.
Efeitos adversos dos
diuréticos
Os principais efeitos adversos dos diuréticos são hipovolemia (diminuição do volume de sangue), hipocalemia (nível de potássio sérico menor que 3,5 mmol/L), hiponatreima (baixa concentração de sódio no sangue), alcalose metabólica, acidose metabólica e hiperuricemia (altos níveis de ácido úrico no sangue). Cada um desses efeitos são riscos de certos tipos de diuréticos e presentes com sintomas diferentes.
Os principais efeitos adversos dos diuréticos são hipovolemia (diminuição do volume de sangue), hipocalemia (nível de potássio sérico menor que 3,5 mmol/L), hiponatreima (baixa concentração de sódio no sangue), alcalose metabólica, acidose metabólica e hiperuricemia (altos níveis de ácido úrico no sangue). Cada um desses efeitos são riscos de certos tipos de diuréticos e presentes com sintomas diferentes.
2. Beta Bloqueadores
Os bloqueadores beta ou antagonistas beta são um grupo de fármacos que têm em comum a capacidade de antagonizar os receptores ᵝ (beta) da noradrenalina. Possuem diversas indicações, particularmente como antiarrítmicos e na proteção cardíaca após enfarte do miocárdio. Embora sejam anti-hipertensores eficazes, deixaram de ser indicados com essa finalidade.
Os bloqueadores beta ou antagonistas beta são um grupo de fármacos que têm em comum a capacidade de antagonizar os receptores ᵝ (beta) da noradrenalina. Possuem diversas indicações, particularmente como antiarrítmicos e na proteção cardíaca após enfarte do miocárdio. Embora sejam anti-hipertensores eficazes, deixaram de ser indicados com essa finalidade.
A principal indicação
dos bloqueadores beta é como protetor cardíaco após infarto agudo do miocárdio,
sendo também utilizados como antiarrítmicos em determinadas situações.
Recentemente deixaram
de constar entre os fármacos de primeira linha no controle da hipertensão
arterial, pois embora exerçam essa função, existem alternativas mais eficazes e
que não acarretam risco de desenvolver diabetes mellitus tipo II.
Os bloqueadores beta
também se encontram indicados no tratamento da angina de peito, certas
perturbações do ritmo cardíaco (arritmias), hipertiroidismo, cardiomiopatia
hipertrófica, certas formas de trémulo e, em alguns casos, na prevenção da
enxaqueca.
Representantes da
Classe: Propanolol, Atenolol, Carvedilol, metoprolol
Reações Adversas
As reações adversas que podem ocorrer com os bloqueadores beta são variadas, podendo ocorrer náuseas, vómitos, alterações do trânsito intestinal e dores abdominais. A nível de efeito cardiovascular, podem verificar-se bradicardia sinusal, bloqueio atrioventricular, tonturas (eventualmente síncope) e possível agravamento da insuficiência cardíaca. Pode também verificar-se depressão, insônia ou alucinações.
As reações adversas que podem ocorrer com os bloqueadores beta são variadas, podendo ocorrer náuseas, vómitos, alterações do trânsito intestinal e dores abdominais. A nível de efeito cardiovascular, podem verificar-se bradicardia sinusal, bloqueio atrioventricular, tonturas (eventualmente síncope) e possível agravamento da insuficiência cardíaca. Pode também verificar-se depressão, insônia ou alucinações.
Mesmo com os agentes
com seletividade para o coração (ᵝ1) pode ocorrer broncoespasmo, especialmente
em doentes com antecedentes de asma brônquica.
Alguns bloqueadores
beta podem também estar implicados em alterações metabólicas, tais como
dislipidemias, podendo também verificar-se o surgimento de diabetes mellitus
tipo 2.
3. Vaso Dilatadores
Os medicamentos vasodilatadores dilatam os vasos sanguíneos relaxando o músculo liso que reveste suas paredes. Consequentemente, o coração não precisa trabalhar tanto para bombear o sangue e a pressão arterial diminui porque há um relaxamento da parede dos vasos. Os vasodilatadores não curam a pressão alta, mas podem ajudar a controlá-la.
Os medicamentos vasodilatadores dilatam os vasos sanguíneos relaxando o músculo liso que reveste suas paredes. Consequentemente, o coração não precisa trabalhar tanto para bombear o sangue e a pressão arterial diminui porque há um relaxamento da parede dos vasos. Os vasodilatadores não curam a pressão alta, mas podem ajudar a controlá-la.
Os vasodilatadores
são usados para tratar a pressão alta e a angina. Também podem
aliviar os sintomas associados à insuficiência cardíaca, em que o coração é
incapaz de bombear o sangue suficiente para atender às necessidades dos tecidos
do corpo.
Representantes da
Classe: Metildopa, Hidralazina, Minoxidil.
4. Inibidores da ECA
Inibidores da ECA (inibidores da enzima conversora da angiotensina) - apresentam propriedades de vasodilatadores venosos e arteriais. Eles bloqueiam a produção da angiotensina II, uma substância química que faz os vasos sanguíneos se contraírem. Assim, uma quantidade maior de sangue pode circular nos vasos e a carga de trabalho do coração diminui. Os inibidores da ECA são os vasodilatadores usados com mais frequência nos pacientes com insuficiência cardíaca e nos pacientes hipertensos. Eles diminuem os sintomas, lentificam a progressão da doença e prolongam a vida dos pacientes com insuficiência cardíaca crônica. Também aumentam o fluxo sanguíneo para os rins, o que os ajuda a eliminar mais sódio e água e a diminuir a sobrecarga de líquido, um sintoma comum da insuficiência cardíaca.
Inibidores da ECA (inibidores da enzima conversora da angiotensina) - apresentam propriedades de vasodilatadores venosos e arteriais. Eles bloqueiam a produção da angiotensina II, uma substância química que faz os vasos sanguíneos se contraírem. Assim, uma quantidade maior de sangue pode circular nos vasos e a carga de trabalho do coração diminui. Os inibidores da ECA são os vasodilatadores usados com mais frequência nos pacientes com insuficiência cardíaca e nos pacientes hipertensos. Eles diminuem os sintomas, lentificam a progressão da doença e prolongam a vida dos pacientes com insuficiência cardíaca crônica. Também aumentam o fluxo sanguíneo para os rins, o que os ajuda a eliminar mais sódio e água e a diminuir a sobrecarga de líquido, um sintoma comum da insuficiência cardíaca.
Representantes da
Classe: Captopril, Enalapril, lisinopril.
Reações adversas
• reação alérgica (espirro, congestão respiratória, coceira ou erupções na pele)
• pressão baixa
• batimentos cardíacos acelerados
• tontura
• arritmia cardíaca
• tosse seca
• desmaio
• ganho de peso
• retenção de líquido
• sonolência, fraqueza ou fadiga
• sensibilidade elevada à luz do sol
(que provoque queimaduras ou erupções graves na pele)
• dor lombar ou articular
• hemorragia como sangramento nasal
• mudanças na aparência da pele (erupções, cor amarela ou azulada)
• reação alérgica (espirro, congestão respiratória, coceira ou erupções na pele)
• pressão baixa
• batimentos cardíacos acelerados
• tontura
• arritmia cardíaca
• tosse seca
• desmaio
• ganho de peso
• retenção de líquido
• sonolência, fraqueza ou fadiga
• sensibilidade elevada à luz do sol
(que provoque queimaduras ou erupções graves na pele)
• dor lombar ou articular
• hemorragia como sangramento nasal
• mudanças na aparência da pele (erupções, cor amarela ou azulada)
INSUFICIÊNCIA
CARDÍACA CONGESTIVA (ICC)
É o estado
fisiopatológico em que o coração é incapaz de bombear sangue a uma taxa
satisfatória às necessidades dos tecidos metabolizadores, ou pode fazê-lo
apenas a partir de uma pressão de enchimento elevada. O coração é um músculo
formado por duas metades, a direita e a esquerda. Quando uma dessas cavidades
falha como bomba, não sendo capaz de enviar adiante todo o sangue que recebe,
falamos que há insuficiência cardíaca.
A Insuficiência
Cardíaca Congestiva pode aparecer de modo agudo mas geralmente se desenvolve
gradualmente, às vezes durante anos. Sendo uma condição crônica, gera a
possibilidade de adaptações do coração o que pode permitir uma vida prolongada,
às vezes com alguma limitação aos seus portadores, se tratada corretamente.
Principais Causas
Doenças que podem
alterar a contratilidade do coração. A causa mais frequente é a doença
ateroesclerótica do coração.
Doenças que exigem um
esforço maior do músculo cardíaco. É o que ocorre na hipertensão arterial ou na
estenose (estreitamento) da válvula aórtica que, com o tempo, podem levar à
Insuficiência Cardíaca Congestiva do ventrículo esquerdo. Doenças pulmonares
como o enfisema podem aumentar a resistência para a parte direita do coração e
eventualmente levar à Insuficiência Cardíaca Congestiva do ventrículo direito.
Doenças que podem
fazer com que uma quantidade maior de sangue retorne ao coração, como o
hipertireoidismo, a anemia severa e as doenças congênitas do coração. A insuficiência
de válvulas (quando não fecham bem) pode fazer com que uma quantidade de sangue
maior reflua para dentro das cavidades e o coração poderá descompensar por ser
incapaz de bombear o excesso de oferta.
As manifestações de
Insuficiência Cardíaca Congestiva variam conforme a natureza do estresse ao
qual o coração é submetido, da sua resposta, bem como de qual dos ventrículos
está mais envolvido. O ventrículo esquerdo costuma falhar antes do direito, mas
às vezes os dois estão insuficientes simultaneamente.
Tratamento
farmacológico da ICC
Inibidores da enzima
conversora de angiotensina (IECA)
Diuréticos
Beta bloqueadores
Vasodilatadores
Digitálicos
Diuréticos
Beta bloqueadores
Vasodilatadores
Digitálicos
1. Digitalicos
Os digitálicos, também denominados cardioglicosídeos, começaram a ser utilizados no controle das taquiarritmias no século XIX, embora fossem considerados altamente tóxicos. Atualmente, é um dos medicamentos cardíacos mais estudados, perseverando ainda diversas controvérsias com relação ao seu uso. Sua importância principal reside no fato de serem os únicos agentes inotrópicos viáveis para uso prolongado, via oral, em pacientes com ICC.
Os digitálicos, também denominados cardioglicosídeos, começaram a ser utilizados no controle das taquiarritmias no século XIX, embora fossem considerados altamente tóxicos. Atualmente, é um dos medicamentos cardíacos mais estudados, perseverando ainda diversas controvérsias com relação ao seu uso. Sua importância principal reside no fato de serem os únicos agentes inotrópicos viáveis para uso prolongado, via oral, em pacientes com ICC.
Este grupo de
medicamentos é responsável por inibir a bomba de sódio (Na+/K+ ATpase)
existentes nas membranas celulares, conhecidas como miócitos cardíacos. Embora
esta proteína esteja presente em todas as células do corpo, nas concentrações
utilizadas terapeuticamente, apenas as células musculares e as células nervosas
(neurônios) são significativamente afetadas. A maior concentração de íon sódio
no interior da célula e a menor concentração do íon potássio resultam em uma
alteração da intensidade da contração do músculo cardíaco, reduzindo a
frequência cardíaca.
A indicação do uso de
digitálicos ocorre, principalmente, em casos de disfunção miocárdica sistólica,
ou seja, quando o paciente apresenta as denominadas taquirritmias
supraventriculares, ou ainda quando ambos ocorrem ao mesmo tempo.
Os digitálicos são
indicados especialmente em casos de ICC, quer seja primária, pela
cardiomiopatia dilatada, ou secundária, pelas doenças que reduzem o desempenho
cardíaco.
Os digitálicos mais conhecidos são a digoxina, a digitoxina e a metildigoxina.

Os digitálicos mais conhecidos são a digoxina, a digitoxina e a metildigoxina.

Reações adversas
Náuseas, vómitos, anorexia e diarreia. Estes dois últimos efeitos são sintomas precoces num contexto de intoxicação digitálica. Nevralgias, cefaleias, tonturas, sonolência, desorientação e alucinações. Ginecomastia e diminuição da síntese de gonadotrofinas. Diplopia, escotomas, discromatopsia (sugestiva de intoxicação). Bradicardia sinusal, bloqueios auriculoventriculares, extrassístoles supraventriculares e ventriculares (muitas vezes em bigeminismo). As extrassístoles ventriculares multifocais são muitas vezes precursoras de formas mais graves de arritmias
(ex: taquicardia ventricular).
Náuseas, vómitos, anorexia e diarreia. Estes dois últimos efeitos são sintomas precoces num contexto de intoxicação digitálica. Nevralgias, cefaleias, tonturas, sonolência, desorientação e alucinações. Ginecomastia e diminuição da síntese de gonadotrofinas. Diplopia, escotomas, discromatopsia (sugestiva de intoxicação). Bradicardia sinusal, bloqueios auriculoventriculares, extrassístoles supraventriculares e ventriculares (muitas vezes em bigeminismo). As extrassístoles ventriculares multifocais são muitas vezes precursoras de formas mais graves de arritmias
(ex: taquicardia ventricular).
Intoxicação
Digitalica
A intoxicação digitálica é uma situação de risco, tanto maior quanto mais comprometido estiver o equilíbrio hidroeletrolítico. Importa pois, corrigir a desidratação e a hipocalemia que eventualmente ocorram. Deve evitar-se o recurso a aminas simpaticomiméticas e à administração de cálcio em situações de intoxicação digitálica. Pode haver necessidade de utilização de fenitoína ou de bloqueadores beta (no tratamento das extrassístoles e taquicardias), da lidocaína (em situações de taquicardia ventricular), da atropina (na ocorrência de bloqueios auriculoventriculares).
A intoxicação digitálica é uma situação de risco, tanto maior quanto mais comprometido estiver o equilíbrio hidroeletrolítico. Importa pois, corrigir a desidratação e a hipocalemia que eventualmente ocorram. Deve evitar-se o recurso a aminas simpaticomiméticas e à administração de cálcio em situações de intoxicação digitálica. Pode haver necessidade de utilização de fenitoína ou de bloqueadores beta (no tratamento das extrassístoles e taquicardias), da lidocaína (em situações de taquicardia ventricular), da atropina (na ocorrência de bloqueios auriculoventriculares).
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SCHELLACK, Profº Dr.
Gustav; Uma abordagem didática a Farmacologia; 2004; editora fundamento.
SCHELLACK, PROF° Dr.
Gustav; Farmacologia na Prática Clinica da área de Saúde; 2005; editora
fundamento.
HOWARD C.ANSEL,
SHELLY J. PRINCE; Manual de Cálculos Farmacêuticos; 2005; Porto alegre; editora
Artmed.
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RITTER J.M, MOORE P.K; Farmacologia – tradução; 5º edição. Elsevier; 2004; Rio
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GOLDENZWAIG C.R.N;
Administração de medicamentos na enfermagem; 5° edição revisada e atualizada
com medicamentos genéricos; 2006/2007; editora Guanabara Koogan.
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Filadélfia; tradução em 2000; editora fundamento.
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Fisiologia Médica; 11° edição; tradução 2005; Elsevier, Rio Janeiro.
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Bloqueador_beta-adren%C3%A9rgico
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Alergia
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http://blogdalergia.blogspot.com/2010/08/antialergicos-ou-ant-histaminicos.html
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http://www.brasilescola.com/doencas/bronquite.htm
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http://www.ribeiraopretoonline.com.br
http://www.webartigos.com/articles/33607/1/Formas-Farmaceuticas/pagina1.html